A anestesia local (AL)
No plano de tratamento da maioria
dos pacientes que requerem cuidados adicionais, um assunto que ainda gera
controvérsia é o emprego de soluções anestésicas locais que contém epinefrina
ou outros vasoconstrictores adrenérgicos.
Ainda é comum a prática de o
dentista enviar uma carta ao médico “pedindo autorização” para atender uma
grávida, um diabético ou paciente com risco cardiovascular. Os médicos, por sua
vez, que abominam esse tipo de “comunicação”, respondem empregando quase sempre
as mesmas palavras: “ No momento, o
paciente está em condições de receber tratamento odontológico. Obs: não
empregar anestésicos locais com vasoconstrictor (adrenalina)”.
A maioria dos médicos raramente
usa epinefrina ou outro vasoconstrictor adrenérgico na prática diária. Um
cálculo rápido mostra que a dose média de epinefrina empregada por via IM ou IV
no tratamento da anafilaxia ou Prada cardíaca é de 0,5 a 1mg (epinefrina na
concentração de 1:1000 ou 1:10.000), muito maior que a utilizada na aplicação
de um tubete anestésico de uso odontológico com epinefrina 1:100.000, que é de
apenas 0,018mg.
Portanto, a responsabilidade pelo
ato é de quem procede e não de quem recomenda, devendo o ciruagião-dentista ter
um ótimo conhecimento da farmacologia dos vasoconstrictores e dos anestésicos locais
utilizados na pratica cotidiana.
Quando evitar-se anestésicos locais
adrenérgicos:
•Hipertensão severa não tratada
ou não controlada (pressão arterial sistólica acima de 200mmHg ou diastólica
acima de 115 mmHg).
•Doença cardiovascular grave
■ menos de 6 meses após infarto do miocárdio
■ menos de 6 meses após um AVC
■ cirurgia recente de ponte de
artéria coronária
■ angina de peito instável
■
arritmias cardíacas
refratárias
■
insuficiência cardíaca
congestiva não tratada ou não controlada
•Diabetes mellitus não controlada
•Hipertireoidismo
•Feocromocitoma
•Sensibilidade a sulfitos
(tetraciclinas)
•Pacientes tomando
antidepressivos tricíclicos, compostos fenotiazídicos ou beta-bloqueadores não
seletivos
• Usuários de cocaína ou crack
Peculiaridades
• não utilizar AL que contém
felipressina em grávidas, pois o mesmo promove a contração uterina; Usar
lidocaína 2% com epinefrina 1:100.00
• Num estudo comparativo sobre os
efeitos dos vasoconstrictores sobre a glicemia de ratos normais e diabéticos,
demonstrou-se que a administração de bupivacaína 0,5% com epinefrina 1:200.000
ou lidocaína 2% com norepinefrina 1:50.000 não provoca aumento da glicemia.
Fonte: Terapêutica medicamentosa em Odontologia - Eduardo Dias De Andrade
Dúvidas: anibalguimarães@hotmail.com
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