sábado, 30 de junho de 2012

Respeitem o espaço biológico


Dr. Aníbal Ribeiro

Pós-Graduado em Cirurgia Periodontal



A inter-relação entre a Periodontia e a Odontologia Restauradora é um dos temas mais discutidos na Odontologia atual. A necessidade da devolução de tecidos perdidos e a restauração da função, sem que ocorra uma modificação dos tecidos periodontais, é um dos dilemas mais comuns na clínica diária. Nesse contexto, um dos assuntos de maior impacto no cotidiano dos cirurgiões-dentistas é a invasão do espaço biológico.

Você já precisou fazer a popular “retirada de excesso da gengiva” ou “cirurgia da gengiva” previamente a um procedimento restaurador ou protético? Seu Dentista passou-lhe todas as informações necessárias desde conceitos, objetivos e resultados deste tipo de procedimento?

Neste texto traremos uma discussão importante sobre o Espaço Biológico e sua relação com a Odontologia Restauradora, para que assim possamos elucidar pacientes e profissionais quanto as suas principais dúvidas.

Mas afinal, o que é o Espaço Biológico?

Em 1959, Sicher descreveu uma união dentogengival constituída por uma inserção epitelial e por uma inserção conjuntiva. Gargiulo et al. (1961) avaliaram as medidas da junção dentogengival, considerando as fases da erupção e as faces do dente, obtendo as seguintes médias: profundidade do sulco gengival – 0,69 mm, comprimento do epitélio juncional – 0,97 mm e comprimento da inserção conjuntiva – 1,07 mm. Dessas distâncias, a inserção conjuntiva foi a que se apresentou mais constante, enquanto que a parte mais variável foi o comprimento do epitélio juncional. Portanto, o espaço localizado coronariamente à crista óssea alveolar pode ser arredondado para aproximadamente 3 mm. No entanto esta medida pode variar de dente para dente e nas diferentes faces de um mesmo dente, estando presente em toda dentição saudável. Numa definição mais generalizada, o espaço biológico do periodonto é a distância compreendida entre a base do sulco histológico e a crista óssea alveolar; ou ainda o espaço biológico compreende a distância entre a crista óssea alveolar à borda da gengiva marginal livre.


Em que ocasião você precisa passar pela cirurgia para reconstituição do espaço biológico (Cirurgia de Aumento de Coroa Clínica – ACC, Gengivectomia, Gengivoplastia)?



Geralmente quando a cárie situada em seu dente invade o espaço biológico, e a violação desse espaço pode resultar em inflamação crônica progressiva, formação de bolsa, perda de inserção que, se não controlada, pode levar a perda do elemento dentário.

As razões para o acontecimento deste fato são duas: primeiro, que as estruturas biológicas do epitélio juncional e o ligamento periodontal supra-crestal são mecanicamente invadidas por um material restaurador, que por mais polido, liso e bem acabado que seja, sempre é diferente da estrutura dental sadia; em segundo lugar, o epitélio, sob forma nenhuma, consegue aderir-se sobre a superfície bacteriana, e a colocação da margem que invade o espaço biológico mostra sempre a possibilidade que fique uma "porta aberta" ao acúmulo de microorganismos.

Quando o espaço biológico do periodonto é invadido (violado), uma reação inflamatória normalmente ocorre, podendo induzir reabsorção óssea alveolar para providenciar espaço para novos tecidos de conexão, bem como levar a um aprofundamento do sulco gengival. Este restabelecimento da inserção periodontal em uma posição mais apical e o sulco aprofundado combinado com uma restauração marginal, freqüentemente, leva a uma inflamação crônica e um colapso periodontal localizado. Dessa forma, o objetivo do ato cirúrgico de aumento de coroa clínica, para fins restauradores, é que exista entre a crista óssea alveolar e a margem da restauração no mínimo 3mm de estrutura dental sadia para a inserção conjuntiva e epitélio juncional.

Várias pesquisas têm demonstrado que mesmo uma restauração com margem bem adaptada pode levar a uma resposta patológica se a porção apical da margem é colocada dentro do sulco gengival. (LUNDERGAN,W. & HUGHES,W.) demonstraram que a margem cervical de restaurações colocadas próximas ao epitélio juncional aumenta a severidade da inflamação gengival. Em relação a desadaptações, DAUDT et al., verificaram que a presença de periodontopatógenos detectados pelo teste enzimático BANA é significativamente maior quando da presença de restaurações subgengivais mal adaptadas.

A colocação de restaurações subgengivais inadequadas propicia um ambiente favorável à retenção de placa ao mesmo tempo que dificulta sua remoção. A permanência desta suscita uma resposta inflamatória gengival crônica atribuída à violação mecânica do espaço biológico ou à retenção de placa na interface dente/restauração, além de sensibilidade gengival a estímulos mecânicos, recessão e formação de bolsa . A invasão desse pode ser prevenida fazendo-se o diagnóstico precoce e pronto tratamento da cárie, e evitando-se a colocação de margens subgengivais. Desta forma, um adequado plano de tratamento faz-se necessário utilizando-se de todos os recursos de diagnóstico, dentre os quais destaca-se o exame radiográfico.

terça-feira, 26 de junho de 2012

Ortodontia

"É a especialidade da odontologia com a função de corrigir a posição dos dentes e/ou ossos maxilares (maxila/mandíbula) quando esses se encontram com forma ou relação inadequada.
Através da ortodontia podemos devolver ao paciente:
- espaços adequados para reabilitação quando o caso envolve perda dos dentes;
- melhor estética e higienização através do alinhamento e nivelamento dos dentes;
- oclusão balanceada para prevenir ou melhorar problemas na ATM (dores de cabeça ou na face);
- recessões por contatos inadequados;
- correção de hábitos que prejudicam o desenvolvimento da oclusão.
Independente da idade, cedo ou tarde, se você tem algum problema como citado acima e quer corrigir esteticamente seus dentes procure um especialista e tire suas dúvidas. Afinal nosso prazer em sorrir é tudo!"

Dr. Aníbal Ribeiro
CRO - PE 8295 
Pós graduado em Ortodontia
Credenciado no sistema de aparelhos invisíveis Essix - Dentsply

Com qual idade devo usar o aparelho?
Não existe idade certa, assim que algum problema nas arcadas for diagnosticado, o tratamento deve ser iniciado, podendo ser do tipo preventivo, interceptativo ou corretivo.

Os aparelhos podem ser divididos em dois grupos: fixos e removíveis.
Aparelhos fixos são unidos aos dentes através de uma substância adesiva ou cimento; são compostos por bráquetes (metálicos, plásticos ou cerâmicos), tubos e anéis, que suportam o arco metálico responsável pela movimentação dentária. Permitem maior movimentação dos dentes e independem da colaboração do paciente. Os aparelhos fixos podem ser metálicos ou os chamados estéticos de porcelana ou safira.
Aparelhos removíveis são encaixados na boca, podendo ser retirados pelo paciente ou pelo ortodontista, e dependem da colaboração do paciente. Podem ser ortodônticos, os quais realizam pequenas movimentações dentárias, ou ortopédicos, utilizados nas correções de alterações esqueléticas (ósseas).

Qual o tempo do tratamento?
Prever o tempo de um tratamento ortodôntico é difícil, pois este depende de vários fatores, como respostas biológicas individuais, tipo de má oclusão, tipo de aparelho utilizado e colaboração do paciente. Um tempo médio é de vinte e quatro a trinta meses de tratamento ativo.

Posso sentir dor no tratamento?
Sim, o tratamento ortodôntico, no início, causa uma certa sensibilidade, principalmente na fase de colocação do aparelho. Após essa fase, existirá algum desconforto para o paciente cerca de 24 a 48 horas após os ajustes praticados pelo ortodontista. Quando o tratamento é bem planejado e executado por profissional qualificado, não existem riscos maiores ao paciente, desde que este siga todas as instruções dadas, principalmente quanto ao aspecto de higiene bucal, pois os detritos podem causar problemas gengivais, periodontais, manchas brancas ou mesmo cáries dentárias.

Quais fatores que levam ao uso de aparelhos ortodônticos?
Apesar do problema genético ser um dos fatores do aparecimento da má oclusão nos filhos, outros fatores podem levar a tratamento ortodôntico, como respiração bucal, sucção prolongada de dedo ou chupeta, deglutição atípica e anomalias dentais.

É necessário a extração dos dentes sisos?
A extração de dentes permanentes faz-se necessária em alguns casos, principalmente naqueles em que há falta de espaço para a acomodação de todos os dentes no arco. O resultado deve ser um perfil harmonioso, agradável, com lábios contactados, sem esforço muscular e com perfeita harmonia dentária.

O que são aparelhos fixos com braquetes autoligados?
São aqueles que não necessitam de ligaduras elásticas, ou metálicas. As peças possuem um dispositivo próprio para prender ao arco.

Qual a vantagem desse tipo de braquetes?
Por não usar ligaduras elásticas, ele diminui o atrito e também o acumulo de placa. O mecanismo é capaz de diminuir o número de consultas uma vez que deve ser deixado o aparelho trabalhar de forma mais contínua, aumentando assim o tempo entre as consultas.

O que é Essix?
É um aparelho invisível que possui uma serie de alinhadores transparentes e removíveis, para gradualmente alinhar dentes sem metal ou fios.

Como funciona Essix?
O tratamento e planejado desde a posição inicial ate a final para que a serie de alinhadores seja programada. Cada alinhador move gradualmente os dentes e depois é substituído pelo próximo da serie ate a posição final ser alcançada.

Quais os benefícios desse aparelho?
Ele é praticamente invisível, removível, confortável, e permite ver a finalização do tratamento no ato do diagnostico, inclusive pelo paciente.

Qualquer ortodontista faz uso do Essix?
O mais adequado é que o ortodontista tenha realizado um treinamento específico e possua o certificado da Invisalign.

O que são braquetes autoligados?
São aqueles que não necessitam de ligaduras elásticas, ou metálicas. As peças possuem um dispositivo próprio para se prenderem ao arco.

Qual a vantagem desse tipo de aparelho?
Por não usar ligaduras elásticas, ele diminui o atrito e também o acúmulo de placa. Alem de seu mecanismo diminuir o numero de consultas uma vez que deve ser deixado o aparelho trabalhar de forma mais contínua, aumentando assim o tempo entre as mesmas.


Av. Eng. Domingos Ferreira, Emp. Santa Sicília, 2215, Sl. 204, Boa Viagem, Recife-PE. (81) 3088-8482
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Estética Bucal

"A dentística é o ramo da odontologia que atua na restauração e estética dental. Tendo cada área sua relevância. A restauração é uma medida importante para o restabelecimento da saúde oral já que a cárie é uma doença infecto-contagiosa multifatorial que gera vários problemas como a dor e dificuldade na mastigação. A estética por sua vez trata em melhorar a autoestima com o uso de restauração em resina composta, facetas em resina e porcelana, clareamentos, fechamento de espaços entre dentes (diastemas) dentre outros. Em suma a dentística busca estabelecer uma harmonia entre saúde oral e estética, procurando levar a todos um sorriso bonito e saudável!"

Dr. Aníbal Ribeiro 
CRO - PE 8295 


Quais os materiais que podem ser utilizados na troca de uma restauração metálica por uma estética?
Existem, em princípio, duas possibilidades de materiais. O primeiro é a cerâmica (ou porcelana), o segundo são as resinas compostas. A restauração de cerâmica pode ser executada apenas pelo método indireto, isto é, o cirurgião-dentista prepara o dente, molda, e um técnico de laboratório executa sobre o modelo, que é cimentado pelo dentista. A resina composta tanto pode ser usada pelo método direto, feita diretamente sobre o dente do paciente, em uma única sessão, ou pelo método indireto. A resina composta usada na forma indireta tem uma composição diferente da utilizada na forma direta e é chamada de resina composta de laboratório, podendo também ter a denominação de cerômero.

As restaurações em amálgama são realmente tóxicas e, por isso, devem ser trocadas?
Existe muita discussão sobre o poder tóxico do mercúrio nas restaurações de amálgama. Provou-se que o aumento dos níveis de mercúrio no sangue e na urina pode estar associado à presença dessas restaurações, embora nenhum trabalho tenha conseguido relacionar o desenvolvimento de doenças sistêmicas causadas por mercúrio em pacientes com as restaurações de amálgama.

Quais são o melhor material e a melhor técnica?
Basicamente, a técnica direta serve para as pequenas restaurações e, quando a área a ser restaurada é muito extensa, a preferência cai sobre as indiretas; entretanto, as mais extensas podem ser feitas de modo direto, dependendo da indicação profissional. Na técnica indireta, a escolha entre cerâmica e cerômero dependerá das condições técnicas e também da preferência profissional, pois os comportamentos estético e funcional são extremamente semelhantes.

No momento da troca de uma restauração, é necessário um desgaste maior do dente?
Não necessariamente. Quando é feita a troca de uma restauração de amálgama por uma de resina composta direta, a cavidade obtida após a retirada do material antigo já é compatível com o novo material restaurador. Contudo, para receber uma restauração indireta, pode ser necessário um desgaste adicional de dente sadio para possibilitar a execução do trabalho. Nas trocas de uma restauração metálica indireta de ouro, por exemplo, dificilmente uma certa quantidade de dente sadio não vai ser sacrificada, pois são preparos com exigências diferentes. Esse desgaste maior do dente de maneira alguma irá prejudicá-lo, pois é feito para permitir uma harmonia entre o material restaurador e o dente.

Uma restauração de material na cor do dente tem a mesma durabilidade que uma restauração antiga?
Existem, na boca de pacientes, restaurações de amálgama, de ouro e de outros metais em bom estado e com desempenho funcional perfeito há mais de vinte anos, assim como existem restaurações em mau estado feitas há pouco tempo. As técnicas restauradoras estéticas atuais são relativamente novas se comparadas com a do amálgama e a das restaurações metálicas indiretas. Todavia, já temos acompanhamento clínico com excelentes resultados de restaurações estéticas. A durabilidade de uma restauração depende de uma série de fatores, alguns diretamente relacionados com o cirurgião-dentista e outros, com o paciente.

Dentes manchados por uma restauração de amálgama podem ser corrigidos com a troca?
O amálgama libera, ao longo do tempo, produtos que podem manchar o esmalte dental deixando-o acinzentado. Nesses casos, a troca melhora muito o problema estético sem, contudo, resolvê-lo completamente, pois seria necessária a retirada completa desse esmalte manchado para se conseguir uma perfeita solução estética.

Como é feita a manutenção das restaurações estéticas?
A manutenção das restaurações estéticas está inserida no contexto de manutenção da saúde bucal do paciente. O controle da higiene bucal, as profilaxias periódicas, como também as reavaliações clínicas do estado das restaurações prolongam a vida útil desses trabalhos. Pequenos reparos de possíveis falhas como manchamento superficial e pequenas fraturas podem ser realizadas com facilidade pela mesma técnica adesiva usada na confecção das restaurações estéticas.

Clareamento dental
Existem basicamente três tipos de clareamento dental:
Clareamento caseiro;
Clareamento à laser no consultório;
Clareamento associado.

No clareamento caseiro, a maior parte do tratamento é realizada pelo próprio paciente, o qual utiliza o agente químico, gel oxidante de baixa concentração, dentro de uma moldeira adaptável aos dentes. Estes materiais são fornecidos pelo cirurgião-dentista, que irá supervisionar o tratamento através de visitas periódicas do paciente ao consultório. Essa técnica é um pouco mais demorada, porém menos agressiva aos dentes. 

No clareamento à laser no consultório, o dentista irá aplicar sobre os dentes um agente químico oxidante bem mais potente. Durante a aplicação é necessário cuidado especial do profissional para proteger a gengiva, lábios e bochechas de forma que o clareador não provoque queimaduras. Sobre o clareador é aplicado o laser que irá ativar o produto que removerá os pigmentos, essa técnica promove um clareamento mais rápido podendo, as vezes, obter o efeito desejado em uma única sessão.

No clareamento associado, o tratamento é dividido em duas partes, a primeira parte é realizada pelo método de clareamento caseiro e a finalização do tratamento é realizada no consultório com o clareamento à laser.

Posso fazer sozinho ou preciso ir ao dentista?
Não é recomendado clarear os dentes sem orientação profissional. Seja no consultório ou em casa, sempre deve haver monitoramento do dentista.

Como funciona o clareamento dental?
Através da ação de um gel (peróxido de hidrogênio ou carbamida) em diferentes concentrações, libera oxigênio que penetra na dentina quebrando as moléculas dos pigmentos causadores das manchas.

O clareamento altera a cor das restaurações existentes?
Não, o gel clareador só age nos dentes naturais. Será necessário trocar as restaurações antigas, pois estas não sofrem ação dos clareadores ficando mais escuras em relação aos dentes clareados, causando desarmonia estética.

Os produtos usados são seguros a saúde geral?
Sim, quando usados de forma adequada , com orientação, não promovem nenhum prejuízo a saúde geral.

O dente após o clareamento fica enfraquecido?
Não, a estrutura dental não e afetada.

O dente clareado pode escurecer novamente?
Sim, mas nunca como era antes, apos, 1 ou 2 anos pode haver a necessidade de uma manutenção.

Fatores que podem alterar a cor dos dentes:
 Alimentação: Durante a nossa vida alimentamos com muitos produtos que contém corantes como os refrigerantes, café, vinho, beterraba , entre outros, com o tempo e o uso freqüente desses produtos podem deixar nossos dentes amarelados ou manchados;
 Fumo: O cigarro tem corantes amarelo que vão pigmentar os dentes;
 Medicamentos: Crianças que ingerem o antibiótico tetraciclina durante o período de formação dos dentes permanente terão estes dentes com a cor alterada tendendo para o castanho ou cinza. Crianças que ingerem suplementos de flúor em demasia, terão parte dos dentes na cor branca opaco;
 Higienização: A falta de escovação após as refeições associadas a alimentação com alto teor de corantes ou outros fatores como citado acima contribuem para o escurecimentos dos dentes portanto é fundamental a higienização com escova e fio dental após as refeições e acompanhamento periódico do seu dentista.
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segunda-feira, 11 de junho de 2012

Cárie pode colocar seu coração em risco

O problema é mais sério do que se imagina, ela pode ser responsável pela endocardite e até levar à morte. 

Inimiga do peito
Veja como a cárie pode causar um tremendo problema no coração

Bactérias mil Na boca de quem tem cárie ou gengivite, os germes existem aos montes. Conforme a cárie avança, áreas cada vez mais próximas da corrente sanguínea, como a raiz, são infectadas.

Estranha no ninho Uma vez circulando pelo sangue, esses micróbios, outrora inofensivos, passam a ameaçar todo o corpo, em especial o coração de quem tem alguma doença preexistente.

Endocardite Se o endocárdio, tecido que reveste as camadas internas do órgão, já está lesionado, o ambiente fica perfeito para a bactéria proliferar e provocar uma infecção ali.

A vilã A Streptococcus mutans da cárie, culpada por 40% das endocardites, adora aderir ao tecido cardíaco e é capaz de levá-lo à falência.
Você já teve algum dente cariado? Se a resposta for sim, saiba que não está sozinho. Ela é considerada a doença - sim, doença - mais comum no planeta, atingindo 5 bilhões de pessoas. Para ter ideia, 88% dos brasileiros já sofreram com o problema ao menos uma vez, segundo o Ministério da Saúde.


Para criar uma maior consciência sobre a gravidade desse buraquinho no esmalte dentário, chega ao país a Aliança para um Futuro Livre de Cárie, iniciativa internacional que reúne experts em odontologia ao redor do globo com a missão de alertar os profissionais de saúde e desafiar os responsáveis por políticas públicas sobre a necessidade de educar a população para prevenir o problema. "Nossa meta é ensinar às pessoas que o diagnóstico é simples e deve ser feito o mais rápido possível", conta o odontologista Marcelo Bönecker, professor da Universidade de São Paulo e presidente da Aliança no Brasil. Ousada, a empreitada almeja que crianças nascidas a partir de 2026 sejam livres de cárie.


A origem do buraco


Tudo tem início quando a saliva não realiza uma de suas funções primordiais, que é ajudar a manter o pH da boca estável e, com isso, o esmalte, uma espécie de escudo da dentição, intacto. Fatores como má alimentação e falta de higiene impedem que esse detergente natural equilibre o pH, abrindo alas para a acidez. Ela contribui para a explosão demográfica de bactérias que vivem ali sossegadas e são responsáveis por converter o açúcar dos alimentos em mais e mais ácidos. E esse círculo causa estragos.


"Os micro-organismos destroem o esmalte e, se não controlados, podem consumir o dente todo", explica o odontologista Luiz Akaki, de São Paulo. Essas verdadeiras erosões são agravadas por determinados quadros de saúde. Asmáticos, por exemplo, estão mais sujeitos a sofrer com elas. "Quando respiramos pela boca, a secreção salivar diminui, baixando a proteção do dente contra bactérias", aponta Bönecker. "Com a secura, a tendência é tomar bebidas doces, o que piora de vez a situação", completa. Outra doença que a presença de muita cárie pode denunciar é o diabete. Nele, os níveis de glicose vão às alturas e são outro sabotador da produção de saliva. Às vezes, porém, é a cárie que causa novas confusões. Ora, os bichos cariogênicos financiam problemas no coração.


Para afastar o risco de cárie e doenças periodontais, escovar os dentes corretamente é importante, mas a limpeza profissional também não deve ser desprezada. Recentemente, a American Heart Association publicou um estudo revelando um dado inusitado: pessoas que se submetiam com frequência a esse procedimento no consultório apresentavam uma probabilidade 24% menor de ataque cardíaco e 13% mais baixa de um acidente vascular cerebral. Nada mal...
Essa relação surpreendente tem uma explicação simples. Uma gengiva inflamada, ou uma cárie que já atingiu a raiz do dente, libera no corpo uma porção de substâncias inflamatórias. "Esses agentes desestabilizam a placa de gordura que existe nas artérias, favorecendo seu rompimento", esclarece o dentista Ricardo Neves, diretor da Unidade de Odontologia do Instituto do Coração (Incor), em São Paulo. A inflamação pode dificultar o fluxo de sangue até que ele pare totalmente, ao gerar coágulos ou placas que tampam 100% da passagem. É esse acidente de trânsito que deflagra infartos e derrames.


O elo entre saúde bucal e doenças cardiovasculares é tão relevante que desde 1977 existe no Incor uma divisão especialmente focada em tratar problemas na cavidade oral em pacientes cardíacos. A preocupação é justamente evitar o risco de endocardite, infecção grave com índice considerável de mortalidade (veja o infográfico na página ao lado). "A boca é responsável por 40% das ocorrências desse mal, e nossa função é evitar que todo o esforço no tratamento vá por água abaixo", expõe Neves. O cardiologista Max Grinberg, diretor da Unidade de Valvopatias do centro de referência paulistano, completa: "Sempre recomendamos que os pacientes com disfunções nas válvulas cardíacas façam visitas regulares ao odontologista".


Mesmo quem tem o peito batendo no ritmo certo não deve fugir da cadeira do dentista. "Apenas esse profissional consegue retirar todo o tártaro, placa bacteriana que enrijece após 48 horas sem remoção, e realizar o polimento, que evita por um bom tempo a adesão de novas placas", explica Luiz Akaki. Capriche no uso do fio dental - só ele é capaz de limpar o espaço entre os dentes. Enxaguatórios bucais, de preferência sem álcool, também ajudam a limar a placa e alcançam lugares aonde a escova e o fio não chegam. Com a higiene em dia, é possível eliminar o perigo na boca - e no coração.

Doença periodontal


Assim como a cárie, essa infecção é causada pela placa bacteriana. Além de danificar a gengiva e os tecidos da maxila e mandíbula, causando sangramento e inchaço, ela provoca uma série de chabus. "Isso porque, de novo, as bactérias podem cair na corrente sanguínea e chegar a diferentes órgãos", alerta o odontologista Sigmar de Mello Rode, professor da Universidade Estadual Júlio de Mesquita Filho, em São José dos Campos, no interior de São Paulo.

Fotos Alex Silva | ilustração O.Silva

Fonte: www.revistasaude.com.br

Dr. Aníbal Ribeiro na TV Tribuna - Tema: Gengivite

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