sábado, 23 de janeiro de 2016

É possível realizar tratamento ortodôntico em pacientes diabéticos?

O diabetes é causado pela falta ou ineficácia de insulina circulante, o hormônio que induz a absorção de glicose do sangue.
Os três tipos de diabetes são:
Tipo 1 (aproximadamente 5% dos casos): Diabetes do tipo 1 surge quando o sistema imunológico destrói as células pancreáticas que produzem insulina. Usualmente, levando à deficiência completa de insulina.
Tipo 2 (90-95%dos casos): O diabetes do tipo 2 aparece quando determinados tecidos ficam resistentes à insulina. Diabetes tipo 2, ocorrem graus variados de diminuição de secreção e resistência à insulina, sendo esse tipo o mais frequente e relacionado a fatores genéticos e ambientais
Gestacional: No diabetes gestacional, hormônios da gravidez bloqueiam a ação da insulina. Podendo ou não permanecer após o parto.

Por ser diabético a pessoa corre um risco maior de ter problemas com os dentes?
Se os níveis de glicose no sangue não forem bem controlados, o diabético tem maior chance de desenvolver doença gengival avançada e de perder dentes quando comparado a pessoas que não têm diabetes. Como todas as infecções, a doença gengival pode ser um fator que eleva o açúcar do sangue e pode tornar o controle do diabetes mais difícil.
Outros problemas bucais relacionados com diabetes são: candidíase (sapinho – uma infecção causada por um fungo que cresce na boca), boca seca que pode causar aftas, úlceras, infecções e cáries.

Devo contar a ele que tenho diabete?
As pessoas que têm diabetes necessitam de cuidados especiais.
Mantenha seu dentista informado sobre qualquer alteração em seu estado de saúde e sobre os medicamentos que estiver tomando. Exceto em caso de emergência, não se submeta a qualquer procedimento dentário se o açúcar no sangue não estiver bem controlado.

Existe uma ligação entre as doenças gengivais e diabetes?
Clinicamente, pessoas portadoras de diabetes são mais susceptíveis ao desenvolvimento de doenças, tais como cáries e doença periodontal, do que pessoas não acometidas por este mal. As pesquisas sugerem que há uma prevalência aumentada de doenças gengivais (gengivite e periodontite) dentre aqueles com diabetes, somando as doenças gengivais a uma lista de outras complicações associadas com diabetes, tais como doenças cardíacas, acidentes vasculares encefálicos isquêmicos (derrame cerebral) e doenças renais.

Além disso, Pacientes diabéticos são mais propensos a ter doença periodontal. A doença de gengiva pode também dificultar, para os diabéticos, o controle dos níveis de açúcar no sangue. Embora mais pesquisas sejam necessárias sobre a relação entre doença periodontal e diabetes, muito estudos já têm sugerido que a doença periodontal severa pode aumentar os níveis de açúcar no sangue, colocando diabéticos em risco e aumentado as complicações dessa doença. Diabetes não é apenas um fator de risco para a doença periodontal, a doença periodontal em si pode agravar a diabetes.
Algumas evidências sugerem que as bactérias que causam a doença periodontal podem entrar na corrente sanguínea, ativando citocinas (fatores prejudiciais do sistema imunológico), que, em seguida, destroem as células do pâncreas, responsáveis pela produção de insulina. Outras pesquisas indicam que o tratamento da doença periodontal pode reduzir a necessidade de insulina e melhorar o controle do açúcar no sangue.

Como evitar problemas dentários associados ao diabetes?
Em primeiro lugar, o mais importante é controlar o nível de glicose no sangue.
Em seguida, cuide bem dos dentes e gengiva e faça exames minuciosos a cada seis meses. Manter, diariamente, uma boa higiene oral utilizando-se de uma boa escovação e fazendo uso de fio, ou fita, dental. Se necessário utilizar enxaguatórios bucais. Mesmo com a limpeza diária, fazer uma limpeza profissional pelo menos duas vezes ao ano.
O tratamento periodontal preventivo deveria ser enfatizado. Caso a doença periodontal se desenvolva, tratamento não cirúrgico e terapia com tetraciclina são recomendados. A tetraciclina age tanto como antibiótico como inibidor de perda óssea, promovendo dupla ação contra a doença periodontal. Procedimentos cirúrgicos devem ser evitados na medida do possível, pois pacientes diabéticos têm lenta cicatrização, a cirurgia pode requerer alteração dos medicamentos habituais, e porque o paciente pode ter dificuldade em manter uma dieta normal, que é essencial para evitar hipoglicemia
Para controlar as infecções por fungo, controle bem seu diabetes, procure não fumar e, se usar dentadura, remova-a e limpe-a diariamente.
O controle adequado da glicose do sangue também ajuda a evitar ou aliviar a boca seca causada pelo diabetes.

É possível realizar tratamento ortodôntico em pacientes diabéticos?
Há quase que unanimidade na literatura científica, onde estudos relataram não haver contraindicação ao tratamento ortodôntico em pacientes diabéticos desde que a doença estivesse controlada e apresentaram contraindica­ção ao tratamento em pacientes sem controle da doença.

Fonte:
– Portal Diabetes
– American Diabetes Association. Total Prevalence of Diabetes and Pre-Diabetes. Available at http://www.diabetes.org/diabetes-statistics/ prevalence.jsp. Accessed February 29, 2008.

– Colgate – PREV. NEWS

– Manifestações bucais em pacientes portadores de Diabetes Mellitus: uma revisão sistemática – Rev Odontol UNESP. 2013 May-June; 42(3): 211-220 – Departamento de Odontopediatria, Ortodontia e Saúde Coletiva, Faculdade de Odontologia, USP – Universidade de São Paulo, Bauru – SP, Brasil


sexta-feira, 15 de janeiro de 2016

Orientações ao pais sobre cuidados com a saúde bucal dos bebês e das crianças.

1) Quando deve ser a primeira visita ao odontopediatra? 
Ao nascimento, na maternidade o recém-nascido deve receber o exame da sua boca pela equipe hospitalar, e logo que possível pelo odontopediatra no consultório. Ao aparecer o primeiro dente de leite ou até o primeiro aniversário de vida, o bebê deve visitar preventivamente o odontopediatra, sendo que as visitas seguintes serão agendadas de acordo com a necessidade de cada bebê. 

2) Porque a escolha de um odontopediatra e não o dentista da família? 
O odontopediatra é o profissional preparado para cuidar de crianças desde cedo, com conhecimento técnico e abordagem psicológica adequada ao atendimento de bebês, crianças e adolescentes. 

3) Qual a finalidade desta visita ao odontopediatra tão cedo? 
É educar e promover a saúde oral da criança. Com o acompanhamento odontológico desde o primeiro ano de vida, o profissional poderá iniciar o acompanhamento da erupção dos dentes e do crescimento e desenvolvimento das arcadas. Assim, poderá prevenir:  erosão dental: desgaste acentuado do dente;  cárie dental: doença no dente;  doença periodontal: na fase incial (gengivite) com a doença na gengiva, e na fase mais severa (periodontite) com doença nos outros tecidos que suportam os dentes;  oclusopatias: alteração no encaixe dos dentes e/ou arcadas;  traumatismos orais: quedas e batidas na boca. Com as visitas regulares cria-se um vínculo de confiança entre a família, o profissional e a criança, tão importante para o sucesso das ações odontológicas preventivas. 

4) O aleitamento materno é importante para a saúde oral? 
Sim. O leite materno é o alimento completo que contém todas as substâncias necessárias ao desenvolvimento do bebê, porque favorece o crescimento, protege contra a maioria das infecções e fortalece o vínculo afetivo entre mãe e filho. Além disso, amamentar estimula o correto crescimento e desenvolvimento orofacial, contribuindo para a evolução natural da sucção, deglutição, respiração, mastigação e fala. 

5) Devo começar a limpar a boca antes de aparecerem os dentes de leite? 
No bebê com exclusivo aleitamento materno e sem a presença de dentes não é necessário fazer a limpeza, porque o leite materno protege toda a cavidade oral. 

6) Quando deve aparecer o primeiro dente de leite na boca? 
O surgimento dos dentes de leite normalmente inicia entre o sexto e oitavo mês de vida, mas alguns bebês podem adiantar ou atrasar a erupção de forma fisiológica. Alguns bebês podem já nascer com dente, ou mesmo surgir dentes nos primeiros vinte e oito dias de vida. São os chamados dentes natais e neonatais, respectivamente. Nestes casos, o exame e a radiografia odontológica são fundamentais para a avaliação da manutenção ou remoção do dente. Os vinte dentes de leite devem estar presentes na boca até por volta dos 2 anos de idade. 

7) Quando devo começar a higiene oral do bebê? 
A higiene oral deve começar com o aparecimento do primeiro dente de leite. 

8) Como devo fazer a higiene oral? 
A limpeza dos dentes, gengiva e da língua deve ser feita seguindo as orientações do odontopediatra, sempre com os movimentos da escova de maneira delicada e sem pressa. Atenção na hora de escolher a escova infantil. O tamanho da cabeça da escova deve ser proporcional a boca do bebê (ou criança,) e com as cerdas extramacias ou macias. 

9) Qual a pasta de dentes que devo utilizar? 
A presença de flúor na saliva é muito importante para a prevenção da cárie dentária. Por isso, a recomendação do Ministério da Saúde (Guia de Recomendações para o Uso de Fluoretos no Brasil, 2009) é do uso de pequena quantidade de pasta de dentes infantil fluoretada, com concentração de flúor em torno de 1100 PPM. Como medida de segurança, a Associação Brasileira de Odontopediatria (Manual de Referência, 2013), recomenda o uso de pastas de dentes em bebês e crianças, que não sabem cuspir, na quantidade equivalente a um grão de arroz (0,1g); e, nos que sabem cuspir a quantidade equivalente a um grão de ervilha (0,3g). Veja foto abaixo. Escova rosa: bebês e crianças que não sabem cuspir: grão de arroz (0,1g) Escova azul: crianças que sabem cuspir: grão de ervilha (0,3g) Caso a criança faça a escovação apenas como motivação antes ou após a realizada pelos pais, não deve-se usar a pasta de dentes, para que não haja uma dose maior da quantidade de segurança recomendada pela ABO (acima). Pasta de dentes não é comida, mas um produto de higiene pessoal. Logo, os adultos devem se responsabilizar pela quantidade a ser colocada na escova e ensinar a criança a cuspir desde a infância. 

10) Precisa usar o fio dental? 
A maioria dos bebês e crianças possui os dentes de leite bem separados. Porém, quando os dentes forem muito juntos deve-se usar o fio dental para realizar a limpeza adequadamente, já que neste local as cerdas da escova não conseguem alcançar. 

11) Quando devemos fazer a higiene oral dos bebês e crianças? 
A higiene oral com pasta de dentes fluoretada nos bebês e crianças deve ser realizada duas vezes aos: após o café da manhã e na última refeição antes de dormir a noite. 

12)A criança pode escovar seus dentes sozinha? 
Até os seis anos de idade recomenda-se que a higiene oral seja realizada pelo responsável. A partir desta idade, a criança pode (fazer) escovar sozinha, porém sempre com a supervisão de um adulto. Lembre-se que as crianças devem permanecer no banheiro sempre com a presença de um adulto afim de evitar alguns acidentes como quedas e afogamentos, ou ainda a ingestão de produtos em excesso como pasta de dentes e/ou líquidos para bochechos. 



Por Dóris Rocha Ruiz Coordenadora para assuntos de orientação aos pais.
Fonte: http://abodontopediatria.org.br/orientacoes_aos_pais_sobre_cuidados_com_a_saude_bucal_do_bebe_e_da_criancas.pdf



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Dr. Aníbal Ribeiro na TV Tribuna - Tema: Gengivite

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