domingo, 17 de fevereiro de 2013

Diferença entre Ortopedia Funcional dos Maxilares e Ortodontia


     
     Ortodontia é a ciência e arte de alinhar e nivelar dentes, Ortopedia Funcional dos Maxilares (OFM) opera nas bases ósseas, sensibilidade e motricidade oral. Deste modo se completam, mas são distintas nos objetivos.


Crescimento e desenvolvimento do Sistema Mastigatório
     Os ossos e músculos da boca precisam disparar estímulos vigorosos para que cresçam ecoante aos genes adaptados a tais forças. A dieta atual de consistência macia não promove esta estimulação exigida pela natureza.  Por isso o profissional de odontologia especializado em Ortopedia Funcional dos Maxilares (OFM) deve acompanhar o desenvolvimento da criança e corrigir desvios de desenvolvimento nos adultos promovendo um melhor caminho da natureza.
      Ao nascimento o crânio apresenta cerca de 70% do tamanho adulto enquanto a face, logicamente incluindo a boca, cerca de 30%. Significa que esta porção do esqueleto precisa de muito mais estímulo pós-natal para adquirirem a proporção adulta. Esses estímulos consistem na quantidade e qualidade das funções exercidas como: respiração, deglutição, sucção e mais tarde mastigação e fonação. O conjunto destas funções consistem na matriz de crescimento do todo.
     Deste modo a saúde da boca começa com a amamentação no seio materno que promove maturação dessas funções essenciais, incluindo o amamentar alternado nos seios que preparara a futura função mastigatória bilateral alternada.  
     Junto com o desenvolvimento sensorial e motor ocorre a escultura da Articulação Têmporo Mandibular (ATM), isto é a junção da mandíbula com o crânio
Amamentação
      A amamentação materna é a principal fonte de estímulos de crescimento e desenvolvimento inicial do crânio e de seu equilíbrio sobre a coluna vertebral, relacionando a postura com desenvolvimento dos arcos ósseos que abrigarão posteriormente os dentes. A criança nasce naturalmente com a mandíbula, o queixo, para trás em relação à maxila que é a um só tempo o teto da boca e soalho nasal, onde ocorre respiração no pavimento superior, devendo se desenvolver antes que a mastigação. Quando a criança é amamentada no peito corrobora para o controle da cabeça sobre o pescoço, o crescimento da mandíbula (queixo) para alcançar a proporcionalidade com a maxila, a sincronizar a respiração com a deglutição, fortalecer a musculatura da base da língua que junto com a do pescoço elevará o tórax. Sobre o aspecto nutricional o leite materno é o mais completo alimento que a criança pode receber e nenhum outro se compara a ele, incluindo a aquisição de anticorpos maternos que a protegem de muitas infecções.
Chupeta e Mamadeira
     A chupeta pode deformar os ossos principalmente da maxila levando a mordida aberta, afora poder retardar a maturação das válvulas que regulam a passagem do ar e do alimento no compartimento comum do aparelho mastigatório e respiratório na porção posterior da boca. Posteriormente pode se tornar facilitante do adquirir hábitos bucais deletérios. A mamadeira não substitui em absoluto a função do seio materno que por ação e reação ajuda a esculpir o ângulo do corpo com o ramo da mandíbula, fator essencial para um bom desenvolvimento da ATM e musculatura associada. 

Respiração


     A respiração é desde o princípio vinculada ao desenvolvimento da boca. Na formação uterina boca e nariz formam um só compartimento, só depois surgem as prateleiras que as separam. Eventualmente o fechamento incompleto de tais lâminas ósseas resultam nas fendas palatinas que devem ser tratadas interdisciplinarmente por médico, fonoaudiólogo, cirurgião- dentista com eventual suporte psicológico aos pais. O Ortopedista Funcionalista dos Maxilares participa da terapêutica com placas de recobrimento palatino. Como a boca e o nariz seguem comungando o compartimento posterior, oro e nasofaríngeo, existe ali duas válvulas que regulam a passagem de ar para os pulmões e são elas que permitem a passagem para o sistema digestivo sem refluxo para a via aérea. Isto depende muito da postura da língua que é objeto de análise e terapêutica da OFM. Apnéia, ronco e outros distúrbios funcionais, desde diagnóstico médico, também faz parte do trabalho da Ortopedia Funcional dos Maxilares (OFM).
Mastigação
     Consiste na redução mecânica (ação dentária) e química (ação salivar) dos alimentos cumprindo a função geral do tubo digestório e progressiva separação do alimento até que possa ser assimilado principalmente no duodeno. O tubo é segmentado como uma linha de montagem ou, mas propriamente, de desmontagem onde o trecho anterior facilita o trabalho do consecutivo. Deste modo mastigar facilita a ação estomacal que a sua vez promove condições físico químicas para o bom funcionamento do próximo compartimento, os intestinos.
     A mastigação desencadeia forças intermitentes na base do crânio unilateralmente, ora a direita ora a esquerda. Circuitos de forças unilaterais tendem a levar a uma assimetria cranial e facial que implica na coluna vertebral apoiada na base do crânio que se deforma plasticamente com as forças oclusais. Deste modo a mastigação abrange muito mais que simples ato mecânico redutório dos alimentos, reveberando na postura e movimentos globais. A análise destas relações também é trabalho do Ortopedista Funcionalista dos Maxilares que pode ajustar a oclusão (encaixe dos dentes) através de desgaste seletivos, removendo exclusivamente material que a natureza removeria, contando ainda com aparelhos que visam reestabelecer funções muito mais que alinhar e nivelar os dentes (meta ortodôntica).

Ortopedia Funcional dos Maxilares: Uma alternativa para correção dentária 


     A Ortopedia Funcional dos Maxilares é uma forma de tratamento que visa corrigir na criança em desenvolvimento as divergências de crescimento ósseo entre a maxila e a mandíbula, redirecionando, estimulando e, até mesmo, restringindo o crescimento por meio de aparelhos bucais. As técnicas aplicadas não são agressivas e permitem criar uma aparência equilibrada, satisfatória e harmônica da face, evitando problemas de autoestima e rejeição, assim como alterações futuras de mau posicionamento dos dentes, desequilíbrio da oclusão, estresse do sistema neuro-muscular e até disfunções da articulação temporomandibular.
     Se a sua face está desarmônica, e você insatisfeita com seu visual, isso pode ter ocorrido devido a um crescimento dos ossos de maneira errônea, seja por falta de crescimento, seja por excesso do mesmo. São as chamadas Classe II e Classe III. A pessoa que apresenta Classe II é aquela que tem um desequilíbrio entre a maxila e a mandíbula, dando a impressão que ela não possui queixo. A Classe III é exatamente o contrário, ocorre no indivíduo que apresenta uma mandíbula grande, dando a impressão de queixudo. Qualquer que seja a alteração de seus dentes e ossos da face, estes podem ser reposicionados para criar uma melhor aparência, equilibrada, satisfatória e harmônica.

O que é a Ortopedia Funcional dos Maxilares?

     A Ortopedia Funcional dos Maxilares é a especialidade da Odontologia que tem como objetivo tratar a má oclusão através de recursos terapêuticos que utilizem estímulos funcionais visando o equilíbrio morfofuncional do sistema estomatognático e por conseqüência das funções vitais para o indivíduo, tais como, mastigação, deglutição, sucção, respiração, fonação. A OFM é uma forma de tratamento que visa corrigir as divergências de desenvolvimento entre a maxila e a mandíbula, redirecionando, restringindo e, até mesmo, estimulando o crescimento por meio de aparelhos bucais.

Como é feita a correção desse problema?

     Colocam-se aparelhos intrabucais para alterar a postura da mandíbula, estimulando-a a crescer e/ou posicionar-se de maneira correta nos casos de Classe II ou restringindo e/ou redirecionando o crescimento nos casos de Classe III. Os aparelhos ortopédicos são bimaxilares e atuam soltos na boca, diferentemente dos aparelhos ortodônticos móveis que são presos aos dentes através de grampos de retenção. O aparelho ortopédico funcional induz o paciente a realizar um novo trabalho muscular, através de mecanoreceptores bucais que enviam uma mensagem ao cérebro, “informando” uma nova situação. Toda vez que a criança fecha a boca com o aparelho ortopédico, ocorre uma alteração da postura da mandíbula nos sentidos vertical e/ou horizontal e por meio desses dispositivos, a cabeça da mandíbula sai da cavidade e quando ela abre a boca, a mandíbula retrai. Esse avanço e retração constante da mandíbula são cópias do movimento da amamentação. O organismo entende isso como um estímulo e promove um incremento na região do côndilo mandibular, tendo como resultado um aumento quantitativo do crescimento mandibular além do que ela cresceria sozinha sem os estímulos corretos. Fazemos esse avanço gradual até obtermos o equilíbrio das bases ósseas e a reabilitação neuro-oclusal. Para prevenir problemas futuros, aconselho a todos os pais que consultem um especialista em Ortopedia Funcional dos Maxilares. Ele vai examinar e verificar se está tudo bem com o desenvolvimento craniomandibular, dentofacial e com a funcionalidade do sistema estomatognático das crianças.

O tratamento só funciona em crianças?

     Esses dispositivos ou aparelhos ortopédicos funcionais foram desenvolvidos para atuar precocemente, ou seja, assim que o problema seja detectado e o paciente esteja apto a colaborar. Em odontologia, assim como em qualquer ciência médica não se admite mais o “esperar”. Quanto mais cedo pudermos intervir, maiores os benefícios lá adiante. A OFM tem a vantagem de apresentar uma grande variedade de técnicas e aparelhos para corrigir má oclusão e desvios funcionais de crescimento desde a mais tenra idade. Além dos benefícios de tratar precocemente, também a OFM atua em adolescentes e adultos com resultados surpreendentes.

A Ortopedia Funcional dos Maxilares pode ser utilizada em adulto?

     Os cuidados, indicações e limitações impostas em tratamentos de adultos são os mesmos usados em correções ortodônticas, ortopédicas funcionais e combinadas. As evidências científicas vêem demonstrando a eficácia da OFM em tratamentos corretivos de adultos com alterações funcionais importantes. Além disso, a OFM é utilizada em contenções de tratamentos ortodônticos onde os desvios funcionais não foram totalmente sanados, em contenções pós cirurgia ortognática pelo mesmo motivo descrito anteriormente, nos tratamentos de DTM e DOF, Disfunções Temporomandibulares e Dor Orofacial, com causa local, em tratamentos de ronco e apnéia noturna.

     A Ortopedia Funcional dos Maxilares é uma forma de tratamento que visa corrigir as divergências de desenvolvimento entre a maxila e a mandíbula, redirecionando, restringindo e, até mesmo, estimulando o crescimento por meio de aparelhos bucais. Oclusão equilibrada, harmonia facial, funções preservadas e estabilidade nos resultados alcançados, são as premissas de uma terapêutica ortopédica funcional bem executada.

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