A resina fabricada pelas
abelhas reduz a ação das bactérias que estragam os dentes. Nos próximos
anos, ela poderá entrar na composição de pastas e enxaguatórios bucais.
Produzida pelas abelhas a partir de substâncias coletadas nos botões das flores, a própolis garante a higiene da colméia e é empregada na reparação de suas fendas. Na medicina popular, essa resina é utilizada em gotas ou em cápsulas contra resfriados e em processos de cicatrização. Daqui a alguns anos poderá ser um novo ingrediente de pastas e enxaguatórios bucais.
Um estudo feito na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), em Piracicaba (SP), e publicado semana passada no jornal americano Current Microbiology, mostrou que a substância das colméias evita as cáries.
Bactérias menos agressivas
Por meio de testes em laboratório, os cientistas provaram que a própolis contém pelo menos onze flavonóides, substâncias que já foram encontradas no vinho e nos chocolates e comprovadamente protegem o coração. Nesse caso, os mecanismos de ação são diferentes.
Os flavonóides da colméia entram em cena enfraquecendo e destruindo as bactérias cariogênicas, conhecidas como Streptococcus mutans. Também atrapalham a aderência dessas bactérias no esmalte dos dentes. “Sob o efeito da resina, os microorganismos ficam mais inofensivos”, afirma o farmacêutico e professor da Unicamp Pedro Rosalen, um dos autores do experimento.
Os testes em animais duraram 21 dias. Trinta ratos saudáveis foram expostos a uma dieta com 56% de sacarose, bem doce. Os cientistas ainda fizeram uma pequena cirurgia que reduziu a salivação dos roedores (a saliva é a encarregada da “faxina” da boca). “Fizemos tudo para que os ratos tivessem cárie, muita cárie”, diz Rosalen.
Nos ensaios, alguns animais foram agraciados com duas gotas diárias de própolis nos dentes. Os demais não ganharam nada em especial. Ao final do experimento, os ratinhos que receberam as gotas tiveram 74% menos cáries do que os restantes.
br> Resultados promissores
“Mas não é qualquer própolis que reduz as cáries”, ressalva o professor. “Dependendo das flores que são visitadas pelos insetos, a composição da resina muda.”
As própolis mais eficientes, que possuem mais flavonóides, segundo Rosalem, são as de Minas Gerais e as da região de Porto Alegre, empregadas no estudo. “Os resultados são promissores, já que a possibilidade de se repetirem em humanos é muito grande.”
Produzida pelas abelhas a partir de substâncias coletadas nos botões das flores, a própolis garante a higiene da colméia e é empregada na reparação de suas fendas. Na medicina popular, essa resina é utilizada em gotas ou em cápsulas contra resfriados e em processos de cicatrização. Daqui a alguns anos poderá ser um novo ingrediente de pastas e enxaguatórios bucais.
Um estudo feito na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), em Piracicaba (SP), e publicado semana passada no jornal americano Current Microbiology, mostrou que a substância das colméias evita as cáries.
Bactérias menos agressivas
Por meio de testes em laboratório, os cientistas provaram que a própolis contém pelo menos onze flavonóides, substâncias que já foram encontradas no vinho e nos chocolates e comprovadamente protegem o coração. Nesse caso, os mecanismos de ação são diferentes.
Os flavonóides da colméia entram em cena enfraquecendo e destruindo as bactérias cariogênicas, conhecidas como Streptococcus mutans. Também atrapalham a aderência dessas bactérias no esmalte dos dentes. “Sob o efeito da resina, os microorganismos ficam mais inofensivos”, afirma o farmacêutico e professor da Unicamp Pedro Rosalen, um dos autores do experimento.
Os testes em animais duraram 21 dias. Trinta ratos saudáveis foram expostos a uma dieta com 56% de sacarose, bem doce. Os cientistas ainda fizeram uma pequena cirurgia que reduziu a salivação dos roedores (a saliva é a encarregada da “faxina” da boca). “Fizemos tudo para que os ratos tivessem cárie, muita cárie”, diz Rosalen.
Nos ensaios, alguns animais foram agraciados com duas gotas diárias de própolis nos dentes. Os demais não ganharam nada em especial. Ao final do experimento, os ratinhos que receberam as gotas tiveram 74% menos cáries do que os restantes.
br> Resultados promissores
“Mas não é qualquer própolis que reduz as cáries”, ressalva o professor. “Dependendo das flores que são visitadas pelos insetos, a composição da resina muda.”
As própolis mais eficientes, que possuem mais flavonóides, segundo Rosalem, são as de Minas Gerais e as da região de Porto Alegre, empregadas no estudo. “Os resultados são promissores, já que a possibilidade de se repetirem em humanos é muito grande.”
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