quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

Uso de Mini-implantes na Ortodontia.

Os mini-implantes ortodônticos, ou micro parafusos ortodônticos, ou apenas MPO, são estruturas, geralmente feitas de titânio, cujo diâmetro pode variar de 1,2 a 2,0 mm e o comprimento de 6 a 10 mm. São um recurso bastante atual e atuam como auxiliar na ancoragem para correção de várias situações corriqueiras na mecânica ortodôntica.
Função
A utilização de mini-implantes em Ortodontia proporciona uma ancoragem esquelética. Agem sobre o local de sua instalação, fazendo com que os dentes adjacentes não sofram qualquer interferência ou prejuízo.
Os mini-implantes utilizados para correções ortodônticas funcionam de maneira muito semelhante aos de finalidade protética, apresentando porém tamanho bastante reduzido e maior facilidade colocação e remoção. São resistentes a forças ortodônticas e devem receber cargas imediatas no ato da sua instalação (cerca de 30% da força normal a ser aplicada normalmente) afim de auxiliar na sua fixação. O mini-implante ortodôntico é um auxiliar no tratamento ortodôntico. O nome assusta, pois é logo comparado ao implante tradicional, colocado cirurgicamente para substituição de um dente ausente. Mas só tem em comum a composição, titânio, mas não na mesma proporção. O mini-implante ortodontico tem compostos que não permitem a osseointegração, sendo removido facilmente do osso quando necessário.
Para fixar um mini-implante, escolhemos o local e anestesiamos o pontinho da mucosa que será perfurada. É uma anestesia superficial, somente "uma gotinha", para interromper a sensibilidade neste ponto da mucosa e no periósteo (parte mais externa do osso) abaixo dela. Não é preciso uma cirurgia, cortar gengiva ou osso, nada disso. Não ultrapassa 10 mm para dentro do osso, e não existe dor na perfuração após o periósteo, por isso a anestesia não é profunda. E a espessura máxima existente é de 2 mm. É rosqueado manualmente e pode ser feito pelo próprio ortodontista. Para removê-lo é só desrosquear, e isso é feito sem anestesia e sem dor.
A "cabeça" do mini-implante ortodôntico fica aparecendo na mucosa e é onde engatamos elásticos ou fios ortodônticos. Em muitos tratamentos ortodônticos precisamos aplicar grandes forças nos dentes, e apoiar essas forças em outros dentes pode ser arriscado, e às vezes contra-indicado. Até então, a solução era o uso de aparelho extra-oral, o famoso "freio de burro". Com ele, o apoio é feito na nuca ou na cabeça, impedindo que dentes bem posicionados sofram a reação da força aplicada nos dentes mal-posicionados. Este é o princípio dos mini-implantes: aguentar a reação da força. Chamamos esse tipo de mecânica de "ancoragem ortodôntica". O mini-implante substitui o aparelho extra-oral na maioria dos casos, mas não em casos ortopédicos, quando a atuação da força é no osso e não nos dentes. Explicando melhor: se é criança e está em fase de crescimento, usando extra-oral para "controlar" o crescimento da maxila, só ele resolve.
Os mini-implantes também são auxiliares excelentes para distalizações e retrações (levar os dentes anteriores para trás), quando o tratamento ortodôntico envolve extrações dentárias e não podemos perder nem meio milímetro do espaço que foi conseguido. Nestes casos, sem o uso contínuo do extra-oral ou, atualmente, dos mini implantes ortodônticos, não conseguiríamos evitar a perda de ancoragem (movimento indesejável dos dentes posteriores para frente, ocupando o lugar das extrações). Quando ocorre esta perda de ancoragem torna-se impossível corrigir por completo a projeção dentária anterior ("dentuça").

Vantagens
Uma das principais vantagens dos mini-implantes é que, devido a seu tamanho reduzido, podem ser colocados nos mais diversos locais da maxila, mandíbula ou palato, em espaços extremamente reduzidos, permitindo assim movimentos antes impossíveis, como por exemplo, retrações em áreas onde o paciente não tem mais dentes que permitam ancoragem natural.
Instalação
Normalmente eles são instalados entre as raízes, já que são as regiões que apresentam maior espaço para a implantação. Autores dizem que o espaço deverá corresponder a, no mínimo, o diâmetro do implante mais 1,5 mm – 0,25 mm para cada raiz e 1 mm de margem de segurança. Caso a área escolhida não apresente o espaço mínimo exigido, é necessário optar por um outro local, mudar a angulação do implante, ou, ainda, aumentar esse espaço através do afastamento das raízes.
Locais de instalação
O local escolhido dependerá do objetivo da mecânica a ser executada. Se o objetivo é retrair, por exemplo, deve ser instalado mais distalmente na maxila ou mandíbula, se o objetivo for intrusão de molares superiores, o mais alto possível, sempre lembrando que eles devem obrigatoriamente ser instalados em áreas de gengiva inserida, e nunca em gengiva marginal livre, pois sua fixação ficará comprometida. Uma avaliação clínica seguida de radiografias periapicais e panorâmicas, somadas ao quadro clínico do paciente, mostrará qual o melhor local para a implantação dos MPOs. Após definido o local da instalação é que determinamos o tamanho e o diâmetro do mini-implante a ser instalado.
Higienização
Deve ser feita com a escovação normal. Isso evitará a mucosite, inflamação local que leva ao insucesso do mini-implante.
Remoção
Terminado o tratamento os micro parafusos podem ser removidos utilizando a mesma chave de instalação, sendo apenas girada no sentido oposto. Não há na maioria dos casos necessidade de uso de anestésico, a não ser o tópico.
Dúvidas:
anibalribeiro@ortodontista.com.br


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