Para ajudá-lo a tomar decisões corretas sobre sua saúde, saiba um pouco mais sobre esta disfunção.
A Disfunção da ATM é o funcionamento
anormal da articulação temporo-mandibular, ligamentos, músculos da mastigação,
ossos maxilar-mandíbula, dentes e estruturas de suporte dentário.
Quando existe a disfunção, o paciente
apresenta sintomas, como dor de cabeça, dor de ouvido e/ou zumbidos, dor ou
cansaço dos músculos da mastigação, ruídos articulares (estalos ou crepitação)
e dificuldade para abrir a boca.
A disfunção da ATM está relacionada a
hábitos comuns, como o apertamento dentário e o bruxismo (frender ou ranger),
morder objetos estranhos, roer unhas, mastigar chicletes, postura da cabeça
(para a frente), o de prender o telefone com o queixo ou ainda apresentar
fatores relacionados com o estresse, depressão e ansiedade ou eventos
traumáticos.
Estes pacientes apresentam um quadro
clínico muitas vezes obscuro, devido a complexidade anatomo-funcional da cabeça
e o comprometimento emocional, envolvendo, no estudo desta doença, o médico
clínico, ORL, neurologista, cirurgião buco-maxilo-facial, dentista clínico,
médico fisiatra, fonoaudiólogo, psiquiatra e também o psicólogo, pelo constante
estresse e tensão emocional, já que a dor muscular causa tensão e depressão,
criando-se assim um ciclo vicioso de dor-depressão, característico nos
pacientes com dores crônicas.
Na maioria dos casos, por sentir dor
de ouvido ou dor de cabeça (talvez, a mais freqüente de todas as queixas de dor
local intermitente e, por serem manifestações heterotópicas é uma dor primária
bastante rara), submetem-se a avaliação médica e exames de
eletroencefalografia, tomografia computadorizada ou ressonância magnética, no
entanto, sem chegar a um diagnóstico preciso por tratar-se de pacientes com
disfunção da ATM.
Esta disfunção é encontrada, com
maior freqüência nas mulheres, sendo aproximadamente de 9 mulheres para 1
homem. Tenta-se explicar esta alta incidência, devido ao fato da mulher estar
exposta ao estresse emocional, às mudanças hormonais durante o ciclo menstrual
o a gravidez e às alterações anatômicas, que produziriam uma má relação do
côndilo com o disco articular; e também, comparadas aos homens, procuram com
maior freqüência ajuda médica. Em relação a idade, pode ocorrer em qualquer
faixa etária, mas é mais comum dos 30 aos 40 anos.
A oclusão dentária representa papel
importante como fator predisponente que altera o sistema mastigatório,
incrementando os riscos para desenvolver disfunção de ATM. Os hábitos
parafuncionais e má-oclusão dentária induziriam micro-traumas na ATM,
desenvolvendo-se assim lesões degenerativas no côndilo e no disco articular.
Cabe ao Cirurgião Dentista especializado
a grande responsabilidade para o correto controle das dores oro-faciais. Sua
experiência e a busca constante de melhorias nos serviços técnicos prestados,
orientados pela ética e responsabilidade profissional, fará com que diferencie
as dores que vêm das regiões orais e, portanto, elimine-as com procedimentos
odontológicos. Aquelas que provêm de outras regiões necessitam de tratamento
médico.
O que é " DTM"?
De acordo com o Instituto Nacional de Saúde dos EUA, mais de dez milhões de americanos sofrem de Disfunções/Desordens da ATM. Esta é a estimativa mais conservadora que encontramos.
As Desordens Temporo-Mandibulares se
referem a um conjunto de condições médicas e odontológicas, que afetam a
articulação temporo-mandibular (localizadas na frente dos ouvidos e que
conectam a mandíbula ao crânio) e/ou os músculos da mastigação, como também
estruturas da face, relacionadas ao complexo maxilo-mandibular.
Podem manifestar-se através de um
simples estalo articular e desconforto moderado na frente dos ouvidos a um
completo bloqueio da mandíbula e dor severa.
O disco é um tecido similar ao
menisco do joelho, posicionado junto à cabeça da mandíbula (côndilo mandibular)
e age como um amortecedor, entre o crânio e o côndilo. Quando intactas, são as
únicas articulações no corpo humano que trabalham juntas (bilateralmente) como
uma unidade. Estas articulações nos permitem executar funções como abrir e
fechar a boca, mastigar, deglutir, respirar, falar e etc...
Os problemas que podem acontecer com
a articulação temporo-mandibular são artrites, traumas, tumores, deslocamentos
do disco, perfurações, travamento mandibular e queixo caído. Outro componente
freqüente destas Disfunções/Desordens articulares são os músculos da
mastigação, diagnosticado como Disfunção Dolorosa Miofacial. Você pode já ter
sentido problemas articulares, musculares ou ambos.
Se você tem DTM, pode ter gasto anos
de sua vida sendo encaminhado de um médico a outro em busca de alívio. Esses
profissionais podem ter mencionado loucura, necessidade de melhorar sua
ansiedade ou que você não tem dor. E, depois que você gastou milhares de reais
em tratamentos, o abandonou alegando não existir mais nada a ser feito por
você.
Se isto lhe soa familiar, você não
está só e nem louco, e principalmente não deve culpar-se por não ter melhorado.
É possível que tenha recebido um ou muitos do mais de 52 tratamentos
recomendados aos pacientes com disfunção de ATM neste país, pois a maioria é
recomendada com base na preferência do profissional ou experiência pessoal.
Por isto, é importante que o
Cirurgião atualize constantemente seus recursos humanos e materiais na busca da
excelência de seus serviços de saúde, desenvolvendo-os com eficiência e
principalmente transmitindo e oferecendo segurança aos seus clientes.
Sua experiência pessoal pode mostrar
que há muita discordância entre os profissionais sobre a maioria dos aspectos
das Disfunções/Desordens da ATM.
Como Chamamos esta Doença?
Atualmente, os pesquisadores e a
comunidade científica denominam este problema de Disfunção de ATM ou Desordens
Temporo-mandibulares (DTM ), dependendo de quem a está discutindo, podendo ser
chamada por um grande número de nomes (Desordens Temporo-Mandibulares, DTM,
DISFUNÇÃO DE ATM, SÍNDROME DA DOR MIOFASCIAL, SINDROME DE COSTEN). De fato, a
confusão que gira em torno destes nomes simplesmente reflete a dificuldade de
tratamento nestas articulações, fator que contribui para a padronização do
atendimento.
Sintomas
Os sintomas comumente citados são os seguintes:
- dor facial
- dor mandibular
- dor no pescoço, ombro e/ou costas
- dor nas articulações ou face, ao abrir ou fechar a boca
(bocejar ou mastigar) - enxaquecas (tipo tensão)
- inchaço ao lado da boca e/ou da face
- mordida que sente incômoda, "fora de lugar" ou como se estivesse mudando continuamente
- abertura limitada ou inabilidade para abrir a boca confortavelmente
- desvio da mandíbula para um lado
- travamento ao abrir ou fechar a boca
- ruídos articulares e dor de ouvido
- surdez momentânea
- vertigem ou zumbido
- ouvido tampado
- perturbações visuais
ALGUMAS
DISFUNÇÕES DA ARTICULAÇÃO TEMPOROMANDIBULAR
A ATM é a articulação formada entre o
osso temporal (parte da cabeça) e a mandíbula (maxilar inferior). Ela está
localizada logo à frente do ouvido e é a articulação que permite os atos de
abrir e fechar a boca. A porção mandibular que participa da articulação
possui formato arredondado e é chamada de côndito mandibular; a depressão ou
cavidade do osso temporal onde este côndilo se articula é chamada de fossa
articular. Entre estas estruturas (côndilo e fossa) existe um disco articular
formado por tecido cartilaginoso que é responsável pel a absorção de
impactos e também funciona como uma plataforma estável para os movimentos do
côndilo mandibular durante a abertura e fechamento bucais. Na sua região
posterior o disco é unido a uma estrutura de vasos sanguíneos e inervação
chamada de zona bilaminar ou retrodiscal.
Também fazem parte da ATM vários
ligamentos que participam da estabilização da articulação e da mandíbula.
O termo disfunção de ATM é utilizado de
uma maneira genérica para definir alterações patológicas articulares e
musculares da face e pescoço. No entanto, podemos dividi-la em dois grupos
básicos de disfunções.
- Síndrome de Dor e Disfunção Miofacial (relacionada à musculatura)
- Patologias Internas da ATM (disfunção da ATM propriamente dita)
1 - SÍNDROME DE DOR E DISFUNÇÃO
MIOFACIAL
As desordens de disfunção e dor
miofacial são as causas mais comuns de dores na cabeça e pescoço.
Geralmente o paciente relata dores de
cabeça freqüentes e em algumas situações estas dores podem estar irradiadas
para o pescoço e para as costas. Outros sintomas eventualmente encontrados são
dor de ouvido, sensação de queimação na língua ou diminuição da audição.
A musculatura envolvida apresenta-se
dolorida à palpação e às vezes até mesmo durante os movimentos mandibulares.
Estas desordens musculares são um grupo
de alterações caracterizadas por dor de origem patológica ou de mudanças
funcionais em um grupo de músculos, que no caso da região de cabeça e pescoço a
causa pode ser por miosite, espasmos musculares, trofismo de origem
psicogênica, fibromialgias, doenças do colágeno, uma alteração conhecida como
síndrome de Sjogren e outras.
De uma maneira geral, a síndrome de dor
e disfunção miofacial pode ser considerada como uma fibromialgia localizada.
O surgimento das dores musculares
geralmente está relacionado com fatores que levam a uma sobrecarga da
musculatura causando fadiga e espasmo e por conseguinte dor. Os fatores
desencadeantes podem ser psicossociais (emocionais), hábitos parafuncionais,
alterações de posicionamento dentário, falta de elementos dentário, restauração
com excessos etc...
2- PATOLOGIAS INTERNAS DA ATM
Estas são as verdadeiras patologias da
ATM e são a segunda causa mais comum de dores na região de cabeça e pescoço.
Dentro destas alterações estão as desordens internas, as doenças degenerativas
inflamatórias do espaço articular.
A patologia mais comum da ATM é a
desordem interna, que é caracterizada pelo deslocamento progressivo e anterior
do disco articular. Pode haver inflamação e dor devido ao estiramento e/ou
compressão da região retrodiscal (zona bilaminar). As desordens internas estão
geralmente a associadas a "saltos", crepitações e estalos na ATM,
podendo estar presente ou não a dor. Com relação à posição do disco articular,
podemos encontrar duas situações de alteração: 1. deslocamento anterior com
redução e 2. deslocamento anterior sem redução.
No deslocamento anterior com redução o
disco articular fica preso na frente do côndilo até um certo ponto da abertura
bucal, sendo a partir daí liberado; é neste ponto que acontece o estalo da
articulação.
No deslocamento anterior sem redução o
disco está localizado à frente do côndilo e fica preso nesta posição. Existe
desvio da mandíbula durante a abertura bucal para o mesmo lado da articulação
que apresenta o problema.
Como qualquer outra articulação, a ATM
também está sujeita a processos inflamatórios. A artrite é o processo
inflamatório mais freqüente da ATM, sendo que a atrite reumatóide e a
degenerativa são as mais comuns.
Além das desordens internas e processos
inflamatórios podemos encontrar alterações de formação e degeneração da ATM
como alterações ósseas, perfurações do disco articular, anciloses etc.
A Síndrome da ATM é um conjunto de
sintomas conhecidos que se relacionam a problemas funcionais e algumas vezes
estruturais da ATM.
Essa articulação nos permite abrir e
fechar a boca livremente e também exercer a mastigação. Se você colocar o dedo
indicador nos ouvidos e depois abrir e fechar a mandícula algumas vezes, você
poderá sentir essa articulação se movendo junto ao seu ouvido. A ATM é muito
importante porque, funcionalmente, representa um papel importante na mordida,
respiração e fala. Quando a ATM se torna um problema , surge o desconforto e
sintomas tais como: enxaquecas, dores no pescoço, mandíbula, costas, lombar,
bem como distúrbios visuais, digestivos, mudanças de personalidade, ansiedade,
depressão e irritabilidade. A ATM pode também apresentar estalidos e ruídos, ou
até mesmo, em casos mais graves, ficar paralisada quando da abertura e
fechamento da boca.
Dentistas vêm atualmente enfrentando
cada vez mais problemas com a ATM. Normalmente, a odontologia obtém um
resultado razoavelmente bom, mas não excelente. A maior parte dos tratamentos
odontológicos que tomei conhecimento, envolve o reposicionamento da mandíbula
e/ou dos dentes. Isso é uma tentativa no sentido de remodelar o posicionamento
das estruturas envolvidas no morder e no mastigar. Outros dentistas usam técnicas
para relaxar a musculatura envolvida no abrir e fechar da boca. Entre essas
técnicas podemos citar a Terapia Craniosacral, que vem sendo reconhecida por
uma parte da comunidade odondológica como um dos tratamentos válidos em caso de
síndrome da ATM.
A terapia Craniosacral causa
controvérsias, mas produz bons resultados que são difíceis de serem
questionados, mesmo por aqueles que discordam de sua teoria. Usando CS, nós
gentilmente ajudamos os ossos do crânio a se reposicionarem por eles mesmos.
Dessa forma, as capacidades curativas de autocorreção do paciente são
respeitadas. Nós vemos os problemas funcionais da ATM, mais como parte de um
complexo de sintomas do que como uma causa em si.
Parte do desafio do CS é encontrar as
causas subjacentes aos sintomas. A ATM está assentada entre os ossos temporais
e, caso esses ossos estejam levemente fora de posição, a ATM não irá funcionar
bem. A mordida sai, então, de seu alinhamento normal - sintoma conhecido como
má oclusão - e aparentemente torna-se a causa do problema.
Entretanto, se o posicionamento dos
ossos temporais forem primeiramente equilibrados, a mordida freqüentemente se
autocorrige evitando assim, os danos de uma intervenção intrusiva.
2.1 - ESTALIDOS NAS ATMS
Entre as faces articulares dos osso que compõem
as ATMs (osso temporal e côndilo da mandíbula), existe uma estrutura
fibrocartilaginosa chamada disco articular, cujas principais funções são
amortecer e amoldar as superfícies ósseas incongruentes da articulação,
evitando traumas e desgastes prematuros. Quando o disco articular se desloca de
sua posição fisiológica, acontece o estalido (clique), notado nos movimentos
mandibulares, tais como, cantar, bocejar etc.
2.2 - DTM PODE CAUSAR DOR DE CABEÇA
As dores de cabeça provenientes das
disfunções de ATM, em geral, não são propriamente de cabeça: são dores nos
músculos que envolvem a cabeça. Posições postuais viciosas, relacionamento
dental inadequado, apertamento e/ou ranger de dentes, associados ao
"stress", normalmente culminam em quadros crônicos de dores nos
músculos da face, da cabeça e do pescoço.
2.3 - DTM PODE CAUSAR DOR DE OUVIDO
A proximidade entre a ATM e o ouvido
pode ocasionalmente confundir o paciente sobre o local de origem da dor. Na
realidade, a dor de ouvido é diferente da dor de ATMs. Como diagnóstico
diferencial das ATMs não manifestam febre, não eliminam secreção pelos ouvidos
e não são acompanhadas por quadros infecciosos das vias aéreas superiores.
2.4 - RELAÇÃO ENTRE DENTES E ATM
O "encaixe dental" (oclusão) é
responsável pela posição do côndilo (cabeça da mandíbula) dentro da
articulação. Ocluir os dentes mais para frente, para trás ou para os lados traz
conseqüências para as ATMs. O ideal é que a oclusão tenha um relacionamento
adequado, para manter côndilo e disco articular harmônicos e bem posicionado
entre si, a fim de que a articulação seja saudável.
Diagnóstico
O diagnóstico de DTM está baseado em
vários sintomas, testando a amplitude dos movimentos mandibulares, auscultando
os ruídos articulares, examinando o engrenamento dos dentes, apalpando as
articulações como também os músculos da face e cabeça. Geralmente o cirurgião
oral, pergunta ao paciente em busca de informações que causam a dor e outros
sintomas, traumas, hábitos orais, tratamentos médicos e dentais prévios.
Instrumentos de diagnóstico
Os mais comum são:
A) Radiografias Convencionais
(radiografias planas, inclusive panorâmica): são rápidas e relativamente
baratas. Porém, elas mostram somente a estrutura óssea da articulação, sendo
geralmente úteis para avaliar mudanças morfológicas e processos degenerativos
da doença.
B) Tomografia Linear ou Planigrafia:
este exame mostra "fatias" da articulação. Quando realizadas
corretamente e com precisão, permitem melhor visualização que nas radiografias
convencionais. As principais desvantagens da tomografia são o tempo e o custo
elevado e, como as radiografias convencionais mostram somente o osso.
C) Tomografia Computadorizada: mostra
os mínimos detalhes do osso, com uma dose mínima de radiação. Os custos são
bastante altos e oferecem uma visão limitada do disco articular e dos tecidos
moles.
D) Ressonância Magnética: produz
imagens detalhadas e precisas do tecido mole e é considerado o melhor método
para estudar a ATM. Nenhuma radiação é usada, mas como o equipamento é
sofisticado os custos são altos; às vezes, acima de R$ 1.000,00 para ambos os
lados da articulação.
E) Artrotomografia: permite o estudo
posicional e funcional da articulação, inclusive do disco articular. O
procedimento é realizado pela injeção de um material de contraste na
articulação, seguida por radiografias ou tomogramas, vídeo ou uma combinação.
Um profissional qualificado é um imperativo para interpretação do exame, o
procedimento pode ser muito incômodo, mas quando feito corretamente, a
artrografia pode ser uma ferramenta de diagnóstico extremamente precisa.
Foram desenvolvidas uma variedade de
outras técnicas para diagnosticar DTM, inclusive para localizar as contrações
musculares, chamada de eletromiografia de superfície, sonografia (SonoPak),
termografia e cinesiografia. São exames que detalham com precisão as estruturas
afetadas.
A Conferência de Tecnologia do
Instituto Nacional de Saúde dos EUA fez observações e comentários sobre estes
métodos de diagnóstico. Os fabricantes desses dispositivos de instrumentação
diagnóstica argumentam que "são métodos clinicamente úteis e objetivos que
servem para quantificar os componentes físicos de DTM em pacientes que estão em
tratamento".
Os oponentes ao uso rotineiro desses
aparelhos dizem que "nenhum dos instrumentos oferecem mais informações e
nenhum deles provou a validade diagnóstica ou utilidade clínica, a não ser o
seu uso em pesquisas". Estes exames podem ter um custo muito elevado.
Auto-Ajuda para Disfunção e/ou
Desordens da ATM
Se você acha que tem um problema na ATM, primeiro consulte um Médico e um Dentista especialista em DTM, para descartar doenças ou problemas que
possam imitar ou expressar sintomas semelhantes aos das doenças desta disfunção.
Muitas pessoas que sofrem de DTM têm
grandes chances de melhorar com tratamentos reversíveis. Às vezes, o problema
melhora gradualmente.
Gostaríamos de oferecer técnicas de
auto-ajuda que podem aliviar os sintomas:
calor úmido: O calor reduz a inflamação e
melhora a função. Use uma bolsa ou uma garrafa de água quente ou uma toalha
morna embrulhada ao redor do rosto, com cuidado para não se queimar;
gelo: O gelo tem o mesmo efeito que
o calor e também aumenta o fluxo de sangue, promovendo o relaxamento muscular.
Se você for usar uma bolsa de gelo, embrulhe-a em um pano e coloque-a no rosto,
por no máximo 10 minutos para não danificar sua pele;
dieta macia: As comidas brandas
temporariamente podem ajudar ao permitir que a mandíbula e músculos
circunvizinhos descansem. Evite especialmente comidas duras, crocantes ou
trituráveis, que possam traumatizar a articulação ou que lhe exijam abrir a
boca amplamente, como uma maçã ou uma espiga de milho. Não mastigue chicletes;
uso de analgésicos: Talvez você tenha que
experimentar vários analgésicos, até encontrar um que melhor se adapte ao seu
organismo. Acetominofen, como Tylenol, ajudam algumas pessoas, outros encontram
alívio com o uso da Aspirina ou Ibuprofen. Alguns medicamentos necessitam de
prescrição. Confira com seu cirurgião oral antes de tomar qualquer tipo de
medicamento;
exercícios mandibulares: Exercitar a mandíbula, abrir e
fechar lentamente sua boca, mover a mandíbula para os lados; isto, às vezes,
melhora a mobilidade. Exercícios que causam um aumento da dor ou da deficiência
devem ser descontinuados; e
técnicas de relaxamento: Há evidências de que técnicas
de relaxamento diminuem o sofrimento em casos de dor crônica. Respire lenta e
profundamente, enrijeça e relaxe seus músculos alternadamente. A ioga e/ou
hipnose são úteis para algumas pessoas.
Se Você foi Diagnosticado "Disfunção de ATM"
Auto-educação: Um paciente bem informado pode
tornar melhores as difíceis decisões relativas às opções de tratamento e
discutí-las com o profissional. Aprenda, tanto quanto possível, lendo e falando
com outras pessoas que sofrem de ATM.
Tratamento
Há várias opções de tratamento e uma
variedade de termos usados para descrever estes diferentes métodos de
tratamento. Porém, a maioria dos cuidados que seu cirurgião oral oferecerá vão
incluir no mínimo, quatro ou mais dos seguintes tratamentos:
- educação do paciente e auto-cuidado
- modificação do comportamento, incluindo técnicas de relaxamento e cuidados com o estresse
- medicamentos
- terapia física
- terapia de aplicação ortopédica (placa estabilizadora)
- terapia oclusal (ortodontia, reabilitação oral, etc...), às vezes, necessária
- terapia com Laser
- cirurgia
Os objetivos do tratamento são:
- reduzir a dor
- restabelecer função mandibular confortável
- limitar a recorrência da dor
- restabelecer o padrão de vida normal, o mais rapidamente possível.
Recomendações de tratamento
Freqüentemente, somado à dor física,
existe o estigma que muitos cirurgiões maxilo-faciais ou médicos impõem aos
seus pacientes de ATM, que seu problema é psicológico e não desejam melhorar ou
não podem corrigir o estresse. Sabemos que o tratamento farmacológico, que se
utiliza para aliviar as dores persistentes relacionadas com DTM (ATM), são
iguais aos tratamentos de outras condições de dores crônicas.
Opiáceos e AINEs (medicamentos
anti-inflamatórios não esteroidais) são analgésicos e deveriam ser
implementados proporcionalmente à intensidade da dor apresentada pelo paciente.
Podemos presumir que, com estas
recomendações, a dor relacionada à ATM seja adequadamente controlada, portanto,
os pacientes poderiam desfrutar de uma melhor qualidade de vida, cessando a sua
desesperada busca por um tratamento mágico para aliviar sua dor. Recentemente,
houve uma explosão de pesquisas científicas, que estão ampliando a compreensão
dos mecanismos de neurofisiologia da dor, seus neurotransmissores e sistemas
nervosos periférico e central.
QUESTIONÁRIO DE DOR ORO-FACIAL E DESORDENS TEMPORO-MANDIBULAR (DTM)*
|
sim
|
às vezes
|
não
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1 - Sente dificuldade para abrir bem a boca?
|
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2 - Sente dificuldade para movimentar sua mandíbula para os lados?
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3 - Tem cansaço/dor muscular quando mastiga?
|
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4 - Sente dores de cabeça com freqüência?
|
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5 - Sente dor na nuca ou torcicolo?
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6 - Tem dor de ouvido ou nas regiões das articulações?
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7 - Já observou se tem algum hábito de apertar e/ou ranger dentes?
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8 - Sente que seus dentes não se encaixam bem?
|
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9 - Você se considera uma pessoa tensa/nervosa?
|
Instruções
Some 3 pontos para cada resposta Sim, 2 pontos para cada resposta Às vezes e 0 pontos para cada resposta Não.
Some 3 pontos para cada resposta Sim, 2 pontos para cada resposta Às vezes e 0 pontos para cada resposta Não.
Resultados
De 19 - 30 pontos: É provável que
você tenha desordens temporo-mandibulares
De 13 - 18 pontos: Você está com condições clínicas favoráveis para ter desordens temporo-mandibulares
De 06 - 12 pontos: Você está com fatores que podem desencadear desordens temporo-mandibulares De 00 - 05 pontos: Não se preocupe, você não tem desordens temporo-mandibulares
De 13 - 18 pontos: Você está com condições clínicas favoráveis para ter desordens temporo-mandibulares
De 06 - 12 pontos: Você está com fatores que podem desencadear desordens temporo-mandibulares De 00 - 05 pontos: Não se preocupe, você não tem desordens temporo-mandibulares
*Obs.: O teste, aqui apresentado não
caracteriza um atendimento profissional.
Para uma avaliação completa e segura
consulte um especialista.
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