terça-feira, 24 de julho de 2012

A ortodontia e o tratamente de dentes tortos.



A Ortodontia, ramo da odontologia que se dedica à correção da oclusão dentária (maneira como os dentes fecham,ocluem os de cima com os de baixo) e dos dentes tortos, alcançou tamanho desenvolvimento técnico, nos últimos anos, que permite ao especialista a realização de tratamentos eficientes com excelentes resultados, tanto estéticos quanto funcionais.
A primeira preocupação é o aspecto estético, que geralmente leva à procura de correção dos dentes anteriores. Sem dúvida, é importantíssimo o problema de auto-estima, da aparência pessoal, colocando o indivíduo com mais segurança e tranqüilidade dentro da vida. No entanto não é essa, como parece desavisadamente, a única função do ortodontista. É fundamental, inclusive para a própria solução estética, a restauração do equilíbrio oclusal normal: todos os dentes em posições harmônicas com os seus vizinhos e antagonistas, bem como com os ossos de sustentação e o restante da face. Sem esse equilíbrio oclusal normal, os dentes sofrerão, com sua má posição, o impacto das forças de mastigação em situação anômala, padecendo, então, de traumatismo oclusal. Esse traumatismo é uma das causas de doenças dos tecidos de sustentação dos dentes (osso, ligamento, gengiva), doenças chamadas paradenciopatias, que podem ocasionar a perda dos dentes. Assim, já se vê que a ortodontia transcende ao aspecto estético imediato.
Ainda mais, a má posição dos dentes não permite a benéfica massagem que os alimentos fazem nas gengivas, quando deslizam, depois de comprimidos pela mastigação. Isto resulta em gengivas sangrentas e hipertrofiadas (de volume aumentado).
Também, os dentes tortos colocam-se, geralmente muito juntos e com os pontos de contato incorretos, aumentando a possibilidade de cáries e dificultando sua localização, fazendo com que, nos dentes apinhados, quando as cáries são descobertas, já estão muito avançadas e até mesmo com comprometimento da polpa dentária (nervo).
Qual a idade para o início do tratamento?
O conselho é aquela orientação conhecida e descuidada: prevenir é melhor do que remediar. Portanto, quanto mais cedo, mais acertado será tomar medidas preventivas. Em odontologia, significa providenciar cuidados ortodônticos antes dos dentes permanentes nascerem. Muitos dos problemas ortodônticos têm origem na falta de atenção que recebem os dentes de leite.

Se os dentes de leite estiverem muito cariados, sem restauração, ou forem extraídos, sem colocação de pequeno aparelho assegurador de espaço, os dentes permanentes, ao erupcionarem, não encontrarão seu lugar certo na arcada, tomando posição defeituosa. Maus hábitos, como chupar o dedo, posição defeituosa ao dormir, interposição da língua entre os dentes, respiração bucal, etc., causam maloclusões, que, com tratamento oportuno, poderão ser evitadas.
Pequenas correções, recuperação de espaço perdido, correção de um ou dois dentes com articulação cruzada, etc., quando realizadas cedo, evitam a generalização do mal.
Considerando o que foi dito, é fácil compreender porque deve ser cedo, muito cedo, o momento para preocupar-se com a oclusão dentária. Aqueles pais que tem problemas ortodônticos podem pensar que seus filhos, por herança, também venham a ter dentes tortos. Se a visita ao especialista em ortodontia for cedo para iniciar o tratamento, igual será valiosa, para avaliação e observação. Uma avaliação pré tratamento oferece importantes informações para o profissional. Mais tarde, quando for iniciar o tratamento, possibilitará avaliar a tendência de crescimento com mais segurança.
O especialista em tratamento de crianças, o odontopediatra, está capacitado para prevenir ou interceptar maloclusões, encaminhando ao ortodontista, quando achar oportuno.
Tratamento ortodôntico em adultos
Cada vez com mais freqüência os ortodontistas estão fazendo tratamentos de adultos. Esta tendência iniciou-se, faz um bom tempo, nos EUA, onde os tratamentos ortodônticos são bem caros. Muitos pais, sobrecarregados com os altos custos da escolaridade não podiam fazer o tratamento ortodôntico de seus filhos, os quais, depois de entrarem no mercado de trabalho, e ter sua independência econômica, passaram a buscar tratamento para seus dentes em má posição.
Também, tratamentos ortodônticos com mais de 20 anos de tratados, necessitam algumas vezes de retratamento principalmente em busca de harmonia entre a oclusão de a articulação da mandíbula com o crânio (ATM).
Em decorrência desta demanda a ortodontia evoluiu no tratamento ortodôntico de adultos e hoje não há mais limites de idade para iniciar tratamento. Até mesmo casos graves de doenças dos tecidos de sustentação dos dentes (paradenciopaticas), onde os dentes afrouxam e são projetados para frente, abrindo espaço entre eles (diastemas), o tratamento consiste em tratar a paradenciopatia e levar os dentes, ortodonticamente, para seus lugares de origem e fazer com que fiquem juntos para depois colar uns nos outros (esplintagem).
FONTE: ABC da Saúde
 
 

Piercing lingual, perigo à saude

Piercing lingual, perigo à saude
Acessório pode provocar infecção, hipersalivação, inchaço, traumas em dentes e até câncer bucal

Povos ancestrais como os maias utilizavam o piercing oral em ritos de passagem. Os jovens da era moderna não necessitam mais provar que são bons caçadores, mas ainda utilizam a jóia na bochecha, lábios e principalmente na língua como acessório da moda ou para reafirmar a identificação com sua “tribo”. Porém, o que muitos usuários não sabem é que o adereço pode trazer sérios riscos à saúde, como o câncer bucal.
Em primeiro lugar, nem sempre os estabelecimentos que colocam as peças seguem as normas de vigilância sanitária e de esterilização. A falta de cuidados com a biossegurança favorece a transmissão cruzada de hepatite e de Aids. O alerta é da Associação Brasileira de Odontologia (ABO).
A dor e o edema na língua são as primeiras complicações que surgem com a punção. Quando a perfuração atinge regiões vascularizadas ou nervosas, o órgão pode
 

apresentar sangramento prolongado ou parestesia (sensações subjetivas vivenciadas mesmo sem estimulação, como frio, calor, formigamento). E se a língua inchar demais pode até fechar a passagem do ar e dificultar a respiração.“
E como somente profissionais de saúde estão habilitados a prescrever antibióticos na fase pós-operatória, o usuário pode desenvolver uma infecção por falta de precauções”, alerta o presidente nacional da ABO, Norberto Francisco Lubiana.
Os riscos não cessam após a colocação da peça. Mesmo que o usuário não apresente quadro infeccioso no início, o hábito de brincar com a jóia ou a simples mastigação pode causar danos aos tecidos vizinhos. A literatura científica reporta casos de fratura dental, trauma na mucosa, gengiva e palato, retração gengival – que deixa o dente mais vulnerável à cárie e à periodontite - e cicatrização exagerada (quelóide) na língua em usuários de piercing. Outros problemas são interferência na mastigação, deglutição e fonação, hipersalivação, dificuldades na fala, além de aspiração da jóia, incorporação da jóia no local da perfuração, obstrução de imagens radiográficas e hipersensibilidade ao metal. Piercings colocados em outras regiões da cavidade oral também podem causar danos irreversíveis aos pacientes.
Lubiana lembra que o trauma contínuo e de baixa intensidade provocado por um objeto estranho ao corpo como o piercing, potencializado pelo consumo de álcool, fumo ou propensão genética, pode levar ao câncer.
O presidente da entidade aconselha aos usuários do acessório a procurar um cirurgião-dentista de sua confiança para acompanhamento e identificação de eventuais danos à saúde bucal.

www.abo.org.br

Qualidade de vida e os dentes.




Sabe-se que a qualidade de vida das pessoas está diretamente ligada ao estado de saúde, tanto das articulações como dos órgãos internos, assim como das condições da saúde bucal. Isso é tão mais verdadeiro quando se trata de pessoas idosas, acima de 65 anos de idade. Esse grupo etário se queixa que a falta de dentes dificulta a mastigação e, por isso, a alimentação fica também limitada a alimentos líquidos ou semi-sólidos. Outra queixa é a secura na boca, que pode estar ligada a inúmeros problemas da área digestiva. D.Locker e colaboradores, dentistas da
Universidade de Toronto, Canadá, estudaram 225 pessoas, com uma média de idade de 83 anos e que viviam em casas de forma não independente e foram submetidos a 2 testes: Geriatric Oral Health Assessment Index (GOHAI) e uma forma abreviada do Oral Health Impact Profile (OHIP-14) - esse último teste avaliava o nível de estresse e satisfação com a vida. Um terço dos entrevistados considerou o nível de saúde bucal médio ou mau e 20% o considerou muito inadequado. Aplicado o GOHAI, 53% relataram problemas sociais e psicológicos devido aos dentes e com o OHIP-14 somente 17% tinham essas condições. Os autores concluem que esses testes medem adequadamente a qualidade de vida ligada a área bucal e mesmo os mais idosos conseguem avaliar corretamente essa deficiência. Silvio R. C. da Silva e colaboradores, da
Odontologia Social, da Faculdade de Odontologia de Araraquara, da Universidade Estadual Paulista, estudam a autopercepção das condições de saúde bucal por idosos. (Rev. Saúde Pública, Agosto 2001, vol.35 no.4.) Participaram do estudo 201 pessoas, dentadas, com 60 anos ou mais, funcionalmente independentes, que freqüentavam um centro de saúde local. Foi aplicado questionário e o índice Geriatric Oral Health Assessment Index (GOHAI), além de um exame clinico. O exame clínico revelou grande prevalência das principais doenças bucais, apesar de 42,7% das pessoas avaliarem sua condição bucal como regular. Os autores concluem que a percepção da saúde bucal teve pouca influência nas condições clínicas, mostrando ser necessário desenvolver ações preventivas e educativas para a população de idosos.
Fonte: Community Dent Health. 2002 Jun;19(2):90-7.

Odontologia Atual


 Odontologia Atual
Nos últimos anos, uma das principais preocupações da odontologia é a prevenção da cárie dentária. Prevenindo estamos evitando cáries, problemas gengivais e ortodônticos, que atingem um número muito grande da população brasileira.

A prevenção, deve ser aplicada na gestante, no bebê, na criança, no adolescente e no adulto.

A saúde dos dentes depende muito da nossa higiene e do tipo de alimentos que comemos.

Constatamos um avanço no combate a cárie entre 1986 e 1996. A incidência de cáries entre crianças, caiu em 54% (cinquenta e quatro por cento) desde 1986, e está próxima a meta estipulada da OMS (Organização Mundial da Saúde) para o ano 2000. O indicador da OMS, chamado índice CPO, mostra o número de dentes permanentes cariados, restaurados, extraídos ou com indicação de extração em crianças de 12 anos de idade.

Em 1986, o CPO do Brasil era 6,67, ou seja, as crianças quando completavam 12 anos, tinham praticamente sete dentes atacados pela cárie. Em dez anos, reduzimos esse índice para 3,06 dentes cariados por criança ( levantamento de 1996, disponível na Internet, página do Datasus - www.datasus.gov.br )

Apesar do índice reduzido, especialistas ressaltam que não há motivos para euforia. Há uma grande diferença entre Estados, e o patamar alcançado pelo Brasil, está longe da maioria dos países desenvolvidos.

Causas da Redução

A adição do flúor em cremes dentais desde 1988, o flúor na água encanada. (Segundo o Ministério da Saúde, 42% da população tem acesso a água com flúor).

A introdução de programas municipais de saúde bucal em creches, pré escolas e primeiro grau, também foi outro fator importantíssimo para a redução da cárie dental.

Estados, Regiões, Países

Diferem no ranking de incidência de cárie: Roraima, Boa Vista, com CPO em torno de 6,0 dentes permanentes atacados em crianças de 12 anos, equipara-se ao índice dos países com pior classificação no ranking da OMS, como o da Filipinas(5,8).

Em contrapartida, em Vitória (ES) o CPO de 1,47, é um dos poucos equiparáveis aos índices dos países industrializados como EUA e Reino Unido (CPO de 1,4 em ambos).

Cidade de Santos: Das 46 mil crianças atendidas pelo Programa de Saúde Bucal de Santos, a cárie foi reduzida em 6l,73% nas crianças de 5 anos e 5l,72% nas de 12 anos.

Assim, a cidade já superou a meta estabelecida pela OMS para o ano 2000. A média das crianças é de 1,5 dentes com cárie.

Desde 1989, o programa mantém uma série de atividades e prevenção de tratamentos de cáries (50 escolas municipais, 24 estaduais, 11 particulares, 16 creches e entidades assistenciais). Os bebês também recebem atenção especial. Oito Policlínicas estão aptas a prestar atendimento a crianças de zero a tres anos.

A meta da OMS para 2010 é a de menos de uma cárie por criança.

Isso significa, que o Brasil tem um grande trabalho pelos próximos anos. Medidas como: aumento da oferta de água fluoretada à população, intensificação de programas escolares de educação em saúde bucal e maiores ações educativas à comunidade (o ideal seriam agentes de saúde bucal).

Alimentação

As mudanças nos hábitos alimentares, com a substituição crescente das tradicionais refeições por "fast-food", não só fizeram explodir a obesidade nos país, como aumentar os riscos de cáries dentárias.

O brasileiro necessita de orientação em relação ao consumo de açúcar. A OMS recomenda um consumo de 40 g./dia, enquanto que a média de consumo do brasileiro gira em torno de 140g a 150g/dia de açúcar.

Apesar de não ter dados atualizados na incidência de cáries na população adulta, alguns dados nos mostram que em 1986, três a cada quatro brasileiros com mais de 65 anos, não tinham nenhum dente.

Salve um dente de leite

Porque manter o dente de leite: Talvez muitos estranhem porque o odontopediatra sugira coroas, jaquetas ou mesmo tratamento de canal para o dente de leite (decíduo).

A pergunta mais comum é: Esse dente de qualquer jeito não vai cair daqui a alguns anos?

A alternativa fácil e barata da extração, prejudica além da estética, a mastigação, e muitas vezes o desenvolvimento correto dos dentes nas arcadas. A maioria das extrações precoces, levam a má oclusão e as crianças a usarem aparelhos ortodônticos.

O método mais seguro e econômico para evitar essas preocupações e despesas, sem dúvida nenhuma, é a higiene bucal.

A correta escovação, desde que surgem os primeiros dentinhos, é o ideal. Os pais têm que ter o compromisso de incentivar, e o mais importante, habituar o bebê a higienização.

As escovas devem ter cerdas bem macias, cabeça pequena com borda protetora arredondada e adaptadas a cada fase da criança.

Apesar da pasta dental não ter contra-indicações, o seu uso deve ser em pequenas proporções e é bom que a criança não a engula.

O fio dental não deve ser esquecido, devendo ser introduzido desde cedo.

Quanto antes você criar esses hábitos de higiene, a possibilidade de problemas também diminuirão.

Devemos lembrar aos pais

O medo do dentista não nasce com a criança. Normalmente esta característica desenvolve-se em casa.

Segundo os psicólogos, uma criança com menos de 3 anos de idade, dificilmente decide por conta própria que tem medo de alguma coisa.

A melhor coisa, seria se os pais adotassem comportamentos sensatos, aceitando a freqüência regular ao dentista, como uma obrigação natural.

Bebês do milênio - Geração zero cárie

Você sabia que:
  • Se pode realizar tratamento odontológico no seu bebê.

  • A prevenção até o primeiro ano de vida do seu bebê reduz em 96% a necessidade de tratamento curativo no futuro.
    A escovação após a erupção dos primeiros dentes, pode evitar a cárie.

  • O flúor pode ser aplicado desde a erupção dos primeiros dentes, fortalecendo-os.

  • O aleitamento noturno pode determinar cárie aguda, chamada cárie de mamadeira.


  • Se não sabia: "Procure seu odontopediatra"

    O sorriso do ano 2000 - Geração zero cárie

    Odontologia intra-uterina: Os dentes do seu bebê começam a se desenvolver entre a 5a e 6a semana de vida intra-uterina. Assim, é importante que você cuide de seus próprios dentes, tenha uma dieta balanceada e rica em fósforo, cálcio e vitaminas A, C e D.

    Evite beliscar doces e farináceos. Procure um odontopediatra por volta do 6o mês de gestação para receber orientação sobre como higienizar a boca do seu bebê, época da erupção dos dentinhos, seus sintomas, posição da amamentação, época do desmame, perigos de automedicação (flúor, antibióticos e antiinflamatórios) e que chupetas e bicos usar para uma sucção ideal.

    sexta-feira, 20 de julho de 2012

    Movimento pela VALORIZAÇÃO DA ODONTOLOGIA

    Prezados colegas,

    Próximo dia 07 de agosto, às 19:00,no Sindicato dos Odontologistas de Pernambuco,  acontecerá mais uma reunião para tratar sobre o abuso dos planos Odontológicos. Ajude você também a fortalecer nossa categoria, PARTICIPE!




    Valorização da Odontologia


     Olá pessoal!

    Hoje venho aqui para discutir um
     assunto que será de interesse de todos:
     a valorização da odontologia!

    Sabemos que existem vários problemas, 
    como se tem em qualquer profissão.
     Por isso, o assunto da vez se trata de
     algo que está crescendo cada vez mais: 
    os convênios odontológicos.




     Antes quero deixar claro que não sou contra convênios, até mesmo porque tenho
     alguns no meu consultório. O que me deixa indignado é como alguns convênios
     tratam o profissional de saúde, e no caso em questão, o dentista.


    Para determinados procedimentos, os valores pagos sequer pagam o custo do material.
     Para se ter uma ideia, os valores pagos por radiografias não ultrapassam dos três reais.
     Pois é.Os custos de um consultório dentário não são diferentes de qualquer
     estabelecimento. Pagamos luz, recursos humanos, aluguel, água, etc., isto é,
     temos CONTAS a pagar.






    Já perceberam que não se compra
     nem um hambúrguer com 3 reais?





    Procedimentos cirúrgicos, como extrações 
    dentárias, são remunerados com valores 
    abaixo de 10 reais. O valor pago sequer
     paga o material utilizado para se 
    manter a BIOSSEGURANÇA do procedimento, sem contar com os honorários do 
    profissional dentista. Para se ter uma ideia da defasagem do valor pago por
     determinados convênios, há uma tabela chamada CBHPO (Classificação Brasileira
     Hierarquizada de Procedimentos Odontológicos), na qual todo um estudo
     (cerca de  3 anos) foi feito, para se saber quanto vale cada procedimento 
    odontológico. O valor pago por uma radiografia custa um pouco mais de
     12 reais, ou seja, quase 5x mais o que é pago.

    Para determinadas especialidades, como endodontia (canal) e cirurgia
     oral menor (extrações), não se conseguem encontrar profissionais para tratamento
     ou se encontra com muita dificuldade, justamente pelos valores pagos, que
     estão muito abaixo das condições dignas de atendimento, motivo pelo qual
     muito se recusam a atender.




    O CRO-RJ deu mídia  a esta campanha, embora tenha se iniciado na Bahia.
     Muitos estados estão aderindo ao movimento pela valorização da odontologia.
     Alguns já iniciaram a paralisação, como o RJ. Aqui em PE, já estamos nos mobilizando
    , assim como em outros estados. Abaixo, o vídeo de divulgação do movimento.




     









    Além disso, alguns convênios tornam obrigatórias as tomadas radiográficas para 
    qualquer procedimento odontológico, incluindo restaurações simples. 
    Tal manobra vai de encontro à Resolução CFO-102/2010, que proíbe
     o uso indiscriminado de Raio-X com finalidade exclusivamente administrativa em substituição 
    à perícia e aos serviços odontológicos, além de submeter o cliente à radiação sem necessidade.
     Para se ter uma ideia do que o uso indiscriminado do Rx pode fazer, clique aqui.

    Apesar de não atender o convênio em questão, fiquei perplexo e preocupado 
    com o problema. Perdeu-se o respeito pelo profissional que está do outro lado
     a partir do momento que se pagam estes valores. Não vou criticar os colegas 
    que atendem nestas circunstâncias, porque cada um sabe aonde o calo aperta.
     Só peço que faça as contas dos custos da sua hora clínica e veja se vale a pena 
    atender nestas condições.

    Você, dentista, converse com seu colega sobre o assunto. Nunca foi visto um movimento
     como este na Odontologia.  E perceba uma coisa: ganhar pouco é diferente de 
    pagar para trabalhar.

    Você, cliente, entenda que não estamos pedindo nada além do JUSTO para
     mantermos um atendimento DIGNO e ADEQUADO para a sua necessidade.
     E tenha certeza de que, no fim das contas, todos sairão ganhando, inclusive você!


    att,

    Dr. Aníbal Ribeiro.

    Lesões Bucais - Líquen plano oral


    Interpretação clínica
    • A paciente de 76 anos é trazida ao consultório pela filha com uma história de uma semana de feridas orais graves que o impede de se alimentar, apesar do uso de anestésicos locais. A paciente está apresentando lesões eritematosas no tronco e na parte extensoras dos braços. Refere estar mais cansado nos últimos dois meses e de ter perdido aproximamente 4 kg, que atribui à sua idade. Sua única medicação é o diurético hidroclortiazida 50 mg/dia, que vem tomando nos últimos cinco anos para controle de hipertensão arterial leve.
    Os aspectos clínicos do caso indicam o diagnóstico de líquen plano forma erosiva
    O líquen plano, doença inflamatória crônica que envolve pele e mucosa, é uma das doenças dermatológicas mais comuns que acometem a cavidade bucal, com prevalência de 1% a 2% na população geral, afetando principalmente mulheres entre a quinta e sexta décadas de vida. Clinicamente o líquen plano bucal possui características distintas e fáceis de serem identificadas, podendo apresentar-se sob duas formas principais: reticular e erosiva.
    forma reticular  (figuras acima) ocorre com maior freqüência e se caracteriza por linhas brancas entrelaçadas, conhecidas como estrias de Wickham, em geral, cercadas por uma discreta borda eritematosa. Tais características, no entanto, podem não ser evidentes em alguns locais, como o dorso da língua, onde as lesões se apresentam como placas queratóticas. A forma reticular normalmente não causa sintomas e envolve a mucosa jugal posterior bilateralmente.
    forma erosiva, embora não seja tão comum quanto a reticular, é mais significativa para o paciente, pois as lesões comumente são sintomáticas, variando desde simples desconforto até episódios de dor intensa capaz de interferir com a função mastigatória. Clinicamente o líquen plano erosivo se manifesta por áreas atróficas e eritematosas frequentemente cercadas por finas estrias radiantes. Todavia, em alguns casos, se o componente erosivo for muito grave, poderá ocorrer separação do epitélio, resultando numa forma relativamente rara da doença, conhecida como líquen plano bolhoso.
    Pacientes com a doença freqüentemente apresentam um ou mais lesões extrabucais aproximadamente 25% das mulheres com líquen plano oral apresentam também envolvimento concomitante das mucosas vulvar e vaginal, e que cerca de 15% de todos os pacientes com a doença exibem lesões cutâneas. As lesões em pele têm sido classificadas como pápulas poligonais pruríticas e purpúreas. Elas normalmente afetam as superfícies do flexor das extremidades. Escoriações podem não estar visíveis, apesar do fato de que as lesões dão uma sensação de irritação, pois doem quando o paciente coça. O exame cuidadoso da superfície das pápulas de pele revela uma fina rede em forma de laço de linhas brancas (estrias de Wickham). Outros locais de envolvimento extrabucal incluem as unhas, couro cabeludo, glande peniana e mucosa esofágica.
    Os aspectos clínicos característicos do líquen plano oral são, na maioria das vezes, suficientes para o diagnóstico correto da doença. Ainda assim, a biópsia associada ao exame histopatológico é recomendada para confirmar o diagnóstico clínico e, principalmente, para excluir a presença de atipias epiteliais ou mesmo indícios de malignidade.

    Os achados histopatológicos clássicos do líquen plano incluem: liquefação da camada basal, acompanhada por um intenso infiltrado linfocitário disposto em faixa, imediatamente subjacente ao epitélio; presença de numerosos corpúsculos colóides eosinofílicos na interface epitélio-tecido conjuntivo (corpos de Civatte); cristas interpapilares ausentes, hiperplásicas ou, mais freqüentemente, em forma de “dente de serra”; variações da espessura da camada espinhosa e graus variáveis de orto ou paraqueratose.
    DIAGNOSE DIFERENCIAL
    As lesões pápulo-reticuladas devem ser diferenciadas de lúpus eritematoso discoide, candidose, morsicatio buccarum (esfoliação mucosa por hábito de mordiscar) e outras lesões traumáticas, placas mucosas da sífilis secundária, leucoplasia pilosa oral e carcinoma epidermoide incipiente.
    O líquen plano erosivo deve ser adequadamente diferenciado de afta, penfigoide das membranas mucosas, pênfigo vulgar, reações medicamentosas, eritema polimorfo e lesões agudas de lúpus eritematoso.
    Em muitos casos, essa doença é exacerbada ou até mesmo provocada por algumas drogas como: tetraciclina, ouro, arsênico, estreptomicina e ácido paraminosalicílico.
    Tratamento – Uma vez confirmado o diagnóstico, o tratamento da doença tem como objetivo o alívio dos sintomas, pois a cura nem sempre é possível. Os corticoesteróides são os medicamentos de escolha no tratamento do líquen plano, o que se deve a sua capacidade de modular a resposta inflamatória e imunológica. A aplicação tópica, bem como a injeção local de esteróides, têm sido usadas com sucesso no controle da doença. Todavia, nos casos em que os sintomas são graves, pode-se optar pelo uso sistêmico.
    Referência:
    Sugerman PB, Savage NW, Walsh LJ, Zhao ZZ, Zhou XJ, Khan A et al. The pathogenesis of oral lichen planus. Crit Rev Oral Biol Med 2002;13(4):350-65.
    Edwards PC, Kelsch R. Oral lichen planus: Clinical presentation and management. J Can Dent Assoc 2002;68(8):494-9.

    quinta-feira, 19 de julho de 2012

    Revisão sistemática da prevalência de perda dentária entre idosos residentes em áreas rurais no Brasil.


    Revisão sistemática da prevalência de perda dentária entre idosos residentes em áreas rurais no Brasil.
    Systematic revision of the prevalence of dental loss between aged residents in agricultural areas in Brazil.

    Aníbal De Sá Guimarães RIBEIRO1
    Luís Henrique Freitas FILHO2
    Paulo Sávio Angeiras de GÓES3
    1 Aluno da Graduação do Curso de Odontologia da Faculdade de odontologia de Pernambuco e bolsista de iniciação científica PIBIC/CNPq.
    2 Aluno da Graduação do Curso de Odontologia da Faculdade de odontologia de Pernambuco e bolsista de iniciação científica PIBIC/CNPq.
    3 Professor Adjunto do Departamento de Odontologia Social da Faculdade de Odontologia de Pernambuco. Doutor em Epidemiologia e Saúde Pública pela University College London-UK.

    ENDEREÇO PARA CORRESPONDÊNCIA DA INSTITUIÇÃO

    Dr. Aníbal Ribeiro

    Av. Eng. Domingos Ferreira, n 2215, Sl. 204, Boa Viagem, REcife-PE. Cep:52061-060



    ENDEREÇO ELETRÔNICO
    anibalribeiro@ortodontista.com.br





    Revisão sistemática da prevalência de perda dentária entre idosos residentes em áreas rurais no Brasil.
    Systematic revision of the prevalence of dental loss between aged residents in agricultural areas in Brazil.

    RESUMO
    Com o objetivo de fazer uma revisão sistemática das taxas de prevalência de perda dentária entre idosos residentes em áreas rurais no Brasil, foram pesquisados todos os artigos indexados nas bases de dados BBO, LILACS, MEDLINE e SCIELO do ano 2000 a 2006, lançando mão das palavras-chaves: perda dentaria, idosos, zona rural, prevalência e epidemiologia.  Foram encontrados, respectivamente, 16, 23, 34, 7 artigos, totalizando em 80.  Desse total, apenas 21 artigos foram selecionados e analisados quanto às desigualdades sociais, grau de escolaridade, residir na zona rural e acesso ao serviço, perda dentária e edentulismo e suas conseqüências, e CPOD, pondo em evidência o componente P (dentes perdidos). Quanto à zona rural, foram encontrados 6 artigos, dos quais apenas 1 foi de caráter quantitativo, o que denota a necessidade de estudos sobre perda dentária em idosos nesta região, visando ampliar o leque de políticas de saúde bucal e, assim, melhorar a qualidade de vida desse grupo populacional. 
    PALAVRAS-CHAVES: perda dentaria, idosos, zona rural, prevalência e epidemiologia.
    ABSTRACT
    With the objective to make a systematic revision of the taxes of prevalence of dental loss between aged residents in agricultural areas in Brazil, the articles enclosed in the databases BBO had been searched all, LILACS, MEDLINE and SCIELO of year 2000 the 2006, launching hand of the word-keys: loss would teethe, aged, agricultural zone, prevalence and epidemiology. They had been found, respectively, 16, 23, 34, 7 articles, totalizing in 80. Of this total, but 21 articles had been selected and analyzed how much to the social inaqualities, study time, to inhabit in the agricultural zone and access to the service, dental loss and edentulism and its consequences, e CPOD, putting in evidence the component P (lost teeth). How much to the agricultural zone, 6 articles had been found, of which only 1 had been of quantitative character, what it denotes the necessity of studies on dental loss in aged in this region, aiming at to extend the fan of politics of buccal health e, thus, to improve the quality of life of this population group.
    KEY-WORDS: loss would teethe, aged, agricultural zone, prevalence and epidemiology.


    INTRODUÇÃO
    A transição demográfica é um fenômeno mundial caracterizado, principalmente, pelo declínio da taxa de fecundidade, a diminuição da taxa de mortalidade nas idades avançadas e o aumento da expectativa de vida, tendo como conseqüência direta uma mudança na estrutura etária da população (envelhecimento). Este fenômeno já é observado há algum tempo nos países desenvolvidos, mas ocorre agora de um modo bastante acelerado nos países em desenvolvimento, incluindo o Brasil, e, em menor proporção, nos subdesenvolvidos 1.
    No Brasil, a perda do órgão dental relacionada à exodontias provocadas por doenças
    evitáveis, entre elas, a cárie dentária e as doenças periodontais, é muito elevada. Dados epidemiológicos têm mostrado expressivo incremento das perdas com a idade2. Estima-se que 10% da população brasileira aos 34 anos de idade apresente ausência total de dentes. Aos 41 e 48 anos de idade, esse problema atinja, respectivamente, 20 e 30% dos brasileiros. A partir dessa idade, a proporção de edêntulos é cada vez maior e o colapso da dentição é mais intenso: 40% aos 53 anos, 50% aos 58 anos; 60% aos 63 anos; 70% aos 68 anos e 80% aos 70 anos de idade 3.
    Apesar da reconhecida importância da saúde bucal, uma parcela considerável da população brasileira não têm acesso aos serviços de saúde. Esta situação é responsável não só pelos números desanimadores vistos no último levantamento epidemiológico nacional para algumas localidades2, mas por demonstrar que as dores de dente e a perda dentária estão presentes no cotidiano dos idosos brasileiros4.
    Apesar da expansão recente dos serviços de saúde, é fato que, principalmente na região rural brasileira, a qualidade do cuidado à saúde bucal é problemática, pois a perda dentária estigmatiza a população pobre, reforçando as desigualdades entre as classes sociais5.
    Há dificuldade de acesso ao serviço de saúde no meio rural, principalmente quando se trata de idosos, por incapacidade de locomoção. Como o serviço não é fixo, há muitas situações em que o atendimento no meio rural não existe. Neste momento a estabilidade desse grupo populacional é abalada e sua qualidade de vida também. Os itinerários terapêuticos incluem a procura pelo sindicato rural, faculdade de odontologia, serviços municipais de saúde e, em alguma vezes, o atendimento privado. Existe ainda muita cobrança com, relação à atenção secundária, como tratamentos endodôndicos, ortodontia e restaurações indiretas6.
    No Brasil, estudos direcionados para os problemas bucais de idosos, principalmente residentes na zona rural brasileira são escassos, e a necessidade de tratamento especificamente para essa faixa etária está geralmente relacionada à perda dos dentes, conseqüência, na maioria das vezes vinda da cárie ou doença periodontal.
    Em se desconhecendo as reais condições da saúde bucal de idosos residentes na zona rural brasileira, não tem havido uma adequada atenção à saúde bucal que abranja esse grupo populacional. Portanto, o objetivo desse trabalho é de fazer uma revisão sistemática das taxas de prevalência de perda dentária entre idosos residentes em áreas rurais no Brasil, para que, por intermédio do conhecimento destas condições, possam ser estabelecidas ações específicas direcionadas a estes grupos.
    MÉTODOLOGIA
    Este estudo teve como metodologia a busca ativa de artigos indexados nas bases de dados BBO, LILACS, MEDLINE e SCIELO. Buscou-se realizar a pesquisa bibliográfica sobre um tema central: prevalência de perda dentária entre idosos residentes em áreas rurais no Brasil.
    Com a finalidade de delimitar o objeto de estudo e campo de investigação para a realidade que se pretende apreender, optou-se por selecionar apenas produções na forma de artigos publicados em periódicos nacionais, tendo considerado o ano 2000 como período de início para tal levantamento. Esta opção se faz devido ao fato de ter sido realizado, no dado ano, o Levantamento Epidemiológico das Condições de Saúde Bucal da População Brasileira (Projeto SB Brasil 2003). O Projeto SB Brasil 2003 visava a uma amostra representativa em nível macrorregional.
    Os descritores de assuntos utilizados para a busca de artigos sobre “prevalência de perda dentária entre idosos residentes em áreas rurais no Brasil” foram: perda dentária, idosos, zona rural, prevalência e epidemiologia, utilizando a interseção dos conjuntos (descritores do assunto, tipo e ano de publicação).
    A seleção baseou-se na conformidade dos limites dos assuntos aos objetivos deste trabalho, desconsiderando aqueles que, apesar de aparecerem no resultado da busca, não abordavam o assunto sob o ponto de vista quantitativo.
    Os artigos selecionados foram caracterizados segundo autor/ano de publicação, revista escolhida para publicação, população/região, amostra total da população estudada, CPOD, percentual do componente P e percentual de edentulismo. 



    RESULTADOS
    Prevalência de Perda dentária
    Ainda se tem poucos estudos que relatem sobre a prevalência de perda dentária entre idosos residentes em áreas rurais no Brasil18. Além disso, os trabalhos existentes são em sua maioria caracterizados por pesquisas qualitativas e, quando se trata de caráter quantitativo, apenas um dos artigos selecionados e analisados nesta revisão sistemática continha o valor da prevalência de perda dentária entre idosos na Zona Rural brasileira19. Mesmo assim, este artigo envolvia, concomitantemente, população da Zona Urbana, não havendo sequer um artigo que cedesse dados específicos na Zona rural.
    Autor/Ano
    Revista
    População/
    Região
    (n)
    CPOD
    Componente (P)
    Edentulismo
    Silva et al (2004)18
    Cad. Saúde Pública
    Urbana
    202
    31,09
    92,64%
    74,25%
    Collussi et al (2004)19
    Rer. Bras. Epidemiol.
    Urbano-Rural
    277
    28,9
    92,1%
    48,4%
    Carneiro et al (2005)20
    Cad. Saúde Pública
    Urbana
    293
    30,8
    96,3%
    68,3%
    Reis et al (2005)21
    Rer. Bras. Epidemiol.
    Urbana
    289
    30,17
    95,38%
    69,2%
    Tabela I – análise da prevalência de perda dental nas populações urbano-rurais brasileiras considerando índice de CPOD evidenciando seu componente P (perdidos) e percentual de edentulismo.
    O estudo do primeiro autor18 abrangeu uma amostra de 202 indivíduos, sendo 101 idosos (65 a 74 anos) e 101 adultos (35 a 44 anos). O percentual de edêntulos foi de 74,25% para idosos especificamente. O CPOD foi de 31,09 para essa faixa etária, onde o componente P (perdidos) foi o responsável pelo alto valor do índice CPOD e correspondeu a 92,64% para os idosos. A pesquisa é caracterizada por ser um estudo transversal e se deu no Município de Rio Claro (Zona Urbana), São Paulo.
    O segundo estudo19 abrangeu uma amostra de 277 indivíduos residentes na área urbana e rural do Município de Biguacú, Santa Catarina. Foi encontrado um índice de CPOD médio de 28,9 com grande percentual de dentes extraídos (92,1%) e menor participação dos dentes cariados (5,5%) e obturados (2,4%). A prevalência de edentulismo na população foi de 48,4% da população, porém, ainda que tenha sido relativamente baixa em relação aos dados disponíveis nos outros estudos 18, 20, 21, o elevado índice de CPOD ainda evidencia as precárias condições de saúde bucal dos idosos que necessitam de programas assistenciais específicos para que, em breve, esse quadro epidemiológico se modifique positivamente. Mais ainda, a literatura científica carece de dados quantitativos inerentes e específicos à Zona Rural, já que este19 foi o único que denotou características quantitativas, mas, no entanto, sendo divididas com a Zona Urbana no Município.
    O terceiro estudo20 abrangeu uma amostra de 297 indivíduos residentes na Zona Urbana da cidade de São Paulo, compreendendo idosos de 65-74 anos e 75 anos ou mais. O índice de CPOD foi de 30,8, com 96,3% de dentes perdidos. Esse percentual aumentou para 97% quando se tratava exclusivamente do sexo feminino. O percentual de edentulismo foi de 68,3%, caracterizando, em geral, condições clínicas insatisfatórias para esses indivíduos.
    O quarto e último estudo21 abrangeu uma amostra de 289 indivíduos residentes nas instituições públicas filantrópicas de longa permanência da cidade de Goiânia-GO (Zona Urbana). A faixa etária variou de 60 a 103 anos. O CPOD médio foi de 30,17, havendo predomínio do componente P (perdidos) com 95,38%. A prevalência de edentulismo foi de 69,2%.

    Razões para as perdas dentárias
    As razões das perdas são afetadas por um número de fatores entre os quais as condições sociais desempenham um papel importante. A renda familiar avaliada em dado estudo15 mostrou significância estatística para uma cidade do Nordeste. Além disso, os pacientes que apresentavam nível educacional menor que o segundo grau tiveram mais dentes perdidos por cárie.
    O aumento do número de idosos na população tem sido acompanhado pelo estigma da dependência, o que acarreta uma visão preconceituosa em relação aos indivíduos mais velhos. Estes podem ser vistos por alguns como fardo social e econômico, não só pelo seu afastamento do mercado de trabalho, mas pela prevalência aumentada de doenças crônicas e pelo risco maior de incapacidades16.
    Valores médios de dentes perdidos são significativamente maiores (p<0,05) em pessoas com padrão sócio-econômico mais baixo e que moram em área rural13.
    Um estudo comprovou que, entre idosos, a escolaridade média foi de 2,8 anos de estudo, compreendendo desde analfabetos a pessoas com 11 anos de estudo. No trabalho em questão a perda dentária é mais um agravante a comprometer uma condição biológica, a mastigação e que se encontra limitada socialmente pela baixa renda12.
    Outro pesquisador constatou que as taxas de perda dentária cresciam à medida que as pessoas envelheciam, conforme cor da pele, localização da escola, número de habitantes por município e presença de água fluoretada. Ter mais de 40 anos de idade, morar em município com menos de 10 mil habitantes, aumentou o risco, respectivamente, em 1,7 e 1,8 vezes. Trabalhar em escola rural e morar em cidade sem flúor no núcleo urbano elevou a prevalência de perda dentária, respectivamente, em 42% e 25%. Apresentar cor negra como condição desfavorável de acesso às oportunidades a bens e serviços aumentou o risco em 22%3.
    Residir na Zona Rural também parece ser fator agravante para a saúde bucal do idoso para o autor17: idosos residentes na Zona Rural parecem cuidar menos dos dentes com relação aos da Zona Urbana, tendo um percentual de 72,1% e 66,2% respectivamente; quanto às visita ao dentista, idosos da Zona Urbana também ficavam atrás com 46,9% contra 58,4% da Zona Urbana; Quanto ao edentulismo, idosos da Zona Rural Superavam o percentual de edêntulos da Zona Urbana em, respectivamente, 36,7% contra 28,2%.


    DISCUSSÂO
    Saúde Bucal de Idosos no Brasil: contexto geral
    A transição demográfica é um fenômeno mundial caracterizado, principalmente, pelo declínio da taxa de fecundidade, a diminuição da taxa de mortalidade nas idades avançadas e o aumento da expectativa de vida, tendo como conseqüência direta uma mudança na estrutura etária da população (envelhecimento). Este fenômeno já é observado há algum tempo nos países desenvolvidos, mas ocorre agora de um modo bastante acelerado nos países em desenvolvimento, incluindo o Brasil, e, em menor proporção, nos subdesenvolvidos 1.
    No Brasil, a perda do órgão dental relacionada à exodontias provocadas por doenças
    evitáveis, entre elas, a cárie dentária e as doenças periodontais, é muito elevada. Dados epidemiológicos têm mostrado expressivo incremento das perdas com a idade2. Estima-se que 10% da população brasileira aos 34 anos de idade apresente ausência total de dentes. Aos 41 e 48 anos de idade, esse problema atinja, respectivamente, 20 e 30% dos brasileiros. A partir dessa idade, a proporção de edêntulos é cada vez maior e o colapso da dentição é mais intenso: 40% aos 53 anos, 50% aos 58 anos; 60% aos 63 anos; 70% aos 68 anos e 80% aos 70 anos de idade 3.
    Ainda quanto ao levantamento epidemiológico nacional em saúde bucal, com uma amostra de 5.349 idosos, constatou-se que o número de dentes perdidos, cariados e restaurados, verificados pelo índice CPOD, aumenta com a idade, passando de uma média de 20,1 na faixa etária de 35 a 44 anos para 27,8 na faixa etária de 65 a 74 anos. É importante evidenciar que o componente P (perdidos) foi responsável por 93% do CPOD nos idosos. Quanto ao acesso ao serviço odontológico, quase 70% dos idosos pesquisados não iam ao dentista há mais de três anos e 5,83% nunca foram atendidos. Quanto ao tipo de serviço utilizado, 40,5% relatam o serviço público e 40,26% o serviço privado liberal2.
    Quanto aos fatores sociodemográficos, principalmente aspectos das relações sociais, são considerados importantes preditores de doenças bucais em idosos como a cárie radicular. A Odontologia deve atuar como um agente de integração na sociedade, influenciando o suporte social, na medida em que mantém a saúde bucal do idoso, possibilitando a este uma aparência agradável, melhor auto-estima, maior capacidade de fonação, além de contribuir para integração do idoso ao meio social1. Aliado a isso, pode-se destacar a variável escolaridade, a qual diz que, quanto maior o analfabetismo, consequentemente menor a renda, mais dentes cariados, menos dentes restaurados e maior o número de dentes perdidos3.
    Quanto ao acesso ao serviço de saúde bucal, percebe-se que, para os idosos, há um conjunto de situações que impedem ou não facilitam sua adequação a esse benefício. Entre elas estão as dificuldades econômicas, culturais e sociais. Soma-se a isso, a necessidade de deslocamento e a ajuda de terceiros. Além disso, embora haja déficit de atendimento a idosos, muitos não buscam atendimento nos serviços prestados. Nesses locais, os idosos constituem um grupo de menor prioridade7.
    Baseado nesse contexto vê-se uma maior necessidade de atenção à saúde bucal do idoso brasileiro a partir de seus predicados como desigualdades sociais, escolaridade, acesso ao serviço e, associado a isso, local onde vivem, Zona Rural brasileira, evidência ainda pouco estudada e que merece significatividade especial neste trabalho.

    Saúde bucal de idosos residentes na Zona Rural brasileira
    Distribuição da População Rural brasileira
    No Brasil, parcela significativa da população rural vive nas zonas rurais dos pequenos municípios. Este fato é evidente no Nordeste, onde 40,3% da população rural se encontram nos municípios com até 20 mil habitantes (78,9%, no conjunto dos municípios com até 50 mil habitantes). Embora em proporções menores, o mesmo ocorre em São Paulo, onde 31,9% da população rural vive em municípios com até 20 mil habitantes (52,7% no conjunto dos municípios com até 50 mil habitantes). Apesar desta semelhança – seria necessário verificar este mesmo processo em outros Estados – observa-se que existem duas formas distintas de ocupação do espaço municipal. A população paulista dos pequenos municípios é minoritária, em relação ao conjunto do Estado – apenas 19,4% vivem nos municípios com até 50 mil habitantes (8,8% naqueles cuja população não ultrapassa os 20 mil habitantes). A l é m disso, ela se encontra sobretudo nas sedes municipais, sendo, portanto, segundo os critérios do IBGE, uma população urbana. De fato, da população dos municípios com até 20 mil habitantes apenas 25% vivem no meio rural, proporção que atinge 38,6%, e se considera o conjunto dos municípios com até 50 mil habitantes. Ao contrário do que acontece em São Paulo, na região nordestina os pequenos municípios abrigam a maioria da população da região. De fato, 50,6% dos nordestinos vivem em municípios com até 50 mil habitantes. Além disso, mais da metade da população destes municípios é constituída pela população rural: 57,7%, no caso dos municípios com até 20 mil habitantes e 51%, nos municípios entre 20 mil e 50 mil8.
    A Contagem da População residente, por situação do domicílio e sexo, segundo as Grandes Regiões, Unidades da Federação e Regiões Metropolitanas efetuada pelo IBGE, em 2005, registrou um total de 184.388.620 habitantes para o território brasileiro, sendo desses, 152.711.363 (82,8%) residentes na Zona Urbana e 31.677.257 (17,2%) na Zona Rural. Quando distribuído entre Regiões, o percentual da população Rural brasileira foi dado da seguinte maneira: Região Norte – 11,9%, Região Nordeste – 47,16%, Região Sudeste – 20,27%, Região Sul – 14,9%, Região Centro-Oeste – 5,84%9. Desses dados conclui-se que a Região Nordeste possui o maior contingente de população rural do País.


    Distribuição Urbano-Rural da População idosa brasileira
    A distribuição urbano-rural da população de idosos insere-se no contexto do processo de crescente urbanização no Brasil. A proporção de idosos residentes nas áreas rurais passou de 23,3%, em 1991, para 18,6%, em 2000. O grau de urbanização da população idosa acompanhou a tendência da população total, ficando em torno de 81% em 2000. Na maior parte do mundo, a quantidade de pessoas idosas que vivem em áreas urbanas aumentou consideravelmente10.
    Gráfico I - Distribuição percentual da população residente de
    60 anos ou mais de idade, por situação do domicílio
    Brasil - 1991/2000


    Fatores que levam à perda dentária em idosos residentes na Zona Rural brasileira
    Desigualdades sociais, Escolaridade e Acesso ao serviço de saúde bucal
    Apesar da reconhecida importância da saúde bucal, uma parcela considerável da população brasileira não tem acesso aos serviços de saúde. Esta situação é responsável não só pelos números desanimadores vistos no último levantamento epidemiológico nacional para algumas localidades2, mas por demonstrar que as dores de dente e perdas dentárias estão presentes no cotidiano dos brasileiros4.
    O acesso ao serviço bucal no meio rural é de uma problemática inestimável. Como o serviço não é fixo, há muitos momentos em que o atendimento no meio rural não existe. Os itinerários terapêuticos incluem a procura pelo sindicato rural, faculdade de odontologia, serviços municipais de saúde e, em alguns casos, o atendimento provado. Mais ainda, como os serviços municipais de saúde realizam procedimentos de atenção básica, existe uma cobrança por parte da população, principalmente idosa, em relação à atenção secundária como os tratamentos endodônticos, restaurações indiretas, pois na ausência dessas intervenções, a saída que resta é a exodontias para o alívio da sintomatologia da dor11.
    As taxas de prevalência de perda dentária parecem aumentar em idosos, negros, e trabalhadores/residentes na Zona Rural, além de áreas que não possuem água fluoretada3.
    A avaliação das representações sociais sobre saúde bucal entre populações rurais tem sido ainda mais escassa do que nas sociedades urbanas. É importante também avaliar se as sociedades rurais possuem representações sociais diferentes daquelas que se conhece em estudos já realizados no meio urbano. Essa lacuna do conhecimento pode dificultar a realização de um correto diagnóstico sobre “as visões do mundo” de grupos sociais que se destinam possíveis intervenções coletivas em saúde bucal11.
    A perda dentária relaciona-se com componentes psíquicos e sociais importantes. A nossa sociedade atual “supervaloriza” a aparência em detrimento de outros valores. Assim, a perda de dentes torna as pessoas vulneráveis a sentimentos de inferioridade, rejeitadas e inseguras, impondo às pessoas uma situação social desfavorável. No meio rural verifica-se um confronto entre realidade vivida (pessoas perdendo dentes) e a realidade almejada (perda de dentes não está mais presente). Esse confronto pode ser um aspecto importante para que mudanças aconteçam11. 
    A mutilação dentária resultante da perda dos dentes predispõe um estado de doença, pois assinala mudanças físicas, biológicas e emocionais. Os indivíduos desdentados e/ou portadores de prótese sentem-se em desvantagem em relação aqueles portadores de dentes naturais12.
    Apesar da expansão recente dos serviços de saúde bucal em algumas regiões rurais brasileiras, a qualidade do cuidado à saúde bucal é problemática, pois a perda dentária estigmatiza a população pobre, reforçando as desigualdades entre as classes sociais13.
    A dor de dente é vivenciada como dificuldade enfrentada pelas populações de renda e escolaridade baixas que não encontram nos serviços de saúde pública meios apropriados para o cuidado á saúde bucal14.


    CONSIDERAÇÕES FINAIS
    De acordo com o presente estudo, considerando todos os artigos selecionados e analisados, ainda se tem poucos trabalhos publicados que relatem sobre a prevalência de perda dentária entre idosos residentes em áreas rurais no Brasil. Além disso, as pesquisas existentes são em sua maioria de âmbito qualitativo e, obviamente, se faz imperativo o desenvolvimento de pesquisas de caráter quantitativo, a fim de que se possa intervir com mais eficiência sobre a saúde bucal de idosos residentes nesta região. 
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    Dr. Aníbal Ribeiro na TV Tribuna - Tema: Gengivite

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