quinta-feira, 31 de março de 2011

Conhecendo o Diabetes

 

Diabetes Tipo 1


Introdução 
O diabetes Tipo 1 (DM1) é uma doença auto-imune caracterizada pela destruição das células beta produtoras de insulina. Isso acontece por engano porque o organismo as identifica como corpos estranhos. A sua ação é uma resposta auto-imune. Este tipo de reação também ocorre em outras doenças, como esclerose múltipla, Lupus e doenças da tireóide.
A DM1 surge quando o organismo deixa de produzir insulina (ou produz apenas uma quantidade muito pequena.) Quando isso acontece, é preciso tomar insulina para viver e se manter saudável. As pessoas precisam de injeções diárias de insulina para regularizar o metabolismo do açúcar. Pois, sem insulina, a glicose não consegue chegar até às células, que precisam dela para queimar e transformá-la em energia. As altas taxas de glicose acumulada no sangue, com o passar do tempo, podem afetar os olhos, rins, nervos ou coração.
A maioria das pessoas com DM1 desenvolve grandes quantidades de auto-anticorpos, que circulam na corrente sanguínea algum tempo antes da doença ser diagnosticada. Os anticorpos são proteínas geradas no organismo para destruir germes ou vírus. Auto-anticorpos são anticorpos com “mau comportamento”, ou seja, eles atacam os próprios tecidos do corpo de uma pessoa. Nos casos de DM1, os auto-anticorpos podem atacar as células que a produzem.
Não se sabe ao certo por que as pessoas desenvolvem o DM1. Sabe-se que há casos em que algumas pessoas nascem com genes que as predispõem à doença. Mas outras têm os mesmos genes e não têm diabetes. Pode ser algo próprio do organismo, ou uma causa externa, como por exemplo, uma perda emocional. Ou também alguma agressão por determinados tipos de vírus como o cocsaquie. Outro dado é que, no geral, é mais freqüente em pessoas com menos de 35 anos, mas vale lembrar que ela pode surgir em qualquer idade.

Sintomas
Pessoas com níveis altos ou mal controlados de glicose no sangue podem apresentar:
• Vontade de urinar diversas vezes;
• Fome freqüente;
• Sede constante;
• Perda de peso;
• Fraqueza;
• Fadiga;
• Nervosismo;
• Mudanças de humor;
• Náusea;
• Vômito 

Diabetes Tipo 2


Sabe-se que o diabetes do tipo 2 possui um fator hereditário maior do que no tipo 1. Além disso, há uma grande relação com a obesidade e o sedentarismo. Estima-se que 60% a 90% dos portadores da doença sejam obesos. A incidência é maior após os 40 anos.
Uma de suas peculiaridades é a contínua produção de insulina pelo pâncreas. O problema está na incapacidade de absorção das células musculares e adiposas. Por muitas razões, suas células não conseguem metabolizar a glicose suficiente da corrente sangüínea. Esta é uma anomalia chamada de "resistência Insulínica".
O diabetes tipo 2 é cerca de 8 a 10 vezes mais comum que o tipo 1 e pode responder ao tratamento com dieta e exercício físico. Outras vezes vai necessitar de medicamentos orais e, por fim, a combinação destes com a insulina.
Principais Sintomas:
  • Infecções freqüentes;
  • Alteração visual (visão embaçada);
  • Dificuldade na cicatrização de feridas;
  • Formigamento nos pés;
  • Furunculose.
  
DUVIDAS
1) Soube de um glicosímetro que não era necessário furar o dedo. Gostaria de saber se realmente existe e qual empresa fabrica. Foi diagnosticada diabetes tipo 1 na minha sobrinha de 2 aninhos e gostaria de adquirir o produto caso exista.
Dr. Aníbal Ribeiro: O Glucowatch não é comercializado no Brasil, por se tratar de um país de clima quente. Segundo o fabricante, o suor atrapalha a leitura do sensor.

2) Minha mãe tem diabetes e parece-me que ela está descompensada. Gostaria de saber quais são os sinais e sintomas dessa disfunção, pois volta e meia acontece essa situação.
Dr. Aníbal Ribeiro: Você pode ler mais sobre os sintomas de hiperglicemia neste site.

3) Tive a informação de que quem tem diabetes perderá, com o passar do tempo, todos os seus dentes e deverá usar prótese. Isso realmente é verdade? Não há solução pra mudar isso?
Dr. Aníbal Ribeiro: Não é verdade. O bom controle glicêmico pode evitar alterações dentárias, bem como outras complicações crônicas do diabetes. Mantenha um bom controle e faça exercícios regulares e uma dieta saudável. Converse com seu médico.

4) Minha filha faz tratamento para ovários policísticos e o médico me passou que quem apresenta este problema tem uma propensão a desenvolver o diabetes. Gostaria de saber se esta informação procede.
Dr. Aníbal Ribeiro: Sim. Aumenta o risco para diabetes tipo 2 devido à resistência insulínica. Uma alimentação saudável e atividade física regular minimizam esse risco.

5) Minha mãe, diabética, está internada para tratamento de uma ferida infectada no pé. Estou muito preocupado e gostaria de saber qual é a conduta médica mais adequada para o caso e também o que devemos perguntar ao médico para podermos colaborar da melhor forma para o restabelecimento de minha mãe.
Dr. Aníbal Ribeiro: É fundamental saber: a extensão da infecção - afastar osteomielite: ressonância magnética é o melhor método de imagem se raios-x seriados (intervalos de 15 dias) forem negativos; estado da circulação - avaliação por um cirurgião vascular periférico; e controle metabólico - monitorização da glicemia. Procure acessar o site da IDF pois há o Consenso Internacional 2007.

6) Eu gostaria de saber qual o valor máximo em % possa dar entre os testes feitos em laboratório e um medidor de glicose e entre dois medidores de marcas diferentes.
Dr. Aníbal Ribeiro: Existe uma variabilidade aceitável de 5-10% nas comparações com sangue venoso (laboratório).

7) Diabetes e bebida alcoólica combinam?
Dr. Aníbal Ribeiro: Diabetes e álcool não combinam porque a ingestão excessiva dessa bebida aumenta os triglicerídeos (gordura) no sangue e pode provocar hipoglicemias (baixa de açúcar) severas senão for ingerida conjuntamente com comida. Dessa forma, a bebida alcoólica é prejudicial em todos os sentidos para a pessoa com diabetes, além de a longo prazo, favorecer ao alcoolismo. A orientação da Associação Americana de Diabetes para a ingestão do álcool para a pessoa com diabetes é limitar a uma taça de vinho por dia para mulheres e duas para homens.

8) Minha sogra tem 62 anos e tem diabetes só que ela não se trata, toma o remédio da diabetes com pão, vive de batatas e afins, não faz nenhuma atividade física. Acredito até que ela já tenha desenvolvido a neuropatia diabética, pois ela reclama de dor forte nas pernas e não consegue mais subir escadas. O que posso fazer para conscientizá-la do problema? Pois só falar que faz mal não adianta, ela continua comendo e não faz nada. Eu estou tentando montar uma cartilha com as complicações e gostaria de incluir umas fotos, mas está difícil de arrumar um bom material na internet. O que vocês me sugerem?
Dr. Aníbal Ribeiro: Você procurar uma associação de pessoas com diabetes e inscrever sua sogra, para que ela participe de programas educativos, terapias e ter contato com outras pessoas que têm diabetes.

9) Existe remédio para a cura da impotência sexual causada pelo diabetes tipo II?
Dr. Aníbal Ribeiro: A disfunção erétil do diabético deve ser tratada com bom controle da glicose, da pressão arterial e do colesterol e, se necessário e possível, com drogas como viagra, cialis, etc.

10) Minha mãe possui diabetes e ela regula diariamente sua alimentação. Eu gostaria de saber se a diabetes causa enjôos sem o individuo ter ingerido nenhum tipo de alimento. Ela toma os remédios indicados pelo médico diariamente, mas esses enjôos vêm preocupando. Então, eu queria saber se é a diabetes, caso não teríamos que procurar um médico especialista em estômago.
Dr. Aníbal Ribeiro: O diabetes por si só não provoca enjôos, exceto nos casos em que a glicemia estiver muito elevada ou mantida alta durante muitos dias. É necessário fazer uma avaliação dos medicamentos que estão sendo tomados e procurar um gastroenterologista.



Fontes: Norwood, Janet W. & Inlander, Charles B. Entendendo a Diabetes – Para educação do Paciente. Julio Louzada Publicações. São Paulo, 2000.
Diabetes de A a Z: o que você precisa saber sobre diabetes explicado de maneira simples. American Diabetes Association. JSN editora. São Paulo, 1998

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