Após muitos anos de uso clínico do aparelho Straight Wire, proposto
por Andrews em 1972, John Bennett e Richard McLaughlin observaram que:
As características (torque, angulação, in-out) do braquete Straight Wire padrão eram derivadas de modelos normais não tratados ortodonticamente (dos 120 modelos estudados por Andrews) que possuíam bases ósseas adequadas, ou seja, elas eram arredondadas e largas, e eles observaram que muitos dos casos tratados em consultório tinham bases estreitas.
Exatamente essa porcentagem de pacientes necessitava de dobras nos fios para finalização ou braquetes adicionais com variações nas suas características (movimento de translação).
As medidas do aparelho Straight Wire padrão foram obtidas de posições estáticas e finais dos dentes sendo necessários, para movimentos de translação, outros tipos de braquetes.
As características (torque, angulação, in-out) do braquete Straight Wire padrão eram derivadas de modelos normais não tratados ortodonticamente (dos 120 modelos estudados por Andrews) que possuíam bases ósseas adequadas, ou seja, elas eram arredondadas e largas, e eles observaram que muitos dos casos tratados em consultório tinham bases estreitas.
Exatamente essa porcentagem de pacientes necessitava de dobras nos fios para finalização ou braquetes adicionais com variações nas suas características (movimento de translação).
As medidas do aparelho Straight Wire padrão foram obtidas de posições estáticas e finais dos dentes sendo necessários, para movimentos de translação, outros tipos de braquetes.
Também observaram que era necessário acrescentar torque aos fios
retangulares em uma alta porcentagem dos casos, buscando obter torque
palatino de raiz para os incisivos superiores e torque vestibular de
raiz para os incisivos inferiores. Diante deste fato, optaram por
algumas modificações nos braquetes desses dentes.
O torque nos incisivos foi aumentado em 10º (7º para 17º) no central
superior e 7º (3º para 10º) no lateral superior porque, durante o
fechamento de espaços e redução do trespasse horizontal, havia a
tendência de se perder o torque nestes dentes. Nos incisivos inferiores,
o torque foi alterado de -1º para -6º, pois estes dentes terminavam
freqüentemente vestibularizados após a eliminação do apinhamento e
nivelamento da curva de Spee.
O torque nos molares superiores não foi modificado, porém mudaram a
angulação de 5º para 0º, pois não mais estavam posicionando as bandas
nos molares com uma certa angulação, ou seja, com sua porção mesial mais
baixa que sua porção distal, não sendo necessário este ajuste na
angulação incorporada no desenho do braquete.
Nos segundos molares inferiores, nos quais os valores normais eram de
35º, esse torque foi reduzido para 10º, pois há uma tendência
consistente destes dentes se inclinarem para a lingual quando se usa a
prescrição de torque negativo de 35º ou mesmo de 20º devido a:
Inadequações na altura do tubo entre os primeiros e segundos molares.
Se o arco for mais estreito na distal dos primeiros molares inferiores.
Efeito extrusivo das cúspides dos segundos molares superiores.
Eles acreditavam que o uso da prescrição de 10º de torque lingual e 2º de angulação é útil no controle do torque do segundo molar inferior.
Inadequações na altura do tubo entre os primeiros e segundos molares.
Se o arco for mais estreito na distal dos primeiros molares inferiores.
Efeito extrusivo das cúspides dos segundos molares superiores.
Eles acreditavam que o uso da prescrição de 10º de torque lingual e 2º de angulação é útil no controle do torque do segundo molar inferior.
Os resultados desse estudo, observações e modificações geraram a
prescrição de Bennett e McLaughlin. Após experimentarem o aparelho com a
prescrição mencionada por oito anos e reverem pesquisas recentes de
Sebata e Watanaba, determinaram outras modificações para atingir uma
otimização da eficiência do aparelho, o resultado disso foi o aparelho
modificado e apresentado pelos autores, juntamente com Hugo Trevisi em
1998.
Após estudos e revisões de pesquisas recentes, os autores atribuíram
angulações menores aos incisivos superiores e inferiores (de 5º para 4º
nos centrais superiores, de 9º para 8º nos laterais superiores e de 2º
para 0º nos incisivos inferiores) porque isso, segundo eles, diminuiria a
necessidade de ancoragem no início do tratamento.
Nos pré-molares superiores, reduziram as angulações de 2º para 0º,
pois achavam que assim, verticalizados, eles iriam estar mais
direcionados a uma relação de engrenamento oclusal. Já nos pré-molares
inferiores, achavam que a angulação original os direcionava para uma
relação de Classe I.
O torque nos molares superiores foi alterado de -9º para -14º, pois
na primeira situação, as cúspides palatinas se encontravam suspensas e
causando interferências oclusais em cêntrica.
O torque lingual nos dentes inferiores foram todos reduzidos.
caninos (de -11ºpara -6º);
1os pré-molares (de -17º para -12º);
2os pré-molares (de -22º para -17º);
1os molares (-30º para -20º);
2os molares (-35º para -10º).
Estes elementos sofreram essas reduções por alguns motivos:
durante a retração de caninos ou de pré-molares era melhor que estes estivessem mais verticalizados ao invés de a sua raiz estar em contato com a cortical óssea, criando assim certa resistência ao movimento dentário.
os casos de estreitamento do arco superior com compensação do arco inferior se beneficiariam da verticalização dos dentes póstero-inferiores.
os segundos molares inferiores “deslizavam” lingualmente com os 35º propostos na técnica de Andrews.
Nem sempre os pré-molares superiores se equivalem em tamanho no sentido vestíbulo-lingual, sendo os segundos pré-molares muitas vezes menores do que os primeiros. Os autores incorporaram por isso 0,5mm na espessura da base dos braquetes dos segundos pré-molares superiores. No caso de os tamanhos do primeiro e do segundo pré-molares serem os mesmos, pode-se usar o braquete do primeiro nos segundos pré-molares.
caninos (de -11ºpara -6º);
1os pré-molares (de -17º para -12º);
2os pré-molares (de -22º para -17º);
1os molares (-30º para -20º);
2os molares (-35º para -10º).
Estes elementos sofreram essas reduções por alguns motivos:
durante a retração de caninos ou de pré-molares era melhor que estes estivessem mais verticalizados ao invés de a sua raiz estar em contato com a cortical óssea, criando assim certa resistência ao movimento dentário.
os casos de estreitamento do arco superior com compensação do arco inferior se beneficiariam da verticalização dos dentes póstero-inferiores.
os segundos molares inferiores “deslizavam” lingualmente com os 35º propostos na técnica de Andrews.
Nem sempre os pré-molares superiores se equivalem em tamanho no sentido vestíbulo-lingual, sendo os segundos pré-molares muitas vezes menores do que os primeiros. Os autores incorporaram por isso 0,5mm na espessura da base dos braquetes dos segundos pré-molares superiores. No caso de os tamanhos do primeiro e do segundo pré-molares serem os mesmos, pode-se usar o braquete do primeiro nos segundos pré-molares.
Os autores chamam a atenção para o fato de que as aletas dos
braquetes são simétricas para que se possa observar o paralelismo com o
longo eixo da coroa clínica, com isso, o posicionamento correto do
acessório está sujeito a erros, que devem ser evitados. Eles recomendam
que o clínico observe o dente a ser colado de frente.
Eles alertam para as seguintes possibilidades de erro:
Erro no sentido mésio-distal: tomar o cuidado de fazer coincidir a linha vertical do centro do braquete com o eixo vertical da coroa clínica. Os autores recomendam atenção ao posicionamento mésio-distal, dos caninos inferiores, pois se estes forem colados mais para a distal, não se alcança uma boa relação destes com os laterais superiores.
Erro de angulação: para se evitar esse erro, os autores recomendam que o clínico desconsidere a ranhura do braquete e posicione as aletas paralelas ao longo eixo vestibular da coroa clínica, logicamente com o acessório centralizado.
Erro de rotação: o cuidado com o excesso de resina na base do braquete é lembrado neste tópico. Deve-se pressionar o acessório de forma que a sua base se assente uniformemente na superfície vestibular do dente e o excesso de resina escoe para fora. Em casos de incisivos com giro, é recomendável permitir mais quantidade de resina em um dos lados da base para promover giro com sobrecorreção.
Erro vertical: ocorre quando o acessório fica posicionado mais para oclusal ou para cervical do centro da coroa clínica, o que pode incorporar ao dente, intrusão, extrusão, torque ou in-out. Para evitar esse tipo de erro, eles recomendam o uso de instrumentos posicionadores adequados, como a estrela de Boone, posicionadores de Daugherty. Recentemente os autores formularam tabelas individualizadas para o posicionamento vertical em casos específicos.
Dentes com irrupção incompleta: nestes casos é difícil localizar o centro da coroa clínica. Se for decidido colar mais para a oclusal, dobras devem ser feitas para compensar essa situação até que seja possível o posicionamento correto do suporte. Uma situação similar ocorre nos casos de hipertrofia de gengiva inflamada.
Inclinação inicial do dente: quando o elemento encontra-se muito para a vestibular ou muito para a lingual ocorre a tendência de se colocar o braquete mais para incisal ou mais para cervical.
Dentes fraturados: em elementos com o bordo incisal fraturado é mais difícil se localizar corretamente o centro da coroa clínica. Os autores recomendam a realização da dentística antes da colagem.
Coroas clínicas muito longas ou muito curtas: quando temos uma coroa clínica muito longa como é o caso de caninos superiores corre-se o risco de posicionar o acessório muito para incisal. Deve-se verificar se não estão ocorrendo interferências oclusais e se os torques não estão inadequados. Em casos de coroas clínicas curtas, geralmente incisivos laterais, o posicionamento do braquete no centro da coroa pode deixar o dente com a coroa clínica curta demais. Pode-se posicionar o braquete mais para cervical e depois adequar os torques.
Variações anatômicas: as superfícies vestibulares dos dentes apresentam uma grande variedade de formas e a inobservância deste detalhe pode resultar em um torque indesejável em um dente ou grupo de dentes.
Erro no sentido mésio-distal: tomar o cuidado de fazer coincidir a linha vertical do centro do braquete com o eixo vertical da coroa clínica. Os autores recomendam atenção ao posicionamento mésio-distal, dos caninos inferiores, pois se estes forem colados mais para a distal, não se alcança uma boa relação destes com os laterais superiores.
Erro de angulação: para se evitar esse erro, os autores recomendam que o clínico desconsidere a ranhura do braquete e posicione as aletas paralelas ao longo eixo vestibular da coroa clínica, logicamente com o acessório centralizado.
Erro de rotação: o cuidado com o excesso de resina na base do braquete é lembrado neste tópico. Deve-se pressionar o acessório de forma que a sua base se assente uniformemente na superfície vestibular do dente e o excesso de resina escoe para fora. Em casos de incisivos com giro, é recomendável permitir mais quantidade de resina em um dos lados da base para promover giro com sobrecorreção.
Erro vertical: ocorre quando o acessório fica posicionado mais para oclusal ou para cervical do centro da coroa clínica, o que pode incorporar ao dente, intrusão, extrusão, torque ou in-out. Para evitar esse tipo de erro, eles recomendam o uso de instrumentos posicionadores adequados, como a estrela de Boone, posicionadores de Daugherty. Recentemente os autores formularam tabelas individualizadas para o posicionamento vertical em casos específicos.
Dentes com irrupção incompleta: nestes casos é difícil localizar o centro da coroa clínica. Se for decidido colar mais para a oclusal, dobras devem ser feitas para compensar essa situação até que seja possível o posicionamento correto do suporte. Uma situação similar ocorre nos casos de hipertrofia de gengiva inflamada.
Inclinação inicial do dente: quando o elemento encontra-se muito para a vestibular ou muito para a lingual ocorre a tendência de se colocar o braquete mais para incisal ou mais para cervical.
Dentes fraturados: em elementos com o bordo incisal fraturado é mais difícil se localizar corretamente o centro da coroa clínica. Os autores recomendam a realização da dentística antes da colagem.
Coroas clínicas muito longas ou muito curtas: quando temos uma coroa clínica muito longa como é o caso de caninos superiores corre-se o risco de posicionar o acessório muito para incisal. Deve-se verificar se não estão ocorrendo interferências oclusais e se os torques não estão inadequados. Em casos de coroas clínicas curtas, geralmente incisivos laterais, o posicionamento do braquete no centro da coroa pode deixar o dente com a coroa clínica curta demais. Pode-se posicionar o braquete mais para cervical e depois adequar os torques.
Variações anatômicas: as superfícies vestibulares dos dentes apresentam uma grande variedade de formas e a inobservância deste detalhe pode resultar em um torque indesejável em um dente ou grupo de dentes.
Variações anatômicas nas bordas incisais, com relação à altura, são
comuns em incisivos inferiores. Deve-se discutir com o paciente sobre a
possibilidade de desgastes para a regularização das incisais destes
dentes ou o posicionamento destes da melhor forma possível, resguardando
os pontos de contato.
Os autores sugerem alguns valores para o “x” de acordo com o tamanho
da coroa clínica, para um posicionamento mais adequado dos acessórios.
Fonte: http://www.odontologiabrasileira.com.br/526/a-prescricao-mbt.html
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