Este tipo é
um de câncer dos menos freqüentes, representando menos de 5% do total da
incidência de câncer no mundo.
No Brasil, ele
assume importância por causa do câncer de lábio, uma vez que se trata
de um país tropical que sustenta também em sua economia atividades
rurais nas quais os trabalhadores ficam expostos de forma continuada à
luz solar.
O câncer de lábio
é mais freqüente em pessoas brancas, e registra maior ocorrência no lábio
inferior em relação ao superior.
O
câncer em outras regiões da boca acomete principalmente tabagistas e os
riscos aumentam quando o tabagista é também alcoólatra. Assim, é mais comum em indivíduos do sexo masculino acima de 50 anos,
apesar do acentuado aumento de sua incidência em mulheres e adultos
jovens.
Para prevenir o câncer de lábio, deve-se evitar a exposição ao sol sem proteção (filtro solar e chapéu de aba longa).
O combate ao tabagismo é igualmente importante na prevenção deste tipo de câncer.
Atenção!
Lave bem a boca e remova próteses dentárias se for o caso.
Os Raios X podem ser úteis para averiguar o comprometimento de ossos como a mandíbula.
Nas demais lesões, se operáveis, a cirurgia está indicada, associada ou não à radioterapia.
Quando existe linfonodomegalia metastática (aumento dos "gânglios"), indica-se o esvaziamento cervical do lado afetado, sendo o prognóstico do caso bastante reservado. A cirurgia radical do câncer de boca evoluiu sobremaneira, com a incorporação de técnicas de reconstrução imediata, permitindo largas ressecções e uma melhor recuperação do paciente. As deformidades, porém, são ainda grandes e o prognóstico dos casos, intermediário.
A quimioterapia é empregada nos casos avançados, visando à redução do tumor, a fim de possibilitar o tratamento posterior pela radioterapia ou cirurgia. O prognóstico nestes casos é extremamente grave, tendo em vista a impossibilidade de controlar-se totalmente as lesões extensas, a despeito dos tratamentos aplicados.
Fatores de Risco
Os principais fatores
de risco são o tabagismo (fumar cigarro de papel, palha ou cachimbos) e o
consumo de bebidas alcoólicas associados ou não a trauma crônico (uso de próteses dentárias
mal-ajustadas), má higiene oral,
baixo consumo de caroteno e história familiar de câncer.
Sintomas
O principal sintoma deste tipo de câncer é o aparecimento de feridas na boca que não cicatrizam em uma semana. Outros sintomas são ulcerações superficiais com menos de 2 cm de diâmetro e indolores, podendo sangrar ou não, e manchas esbranquiçadas ou avermelhadas nos lábios ou na mucosa bucal. Dificuldade de fala, mastigação e deglutição, além de emagrecimento acentuado, dor e presença de linfadenomegalia cervical (íngua no pescoço) são sinais de câncer de boca em estágio avançado.Prevenção e Diagnóstico Precoce
O auto-exame da boca deve ser realizado a cada seis meses. Homens com mais de 40 anos de idade, fumantes e portadores de próteses mal ajustadas e dentes fraturados devem evitar o fumo e o álcool, promover a higiene bucal, ter os dentes tratados, realizar o auto-exame da boca e fazer uma consulta odontológica de controle a cada ano. Outra recomendação é a manutenção de uma dieta saudável, rica em vegetais e frutas.Para prevenir o câncer de lábio, deve-se evitar a exposição ao sol sem proteção (filtro solar e chapéu de aba longa).
O combate ao tabagismo é igualmente importante na prevenção deste tipo de câncer.
O Auto-Exame da Boca
O auto-exame deve ser feito em um local bem iluminado, diante do espelho. O objetivo é identificar lesões precursoras do câncer de boca. Devem ser observados sinais como mudança na cor da pele e mucosas, endurecimentos, caroços, feridas, inchações, áreas dormentes, dentes quebrados ou amolecidos e úlcera rasa, indolor e avermelhada.Atenção!
Lave bem a boca e remova próteses dentárias se for o caso.
De
frente para o espelho, observe a pele do rosto e do pescoço. Veja se
encontra algum sinal que não tenha notado antes. Toque suavemente com as
pontas dos dedos todo o rosto.
Puxe com os
dedos, o lábio inferior para baixo, expondo a sua parte interna (mucosa).
Em seguida, apalpe todo o lábio. Puxe o lábio superior para cima e
repita a palpação.
Com
a ponta do dedo indicador, afaste a bochecha para examinar a parte interna
da mesma. Faça isso nos dois lados.
Com a ponta do
dedo indicador, percorra toda a gengiva superior e inferior.
Introduza
o dedo indicador por baixo da língua e o polegar da mesma mão por baixo
do queixo e procure palpar todo o assoalho da boca.
Incline a cabeça
para trás e abrindo a boca o máximo possível, examine atentamente o céu
da boca. Palpe com o dedo indicador todo o céu da boca. Em seguida diga
ÁÁÁÁ... E observe o fundo da garganta.
Ponha
a língua para fora e observe a parte de cima. Repita a observação com a
língua levantada até o céu da boca. Em seguida puxando a língua para
esquerda, observe o lado esquerdo da mesma. Repita o procedimento para o
lado direito.
Estique
a língua para fora, segurando-a com um pedaço de gaze ou pano, apalpe em
toda a sua extensão com os dedos indicadores e polegar da outra mão.
Examine
o pescoço. Compare os lados direito e esquerdo e veja se há diferenças
entre eles. Depois, apalpe o lado esquerdo do pescoço com a mão direita.
Repita o procedimento para o lado
direito, palpando com a mão esquerda. Veja se existem caroços ou áreas
endurecidas.
Finalmente,
introduza o polegar por debaixo do queixo e apalpe suavemente todo o seu
contorno inferior.O que procurar?
- Mudanças na aparência dos lábios e da porção interna da boca
- Endurecimentos
- Caroços
- Feridas
- Sangramentos
- Inchações
- Áreas dormentes
- Dentes amolecidos ou quebrados
Prevenção
1
- evitar fumo e álcool;
2
- evitar exposição continuada aos raios solares;
3
- evitar traumas crônicos na mucosa bucal, tais como: prótese mal
adaptada, coroas dentais fraturadas, raízes residuais, etc;
4
- manter higienização adequada, escovando os dentes no mínimo 4 vezes
ao dia, principalmente após a ingestão de qualquer alimento, fazer uso
do fio dental e se auto-examinar continuadamente conforme descrição
acima citada;
5
- fazer alimentação balanceada e completa evitando fazer uso do açúcar
em excesso (prevenção da cárie) e, principalmente, fora das refeições;
6
- procurar seu Dentista ou Médico em caso de aparecimento de qualquer lesão
que não regrida no espaço de 7/14 dias;
Diagnóstico
A confirmação diagnóstica é feita através de biópsia.Os Raios X podem ser úteis para averiguar o comprometimento de ossos como a mandíbula.
Tratamento
A cirurgia, a radioterapia e a quimioterapia são, isolada ou associadamente, os métodos terapêuticos aplicáveis ao câncer de boca. Em se tratando de lesões iniciais, ou seja, restritas ao local de origem, sem extensão a tecidos ou estruturas vizinhas e muito menos a linfonodos regionais ("gânglios"), e dependendo da sua localização, pode-se optar ou pela cirurgia ou pela radioterapia, visto que ambas apresentam resultados semelhantes, expressos por um bom prognóstico (cura em 80% dos casos).Nas demais lesões, se operáveis, a cirurgia está indicada, associada ou não à radioterapia.
Quando existe linfonodomegalia metastática (aumento dos "gânglios"), indica-se o esvaziamento cervical do lado afetado, sendo o prognóstico do caso bastante reservado. A cirurgia radical do câncer de boca evoluiu sobremaneira, com a incorporação de técnicas de reconstrução imediata, permitindo largas ressecções e uma melhor recuperação do paciente. As deformidades, porém, são ainda grandes e o prognóstico dos casos, intermediário.
A quimioterapia é empregada nos casos avançados, visando à redução do tumor, a fim de possibilitar o tratamento posterior pela radioterapia ou cirurgia. O prognóstico nestes casos é extremamente grave, tendo em vista a impossibilidade de controlar-se totalmente as lesões extensas, a despeito dos tratamentos aplicados.
Fonte:
Ministério da Saúde, Secretaria Nacional de Assistência à saúde,
Instituto Nacional do Câncer, Coordenação nacional do Controle do
Tabagismo e Prevenção Primária do Câncer – INCA.
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