terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Afinal, qual o melhor material: resina ou amálgama?


Trocar as restaurações de amálgama pelas de resina, que são praticamente da cor dos dentes e ficam mais naturais, devem ser bem avaliadas antes de serem realizadas. O dentista precisa avaliar qual o estado da restauração e como a cárie está instalada no local. Cada paciente exige um tratamento diferente e a eficácia também depende de como a higiene bucal é realizada.

No geral, existem dois problemas que podem exigir a troca das restaurações: estético ou saúde do dente. Nos casos estéticos, a troca parece ficar bem evidente (ver fotos). Já nos casos de saúde, a mudança deve ser feita odedecendo os critérios clínicos como higienização oral do paciente, tamanho e profundidade da cavidade e tipo de preparo.

Quando a troca é feita o amálgama é retirado através do desgaste da restauração em si. O dente pode não sofrer fraturas ou desgastes com o procedimento. Ela é dividida em porções menores e solta em blocos. Mas, quando existem pontos de cáries sob a restauração, o tecido cariado é totalmente removido.

Os dois tipos de materiais cumprem sua função de restaurar um dente que estava comprometido anteriormente. Mas, o amálgama pode durar em média até 20 anos, enquanto a resina tem vida média útil de 10 anos. Isso ocorre porque quando o dentista aplica a luz para a resina edurecer, ela contrai, ajudando a proliferação de possíveis infiltrações.

 
Um ponto comum entre as duas restaurações é a limpeza. A higienização deve ser mantida regularmente e as visitas periódicas ao dentista para avaliar a condição das restaurações. Uma vantagem da resina é que ela pode ser reparada sem ter que acontecer a remoção de toda a restauração. Já no caso do amálgama, de maneira geral, todo o material deve ser trocado, mesmo quando sua totalidade não for atingida.

Quem poderá decidir qual o melhor tipo de material para as restaurações é o dentista de confiança de cada paciente. O profissional precisa levar em conta as necessidades do indivíduo e os resultados que podem ser alcançados para determinar qual é o tipo de restauração adequada.

Mas de todos os avanços científicos e tecnológicos, é preciso ter cautela quando se deseja usar resina para restaurar os dentes posteriores.
Dentre os requisitos técnicos que são necessários para um bom material restaurador, existem alguns que deixam a desejar nas resinas.


Poderíamos citar como pontos negativos das resinas, os seguintes :

- resistência ao desgaste
- integridade marginal da restauração
- estabilidade de cor
- sensibilidade pós-operatória
- longevidade das restaurações

 As restaurações com resina, para dentes posteriores estão indicadas para os seguintes casos:

- Paciente baixo risco á cárie
- Dentes com cáries incipientes (pela primeira vez)
- Regiões estéticas
- Restaurações Mistas ( Cimento ionomérico como base para resina)
- Pacientes com o periodonto sadio (sem doença periodontal)

Tecnicamente a resina deve ter um coeficiente de desgaste que não exceda 25 micrômetros ao ano, estando sujeito ao esforço mastigatório. E até então nenhuma resina apresenta tal coeficiente.

Sintetizando podemos dizer que as resinas podem e até mesmo devem ser usadas para dentes posteriores, mas como tudo (em odontologia), este procedimento tem as suas indicações e contra-indicações, que devem ser sempre respeitadas.

Ainda temos que ter em mente que após a confecção de restaurações com resina, devemos melhorar a higiene e as consultas de retorno ao dentista devem ser bem mais freqüentes, pois estas restaurações são mais frágeis e susceptíveis a recidiva de cárie, principalmente quando a restauração envolve faces interproximais.
  
Abaixo uma tabela retirada de um artigo científico que compara as características do AMÁLGAMA e da RESINA em seus pontos positivos e negativos.


AMÁLGAMA
RESINA
ESTÉTICA
antiestético (-)
superior (+)
UNIÃO COM O DENTE
por adaptação (-)
superior - sistema adesivo (+)
TOXICIDADE SISTEMÁTICA
presença de Mercúrio (-)
negativa (-)
TOXICIDADE PULPAR
inócuo ao complexo dentino-pulpar (+)
maior (-)
LONGEVIDADE
10 a 20 anos em média (+)
não maior do que a metade da vida útil das restaurações em amálgama (-)
TÉCNICAS DE ACABAMENTO
relativamente simples (+)
complexas - todas alteram a superfície e subsuperfície da restauração (-)
INFILTRAÇÃO MARGINAL
menor com tendência a diminuição (+)
maior (-)
REINCIDÊNCIA DE CÁRIE
condicionada à adaptação marginal (+)
maior (-)
TÉCNICA DE RESTAURAÇÃO
simples (+)
complexa (-)
TEMPO DE TRABALHO
menor (+)
maior (-)
RADIOPACIDADE
sim (+)
insuficiente - nem todas possuem (-)
DEGRADAÇÃO MARGINAL
maior - inerente ao material (-)
possibilidade de degradação da matriz por hidrólise (+)
SENSIBILIDADE PÓS-OPERATÓRIA
condicionada à infiltração marginal (+)
maior ( pressão nos túbulos dentinários pela contração de polimerização ) (-)
DESGASTE CLÍNICO
menor tendência ao desgaste (+)
maior desgaste convencional (-)
POTENCIAL IRRITATIVO À GENGIVA
menos irritante melhor lisura superficial (+)
mais irritante - maior acúmulo de placa (-)
PONTOS
4 (-) e 11 (+)
11 (-) e 4 (+)

Espero ter ajudado,
Dr. Aníbal Ribeiro.

(81) 3088-8482
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(81)9928-4608

Um comentário:

Rose Macloud disse...

Parabéns Dr. Aníbal, pela excelente explanação do tema. Tirou-me todas as dúvidas e inseguranças quanto as opções oferecidas. Agradecida!

Dr. Aníbal Ribeiro na TV Tribuna - Tema: Gengivite

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