quinta-feira, 6 de maio de 2010

ORIENTAÇÕES SOBRE O DIJUNTOR MAXILAR


1- Má-oclusão:

Algumas má oclusões caracterizam-se por um estreitamento esquelético da maxila (atresia). Esta atresia pode provocar uma mordida cruzada posterior (dentes superiores “por dentro” dos inferiores), alterações de crescimento, resultando em assimetrias faciais, alterações funcionais (postura da língua, fonação, deglutição, mastigação e respiração), problemas de falta de espaço para o correto posicionamento dos dentes, etc.



2- Tratamento:

O uso de aparelhos móveis promove apenas inclinações dentárias instáveis. A atresia maxilar é um problema de base óssea e como tal, a melhor maneira de resolvê-la é através de uma dijunção maxilar, promovendo a abertura da sutura palatina mediana, separando a linha média da maxila em duas partes. Após esta fase existe neoformação óssea no local, caracterizando um efeito mais estável. É uma situação clínica que deve ser abordada precocemente, uma vez que, quanto mais idade tenha o paciente, maior será a calcificação da sutura intermaxilar, sendo necessário uma cirurgia de grande porte para separá-la em paciente adultos.

3- O aparelho e sua ativação:

Os aparelhos mais utilizados para este procedimento são Hirax e Haas.

A mecânica chama-se expansão rápida da maxila. A ativação é realizada através de uma chave encaixada ao parafuso expansor e gira em sentido posterior com frequencia, normalmente, de duas voltas pela manhã e duas voltas pela noite durante um tempo entre sete a dez dias. O sinal clínico da abertura da sutura é a presença de um espaço entre os incisivos centrais. Este é o indicativo de sucesso no tratamento e tem duração temporária (fecha por volta de quatro semanas). Após a estabilização do aparelho, este permanece na boca por mais seis meses, com finalidade de maturação completa do osso neoformado, seguindo do uso de mais seis meses de uma placa remomível para contenção.


4- Higienização:

Apesar de um certo grau de dificuldade, deve ser feita com afinco, após as refeições e, principalmente, antes de dormir. Inicialmente, faz-se usa da escova dentária convencional, higienizando dentes e aparelho. Em seguida usa-se o fio, de preferência com o passa-fio rígido, por conseguinte o bochecho diário (recomendação: Plax colgate).

5- Observações:

Por se tratar de mecânica rápida, o paciente não deve se ausentar por muito tempo do consultório ( o controle deve ser semanal), seguindo rigorosamente as recomendações de ativação e higienização.

Em poucas situações pode ocorrer insucesso, por resistencia da abertura da sutura maxilar ou por não colaboração do paciente em suas ativações.

A higienização deficiente leva a inflamação e hipertrofia da mucosa do palato, comprometendo assim todo o processo.

Na etapa de remoção do aparelho, uma leve inflamação (mucosa avermelhada e um pouco marcada) é normal e rapidamente reversível.









Email: anibalguimaraes@hotmail.com

Web: http://dranibalribeiro.blogspot.com



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