segunda-feira, 20 de maio de 2013

O que seria uma Oclusão Ideal Funcional?

Andrews descrevera 6 chaves para uma oclusão ideal:

1- Relação molar apropriada à crista marginal distal do primeiro molar superior permanente deverá fazer contato com a crista marginal mesial do segundo molar inferior e a cúspide mésio-vestibular do primeiro molar superior deverá ocluir no sulco mésio-vestibular do primeiro molar inferior.
2-Apropriada angulação (sentido mésio-distal) da coroa.
3- Apropriada inclinação (torque ou sentido vestíbulo-lingual) da coroa.
4- Ausência de rotação.

5- Pontos de contatos firmes

6- Curva de Spee relativamente nivelada.

Roth também descrevera as seis chaves de oclusão da seguinte maneira:

 1- A Oclusão Cêntrica (OC) deverá coincidir com a relação cêntrica.

“OCLUSÃO CÊNTRICA: Oclusão Cêntrica (OC) é a posição intercuspal de máximo contato entre as arcadas dentárias -  uma boa oclusão cêntrica terá contato de todos os dentes vizinhos e antagônicos, sem interferências isoladas que provoquem desvios da mandíbula - uma má oclusão cêntrica poderá ter contato de apenas uns poucos dentes.”
“RELAÇÃO CÊNTRICA: Relação cêntrica (RC) ou posição retrusiva de mandíbula é a situação dos côndilos nas Cavidades Glenóides, quando eles ocupam a posição mais superior e posterior. Daí o côndilo parte para todos os movimentos possíveis, exceto para trás e para cima.” 

2- Relação Molar Classe I.

3- Deverá haver uma igual magnitude de força posterior dirigidas ao longo do eixo de todos os dentes.

4-Na protusão, os oito dentes inferiores mais anteriores devem contatar a desoclusão dos seis anteriores superiores.

5- Deverá uma mínima. mas suficiente quantidade de guia anterior com aproximadamente 1mm de desoclusão posterior.

6-Com as excursões laterais deverá haver uma guia de cúspide canina com mínima desoclusão posterior.

É imprescindível, para o bom funcionamento e saúde do Sistema Estomatognático (SE) que haja perfeita coordenação entre as ATMs e a articulação dos dentes. Sob o ponto de vista fisiológico, uma oclusão ideal seria aquela em que os dentes tomam posição de máxima interscupidação tendo os côndilos em posições ideais e simétricas nas Cavidades Glenóides e, partindo dessa posição, a mandíbula possa realizar movimentos contactantes sem interferências isoladas.
Os conflitos entre OC e RC ocasionam, via regra, problemas no SE. Seja no periodonto, na musculatura ou na ATM propriamente. Estes problemas são híper agravados com os movimentos para-funcionais.
Os conflitos entre OC e ATM, quando há unicamente movimentos funcionais, causam problemas no periodonto ( trauma oclusal ). A mandíbula busca a sua melhor posição, sem colidir com as interferências.  Porém, quando surgem movimentos para-funcionais ( bruxismo ) então as interferências oclusais indesejáveis são buscadas e causam problemas nas ATMs.
A experiência clínica tem demonstrado que disrelação entre OC e RC, quando é de leve protrusão SIMÉTRICA ( PIM ) é perfeitamente tolerada pelo ES. No entanto, quando a disrelação é lateral ( PIL ), mesmo pequena, provoca disfunção.
As Cavidades Glenóides apresentam grandes variações morfológicas, enquanto que as cúspides dentárias nem sempre acompanham exatamente estas variações. Isso ocasiona que mesmo dentaduras posicionadas em acordo com os princípios básicos da oclusão, não sejam perfeitamente balanceadas em oclusão dinâmica. Somente a atração oclusal fisiológica é capaz de “modelar” as arcadas dentárias, com absoluta perfeição, permitindo a total coordenação dinâmica entre a oclusão dentária e as ATMs. Daí concluímos que a oclusão ideal é aquela encontrada nos homens com híper mastigação, que apresentam intenso desgaste oclusal fisiológico. ( Não confundir com desgaste ocasionado por movimentos para- funcionais ).
A evolução cultural do homem foi tão rápida nos últimos dez mil anos que não houve tempo para ocorrerem adaptações morfológicas que seriam necessárias para acompanharem as mudanças fisiológicas. O SE, exceto a musculatura e o osso alveolar, ainda está estruturado para funcionar com os hábitos alimentares primitivos.
Todo o tratamento ortodôntico deve terminar com uma análise oclusal minuciosa mapeamento das zonas interferentes e o seu conseqüente desgaste.
Nos movimentos de lateralidade, nas dentaduras naturais, o lado de trabalho deve tocar em grupo. Não deve haver contato no lado de balanceio. Quanto maior a tensão e os movimentos para-funcionais, maior deve ser a amplitude em que se deve iluminar as interferências isoladas.
As cúspides dos caninos decíduos freqüentemente interferem, maleficamente, na oclusão. Pela falta de desgaste fisiológico, interferem, isoladamente, e causam desvios da mandíbula. A maxila, em alguns momentos, está com o seu crescimento transversal atrasado  em relação a mandíbula. Isso ocasiona uma atresia da arcada dentária superior e a interferência dos caninos decíduos. 
 


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