terça-feira, 29 de outubro de 2013

Emergências no consultório odontológico

Uma das grandes preocupações da maioria dos cirurgiões-dentistas, provavelmente, é ter de enfrentar emergências em seu consultório. O receio é intensificado quando o profissional não é preparado o suficiente para enfrentar tais situações com sucesso. Alguns podem dizem que a anamnese pode já detectar uma possível complicação, mas o cirurgião-dentista Ivan Haidamus Sodré Marques, autor de livros sobre emergências médicas e pacientes com doenças orgânicas, é enfático: “Imaginar que os pacientes possam conhecer sua saúde e através da anamnese transmiti-la ao cirurgião-dentista é um grande engano, pois a grande maioria da população não tem este conhecimento”.



Segundo Marques, o profissional não recebe das universidades o conhecimento necessário para poder diagnosticar as variáveis das doenças apresentadas pelo seu paciente. “Na verdade o ‘diagnosticar’ não é tratar das possíveis doenças que, eventualmente, seus pacientes possam apresentar, e sim se precaver para evitar iatrogenias e situações emergenciais”, diz. Para isso, o conhecimento deve ser adquirido em cursos fora da universidade, agregando valores ao cirurgião-dentista. “O conhecimento o deixa mais seguro e minimiza os riscos que podem levar a situações de emergências médicas e iatrogenias”, complementa.



“Alguns cursos são direcionados às emergências no consultório odontológico, no entanto, muito profissionais frequentam cursos ministrados por professores que não são da área e o curso torna-se prolixo, ou não irá de encontro às necessidades inerentes às emergências no consultório odontológico”, salienta o Dr. Ivan. “Por sinal o curso de emergências é obrigatório para cursos de especialização na Odontologia com carga horária de 15 horas”, acrescenta.



O professor acredita que todo paciente é um paciente de risco para o profissional que não está devidamente habilitado a resolver situações emergenciais, já que a anamnese não confere total segurança. “Ao submeter o paciente a anestesias locais, o cirurgião-dentista expõe seu paciente ao alérgeno contido no anestésico e, portanto, quanto mais o paciente é anestesiado, mais ele ficará exposto a este alérgeno”, lembra. Por este motivo, de acordo com ele, se o profissional não souber utilizar medicamentos para evitar reações anafiláticas, o risco será eminente a cada ato anestésico.



“Não consigo admitir a ideia de um cirurgião-dentista não possuir pelo menos um curso teórico-prático, como quer o Conselho Federal de Odontologia. O profissional não tem o direito de expor seus pacientes a situações inesperadas e nem provocar situações iatrogênicas, pois uma pessoa que confia sua vida a um profissional, merece ser tratada com dignidade, sensatez e responsabilidade. Espero que os leitores possam nos ajudar a conscientizar seus colegas de profissão nesta, que é uma luta de todos nós para o engrandecimento da nossa nobre profissão”, diz Marques.



Para elucidar ainda mais as emergências médicas no consultório odontológico, a ABO irá lançar em outubro o livro do Dr. Ivan Marques, “Socorro Básico de Emergência na Clínica Odontológica – Atendimento a pacientes com doenças orgânicas e em condições especiais”. “Gostaria de externar meus sinceros agradecimentos a esta instituição que se mostrou mais uma vez sensível às demandas dos profissionais cirurgiões dentistas”, afirma.







Primeiros procedimentos



As urgências e emergências médicas podem acontecer em qualquer lugar, no entanto, o consultório odontológico propicia situações inesperadas, “pois é um ambiente estressante e o profissional faz uso de fármacos que podem desencadear situações emergenciais”. Além do conhecimento, a serenidade do profissional também é um ingrediente indispensável, de acordo com o Dr. Ivan: “Caso seu paciente se sinta inseguro durante o episódio, com certeza o quadro se agravará”.



Nas situações em que o paciente encontra-se, aparentemente, desmaiado, geralmente, é o socorrista que se estressa, “a ponto muitas vezes de realizar procedimentos que poderiam levar a situações até irreversíveis”. O professor de emergências médicas lembra: “A arreatividade por parte da vítima não significa, necessariamente, que ela esteja morta”. E explica o procedimento correto: “O profissional deve determinar a presença de pulso carotídeo ou femoral e a observação da frequência respiratória através do movimento do tórax, promovido pelo diafragma, que é o principal músculo da respiração. Devemos também observar alterações pupilares”. Como observação, ele esclarece: “As pupilas não poderão se alterar durante o ato da anestesia, a menos que se faça uma injeção infraorbitária”.



Toda vítima de mal súbito deve ser investigada, posteriormente, pelo médico assistente. O cirurgião-dentista deverá prestar o socorro básico de emergência. “A princípio, logo no início do ocorrido e na maioria dos casos, deve-se flexionar a cabeça do paciente até os joelhos, para melhorar a irrigação sanguínea para o cérebro, monitorar pulso carotídeo e a respiração e observar alterações pupilares”, diz.



Em situações de emergências médicas, segundo o professor, não se deve sentir o pulso radial. “O pulso carotídeo é o que nos indica a irrigação sanguínea cerebral, pois a morte não é cardíaca, a morte é cerebral”, enfatiza, acrescentando que não devem ser usados espelhos bucais para verificação da respiração, prática comum entre os profissionais da Odontologia: “Paciente sem pulso carotídeo ou femoral e sem movimentos respiratórios encontram-se em PCR [parada cardiorrespiratória]”.



Porém, se o paciente é hipotenso ou é usuário crônico de beta-bloqueadores (remédios usados para a diminuição da contração do músculo cardíaco), deve haver uma atenção maior. Isso porque, de acordo com Marques, esse tipo de paciente possui pulso radial muito fraco. “Pode-se imaginar que a vítima esteja sem pulso e praticar de forma equivocada a massagem cardíaca, ato que poderia levar a consequências inesperadas, inclusive ao óbito. Não se faz compressões torácicas em pessoas com pulso e que estejam respirando”, alerta.







Parada cardiorrespiratória



“A PCR, fisiologicamente, é diferente nos pacientes adultos e nas crianças”, afirma o professor, que continua explicando: “Pacientes adultos e acima de 12 anos, que são considerados adultos nessas condições, geralmente, morrem em fibrilação ventricular, nestas condições o coração costuma ter uma frequência acima de 300 batimentos por minuto, inviabilizando a realização de suas funções fisiológicas. Portanto, deve-se acionar o socorro pedindo o desfibrilador [DEA] e, enquanto o socorro não chega, proceder a massagem cardíaca a tórax fechado, socorro básico de emergência”.



Quando uma criança respira com dificuldade, “ela usa a musculatura acessória da respiração, portanto, o ‘batimento da asa do nariz’ é um sinal indicativo que a criança poderá entrar em PCR”. Então, caso o cirurgião-dentista perceba que a criança apresenta esses sinais, deverá observá-la atentamente, sem demonstrar inquietação ou nervosismo. “Nesses casos, o profissional deverá suspender seus procedimentos e encaminhar o paciente ao hospital. Crianças, geralmente, entram em PCR quando apresentam doenças do aparelho respiratório, portanto, deverão ser inquiridas durante a anamnese e o exame físico. Caso ocorra a PCR, o profissional deve fazer as compressões torácicas, que, geralmente, é o suficiente para que volte às funções fisiológicas”, indica Marques.







Pacientes especiais



“Costumo dizer nos cursos que ministro, que todo paciente é especial, pois como as nossas digitais, não existe uma pessoa igual à outra”, inicia o Dr. Ivan. “Entretanto, pacientes que se apresentam com doenças orgânicas, como diabetes, hipertensão, cardiopatias, etc., deverão ser tratados de maneira a atender suas necessidades inerentes à sua entidade mórbida”, continua.



Os pacientes idosos também devem receber atenção antes de qualquer tratamento. “Nós somos um corpo que tem uma boca e não uma boca que tem um corpo, por isso, quando atendemos pacientes idosos, atendemos uma pessoa cuja fisiologia é totalmente diferente de uma pessoa que tenha menos de 60 ou 65 anos”, lembra. Ele enfatiza que os idosos deverão ser atendidos na presença de familiares ou cuidadores, e o cirurgião-dentista deve conhecer seu histórico de saúde – contado pelo idoso na presença da pessoa responsável. “Procure atendê-los, preferencialmente, à tarde quando forem hipertensos, cardiopatas, anginosos ou que possuam duas ou mais doenças. Os diabéticos deverão ser atendidos, se possível, no meio da manhã. Evite atendê-los no final da tarde”, sugere o professor.







Socorro médico



O Socorro Básico de Emergência é uma atitude que se deve ter com qualquer vítima antes da chegada do SAMU ou similar. “Quando iniciei minha residência no Hospital das Clínicas de São Paulo, o professor titular me alertou: ‘O importante é o que se faz no momento do episódio, pois as emergências, geralmente, são situações que se agravam a cada minuto, principalmente em PCR e AVC’”, lembra Marques. Portanto, após serem realizadas as primeiras manobras pelo profissional, deve-se acionar o auxílio médico. “Caso o cirurgião-dentista esteja acompanhado de assistente ou de outra pessoa no consultório, a chamada deverá ser realizada juntamente com a realização do socorro básico. A demora do resgate é sempre imprevisível, podendo demorar cinco minutos ou mesmo nem chegar. Eu já vivenciei esta situação. Mais uma vez, reitero que se deve conhecer o socorro básico para poder minimizar as possíveis sequelas”, ressalta.







Relação entre dentista e médico



O cirurgião-dentista atende todos os tipos de pacientes diariamente, portanto, segundo Marques, “muitas vezes precisa consultar o médico assistente ou mesmo a literatura específica, para poder receitar de forma correta e atender os pacientes em horários apropriados”, evitando, assim, iatrogenias e situações imprevistas. “Não é ‘feio’ consultar anotações ou livros durante uma consulta, desde que não esteja na presença do paciente. Em situações emergenciais, isso não é permitido, pois não se deve sair da presença da vítima até a completa resolução do caso”, lembra.



O professor não aceita a dissociação entre a Medicina e a Odontologia, embora ele admita que exista. “O cirurgião-dentista fica vulnerável a iatrogenias e emergências médicas, pois se o profissional não possui conhecimento médico, como poderá simplesmente através de perguntas conhecer seu paciente, baseado na premissa de que o próprio paciente não se conhece? Em um futuro próximo, poderá haver uma fusão natural entre as escolas médicas e odontológicas, como já existe em outros países”, acredita.



Enquanto a atual realidade separa as especialidades, ele sugere que o cirurgião-dentista tenha, sim, contato com o outro profissional de saúde para esclarecer dúvidas e entender mais seus pacientes. “Quando uma pessoa tem problemas cardíacos ela procura um cardiologista, caso a doença seja de ordem emocional, um psiquiatra ou psicólogo, e por aí vai. No entanto, o dentista atende todos esses pacientes, às vezes apenas em um dia de trabalho. Por este motivo, ele deverá ter conhecimento das diversas situações e também se aconselhar com colegas médicos, dentistas, psicólogos ou outros profissionais da área para poder realizar suas atribuições com destreza e segurança”, aconselha.







Kit de emergência



Todo consultório odontológico deve ter um Suporte de Atendimento Básico de Emergência (Sabe), segundo o Dr. Ivan, mas ainda são poucos os cirurgiões-dentistas que se propõem a adquirir o kit. “Deveria existir uma lei nesse sentido, pois o consultório muitas vezes se transforma em uma verdadeira sala cirúrgica. Não são raras as vezes em que sou convidado a participar de cirurgias em consultório para que possa levar meu ‘Sabe’ para eventuais intervenções”, conta. “Os equipamentos e drogas do kit são o mínimo necessário para se atender situações imprevistas, no entanto, só deverão ser usados por profissionais devidamente habilitados”, complementa.



Os equipamentos e fármacos necessários no consultório odontológico para o atendimento emergencial:



■Ambu.

■Estetoscópio e esfignomanômetro.

■Cilindro de oxigênio.

■Cânula de Guedel e de traqueotomia.

■Seringa de insulina.

■Bisturi e cabo de bisturi.

■Oxímetro.

■Adrenalina.

■Anti-histamínicos.

■Captopril 12,5 mg.

■Hidroclorotiazida 25 mg.

■Dramin B6.

■Soro fisiológico.

■AAS infantil.

■Isordil.

■Sachê de leite condensado ou glicose 50% (para casos de hipoglicemia).

Por: Dr. Ivan Haidamus Sodré Marques é cirurgião-dentista, autor de publicações sobre emergências médicas e doenças orgânicas e professor de cursos, como o “Emergências Médicas”, da Associação Brasileira de Odontologia (ABO). E-mail: profivanhaidamus@hotmail.com.





Fonte:http://www.odontomagazine.com.br/2013/10/28/emergencias-no-consultorio-odontologico/

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Centenário do Poeta Viícius de Moraes (19.10.1913 - 19.10.2013)

Vinicius de Moraes

"São demais os perigos desta vida
Pra quem tem paixão principalmente
Quando uma lua chega de repente
E se deixa no céu, como esquecida
E se ao luar que atua desvairado
Vem se unir uma música qualquer
Aí então é preciso ter cuidado
Porque deve andar perto uma mulher..."

O biógrafo de Vinicius, José Castello, autor do excelente livro "Vinicius de Moraes: o Poeta da Paixão - uma biografia" nos diz que o poeta foi um homem que viveu para se ultrapassar e para se desmentir. Para se entregar totalmente e fugir, depois, em definitivo. Para jogar, enfim, com as ilusões e com a credulidade, por saber que a vida nada mais é que uma forma encarnada de ficção. Foi, antes de tudo, um apaixonado — e a paixão, sabemos desde os gregos, é o terreno do indomável. Daí porque fazer sua biografia era obra ingrata.

Dele disse Carlos Drummond de Andrade: "Vinicius é o único poeta brasileiro que ousou viver sob o signo da paixão. Quer dizer, da poesia em estado natural".  "Eu queria ter sido Vinicius de Moraes". Otto Lara Resende assim o definiu: "Manuel Bandeira viveu e morreu com as raízes enterradas no Recife. João Cabral continua ligado à cana-de-açúcar. Drummond nunca deixou de ser mineiro. Vinicius é um poeta em paz com a sua cidade, o Rio. É o único poeta carioca". Mas ele dizia nada mais ser que "um labirinto em busca de uma saída".

O que torna Vinicius um grande poeta é a percepção do lado obscuro do homem. E a coragem de enfrentá-lo. Parte, desde o princípio, dos temas fundamentais: o mistério, a paixão e a morte. Quando deixa a poesia em segundo plano para se tornar show-man da MPB, para viver nove casamentos, para atravessar a vida viajando, Vinicius está exercendo, mais que nunca, o poder que Drummond descreve, sem conseguir dissimular sua imensa inveja: "Foi o único de nós que teve a vida de poeta".

Marcus Vinitius da Cruz e Mello Moraes aos nove anos de idade parece que pressente o poeta: vai, com a irmã Lygia ao cartório na Rua São José, centro do Rio, e altera seu nome para Vinicius de Moraes. Nascido em 19-10-1913, na Rua Lopes Quintas, 114 — bairro da Gávea, na Cidade Maravilhosa, desde cedo demonstra seu pendor para a poesia. Criado por sua mãe, Lydia Cruz de Moraes, que, dentre outras qualidades, era exímia pianista, e ao lado do pai, Clodoaldo Pereira da Silva Moraes, poeta bissexto, Vinicius cresce morando em diversos bairros do Rio, infância e juventude depois contadas em seus versos, que refletiam o pensamento da geração de 1940 em diante.

Em 1916, a família muda-se para a rua Voluntários da Pátria, 129, no bairro de Botafogo, passando a residir com os avós paternos, Maria da Conceição de Mello Moraes e Anthero Pereira da Silva Moraes.

No ano seguinte mudam-se para a rua da Passagem, 100, no mesmo bairro. Nasce seu irmão Helius. Com a irmão Lydia, passa a freqüentar a escola primária Afrânio Peixoto, à rua da Matriz.

Em 1920, por disposição de seu avô materno, é batizado na maçonaria, cerimônia que lhe causaria grande impressão.

Após três outras mudanças, em 1922 a família transfere-se para a Ilha do Governador, na praia de Cocotá, 109-A.

Faz sua primeira comunhão na Matriz da rua Voluntários da Pátria, no ano seguinte.

Em 1924, inicia o Curso Secundário no Colégio Santo Inácio, na rua São Clemente. Começa a cantar no coro do colégio nas missas de domingo, criando fortes laços de amizade com seus colegas Moacyr Veloso Cardoso de Oliveira e Renato Pompéia da Fonseca Guimarães, este sobrinho de Raul Pompéia. Participa, como ator, em peças infantis.

Torna-se amigo dos irmãos Paulo e Haroldo Tapajóz, em 1927, com os quais começa a compor. Com eles, e alguns colegas do colégio, forma um pequeno conjunto musical que atua em festinhas, em casas de famílias conhecidas.

Compõe, no ano seguinte, com os irmãos Tapajóz, "Loura ou morena" e "Canção da noite", que têm grande sucesso.  Nessa época, namora invariavelmente todas as amigas de sua irmã Laetitia.

A família volta a morar na rua Lopes Quintas em 1929, ano em que Viniciusbacharela-se em Letras no Santo Inácio. No ano seguinte entra para a faculdade de Direito da rua do Catete, sem vocação especial. Defende tese sobre a vinda de d. João VI para o Brasil, para ingressar no "Centro Acadêmico de Estudos Jurídicos e Sociais" (CAJU), tornando-se amigo de Otávio de Faria, San Thiago Dantas, Thiers Martins Moreira, Antônio Galloti, Gilson Amado, Hélio Viana, Américo Jacobina Lacombe, Chermont de Miranda, Almir de Andrade e Plínio Doyle.

Em 1931, entra para o Centro de Preparação de Oficiais da Reserva (CPOR).

Forma-se em Direito e termina o Curso de Oficial da Reserva, em 1933. Estimulado por Otávio de Faria, publica seu primeiro livro, O caminho para a distância, na Schimidt Editora.

Forma e exegese, seu livro de poesias lançado em 1935, ganha o prêmio Felipe d'Oliveira.

Em 1936, substitui Prudente de Moraes Neto como representante do Ministério da Educação junto à Censura Cinematográfica. Publica, em separata, o poema "Ariana, a mulher". Conhece o poeta Manuel Bandeira e Carlos Drummond de Andrade, dos quais se torna amigo.

Em 1938, é agraciado com a primeira bolsa do Conselho Britânico para estudar língua e literatura inglesas na Universidade de Oxford, para onde parte em agosto daquele ano. Trabalha como assistente do programa brasileiro da BBC. Conhece, então, na casa de Augusto Frederico Schmidt, o poeta e músico Jayme Ovalle, de quem se tornaria um dos maiores amigos. Instado por outro grande amigo, Otávio de Faria, a se tornar um poeta mais com os pés no chão, e não o "inquilino do sublime" como, então, o chamou, lança Novos Poemas. Seguindo esta mesma linha, são lançados, posteriormente, Cinco Elegias, em 1943, e Poemas, Sonetos e Baladas, escrito em 1946, que já começam a  mostrar o poeta sensual e lírico, mas, como ele próprio disse, um "poeta do cotidiano".

No ano seguinte, casa-se por procuração com Beatriz Azevedo de Mello. No final desse ano, retorna ao Brasil devido à eclosão da II Grande Guerra. Parte da viagem é feita em companhia de Oswald de Andrade.

O ano de 1940 marca o nascimento de sua primeira filha, Suzana. Torna-se amigo de Mário de Andrade.

Estréia como crítico de cinema e colaborador no Suplemento Literário do jornal "A Manhã", em companhia de Cecília Meireles, Manuel Bandeira e Afonso Arinos de Melo Franco, sob a orientação de Múcio Leão e Cassiano Ricardo, em 1941.

Em 1942, nasce seu filho Pedro. Favorável ao cinema silencioso, Vinicius inicia um debate sobre o assunto com Ribeiro Couto, que depois se estende à maioria dos escritores brasileiros mais em voga, e do qual participam Orson Welles e madame Falconetti. A convite do então prefeito de Belo Horizonte (MG), Juscelino Kubitschek, chefia uma caravana de escritores brasileiros àquela cidade, onde se liga por amizade a Hélio Pelegrino, Paulo Mendes Campos, Fernando Sabino e Otto Lara Resende.  Juntamente com Rubem Braga e Moacyr Werneck de Castro, inicia a roda literária do Café Vermelhinho, no Rio de Janeiro, à qual se misturam a maioria dos jovens arquitetos e artistas plásticos da época, como Oscar Niemeyer, Carlos Leão, Afonso Reidy, Jorge Moreira, José Reis, Alfredo Ceschiatti, Santa Rosa, Pancetti, Augusto Rodrigues, Djanira e Bruno Giorgi, entre outros. Conheceu a escritora argentina Maria Rosa Oliveira e, através dela, Gabriela Mistral. Freqüenta as domingueiras na casa de Aníbal Machado. Ainda nesse ano, faz extensa viagem ao Nordeste do Brasil acompanhando o escritor americano Waldo Frank, a qual muda radicalmente sua visão política, tornando-se um antifacista convicto. Na estada em Recife, conhece o poeta João Cabral de Melo Neto, de quem se tornaria, depois, grande amigo.

No ano seguinte, ingressa, por concurso, na carreira diplomática. Publica Cinco Elegias em edição mandada fazer por Manuel Bandeira, Aníbal Machado e Otávio de Faria.

Dirige, em 1944, o Suplemento Literário de "O Jornal", onde lança, entre outros, Pedro Nava, Francisco de Sá Pires, Oscar Niemeyer, Carlos Leão, Marcelo Garcia e Lúcio Rangel, em colunas assinadas, e publica desenhos de artistas plásticos até então pouco conhecidos, como Athos Bulcão, Maria Helena Vieira da Silva, Alfredo Ceschiatti, Carlos Scliar, Eros (Martin) Gonçalves e Arpad Czenes.

Em 1945, um grande susto: sofre grave desastre de avião na viagem inaugural do hidro "Leonel de Marnier", perto da cidade de Rocha, no Uruguai. Em sua companhia estão Aníbal Machado e Moacyr Werneck de Castro. Colabora com vários jornais e revistas, como articulista e crítico de cinema. Escreve crônicas diárias para o jornal "Diretrizes". Faz amizade com o poeta chileno Pablo Neruda.

No ano de 1946, assume seu primeiro posto diplomático: vice-consul do Brasil em Los Angeles, Califórnia (USA). Ali permanece por quase cinco anos, sem retornar ao seu país. Publica, em edição de luxo, com ilustrações de Carlos Leão, seu livro, Poemas, sonetos e baladas.
Vinicius, amante da sétima arte, inicia seus estudos de cinema com Orson Welles e Gregg Toland.  Lança, com Alex Viany, a revista Film, em 1947.

Em 1949, João Cabral de Melo Neto tira, em sua prensa manual, em Barcelona, uma edição de cinqüenta exemplares de seu poema Pátria Minha.
Visita o poeta Pablo Neruda, no México, que se encontrava gravemente enfermo. Ali conhece o pintor Diogo Siqueiros e reencontra o pintor Di Cavalcanti. Morre seu pai. Volta ao Brasil, em 1950.

No ano seguinte, casa-se, pela segunda vez, com Lila Maria Esquerdo e Bôscoli. A convite de Samuel Wainer, começa a colaborar no jornal "Última Hora", como cronista diário e posteriormente crítico de cinema.

Em 1952, é nomeado delegado junto ao Festival de Punta del Este, fazendo paralelamente sua cobertura para "Última Hora". Terminado o evento, parte para a Europa, encarregado de estudar a organização dos festivais de cinema de Cannes, Berlim, Locarno e Veneza, no sentido da realização do Festival de Cinema de São Paulo, dentro das comemorações do IV Centenário da cidade. Em Paris, conhece seu tradutor francês, Jean Georges Rueff, com quem trabalha, em Estrasburgo, na tradução de suas  Cinco Elegias. Sob encomenda do diretor Alberto Cavalcanti, com seus primos Humberto e José Francheschi, visita, fotografa e filma as cidades mineiras que compõem o roteiro do Aleijadinho, com vistas à realização de um filme sobre a vida do escultor.

Em 1953, nasce sua filha Georgiana. Compõe seu primeiro samba, música e letra, "Quando tu passas por mim". Faz crônicas diárias para o jornal "A Vanguarda" e colabora no tablóide semanário "Flan", de "Última Hora". Parte para Paris como segundo secretário de Embaixada. Escreve Orfeu da Conceição, obra que seria premiada no Concurso de Teatro do IV Centenário da Cidade de São Paulo no ano seguinte, e que teve montagem teatral em 1956, com cenários de Oscar Niemeyer. Posteriormente transformada em filme (com o nome de Orfeu negro) pelo diretor francês Marcel Camus, em 1959, obteve grande sucesso internacional, tendo sido premiada com a Palma de Ouro no Festival de Cannes e com o Oscar, em Hollywood, como o melhor filme estrangeiro do ano. Nesse filme acontece seu primeiro trabalho com Antônio Carlos Jobim (Tom Jobim).

Sai da primeira edição de sua Antologia Poética. A revista "Anhembi" publicaOrfeu da Conceição, em 1954.

No ano seguinte, compõe, em Paris, uma série de canções de câmara com o maestro Cláudio Santoro.  Começa a trabalhar para o produtor Sasha Gordine, no roteiro do filme Orfeu negro. Volta ao Brasil em curta estada, buscando obter financiamento para a realização do filme. Diante do insucesso da missão, retorna a Paris em fins de dezembro.

Em 1956, retorna à pátria, no gozo de licença-prêmio. Nasce sua filha, Luciana. A convite de Jorge Amado, colabora no quinzenário "Para Todos", onde publica, na primeira edição, o poema O operário em construção. A peçaOrfeu da Conceição é encenada no Teatro Municipal, que aparece também em edição comemorativa de luxo, ilustrada por Carlos Scliar. As músicas do espetáculo são de autoria de Antônio Carlos Jobim, dando início a uma parceria que, tempos depois, com a inclusão do cantor e violonista João Gilberto, daria início ao movimento de renovação da música popular brasileira que se convencionou chamar  de bossa nova. Retorna ao posto, em Paris, no final do ano.

Publica Livro de Sonetos, em edição de Livros de Portugal, em 1957. É transferido da Embaixada em Paris para a Delegação do Brasil junto à UNESCO. No final do ano é transferido para Montevidéu, regressando, em trânsito, ao Brasil.

Em 1958, sofre um grave acidente de automóvel. Casa-se com Maria Lúcia Proença. Parte para Montevidéu. Sai o LP "Canção do amor demais", de músicas suas com Antônio Carlos Jobim, cantadas por Elizete Cardoso. No disco ouve-se, pela primeira vez, a batida da bossa nova, no violão de João Gilberto, que acompanha a cantora em algumas faixas, entre as quais o samba "Chega de saudade", considerado o marco inicial do movimento.

1959 marca o lançamento do LP "Por toda a minha vida", de canções suas com Jobim, pela cantora Lenita Bruno. Casa-se sua filha Susana.

No ano seguinte, retorna à Secretaria de Estado das Relações Exteriores. Em novembro, nasce seu neto Paulo. Sai a segunda edição de sua Antologia Poética, uma edição popular da peça Orfeu da Conceição  e Recette de femme et autres poèmes, tradução de Jean-Georges Rueff.

Começa a compor com Carlos Lyra e Pixinguinha. Aparece Orfeu negro, em tradução italiana de P. A. Jannini, em 1961.

Dá início à composição de uma série de afro-sambas, em parceria com Baden Powell, entre os quais "Berimbau" e "Canto de Ossanha". Com Carlos Lyra, compõe as canções de sua comédia musicada Pobre menina rica. Em agosto desse ano, 1962, faz seu primeiro show, que obteve grande repercussão, ao lado de Jobim e João Gilberto, na boate "Au Bon Gourmet", iniciando a fase dos "pocket-shows", onde foram lançados grandes sucessos internacionais como "Garota de Ipanema" e "Samba da benção". Na mesma boate, faz apresentação com Carlos Lyra para apresentar "Pobre menina rica", ocasião em que é lançada a cantora Nara Leão. Compõe, com Ary Barroso, as últimas canções do grande mestre da MPB, como "Rancho das Namoradas". É lançado o livro Para viver um grande amor. Grava, como cantor, um disco com a atriz e cantora Odete Lara.

Em 1963, inicia uma parceria que produziria grandes sucessos com Edu Lobo. Casa-se com Nelita Abreu Rocha e retorna a Paris, assumindo posto na Delegação do Brasil junto à UNESCO.

No início da revolução de 1964, retorna ao Brasil e colabora com crônicas semanais para a revista "Fatos e Fotos", ao mesmo tempo em que assinava crônicas sobre música popular para o "Diário Carioca". Começa a compor com Francis Hime. Com Dorival Caymmi, participa de show muito sucesso na boate Zum-Zum, onde lança o Quarteto em Cy. Desse show é feito um LP.

1965 marca o lançamento de Cordélia e o peregrino, em edição do Serviço de Documentação do Ministério de Educação e Cultura. Ganha o primeiro e segundo lugares do I Festival de Música Popular de São Paulo, da TV Record, em canções de parceria com Edu Lobo e Baden Powell. Parte para Paris e St. Maxime para escrever o roteiro do filme "Arrastão". Indispõem-se com o diretor e retira suas músicas do filme. Parte de Paris para Los Angeles a fim de encontrar-se com Jobim. Muda-se de Copacabana para o Jardim Botânico, à rua Diamantina, 20. Começa a trabalhar no roteiro do filme "Garota de Ipanema", dirigido por Leon Hirszman. Volta ao show com Caymmi, na boate Zum-Zum.

No ano seguinte é lançado o livro Para uma menina com uma flor. São feitos documentários sobre o poeta pelas televisões americana, alemã, italiana e francesa. Seu "Samba da benção", em parceria com Baden Powell, é incluído, em versão do compositor e ator Pierre Barouh, no filme "Un homme... une femme", vencedor do Festival de Cannes do mesmo ano. Vinicius participa do juri desse festival.

Em 1967, sai a sexta edição de sua Antologia Poética e a segunda de Livro de Sonetos (aumentada). Faz parte do júri do Festival de Música Jovem, na Bahia. Ocorre a estréia do filme "Garota de Ipanema". É colocado à disposição do governo de Minas Gerais no sentido de estudar a realização anual de um Festival de Arte em Ouro Preto.

Falece sua mãe, em 25 de fevereiro de 1968. Aparece a primeira edição de suaObra Poética. Seus poemas são traduzidos para o italiano por Ungaretti.

Em 1969, é exonerado do Itamaraty. Casa-se com Cristina Gurjão, com quem tem uma filha chamada Maria.

No ano seguinte, casa-se com a atriz baiana Gesse Gessy. Inicia parceria com o violonista Toquinho.

Em 1971, muda-se para Salvador, Bahia. Viaja pela Itália, numa espécie de auto-exílio. No ano seguinte, com Toquinho, lança naquele país o LP "Per vivere un grande amore".

A Pablo Neruda é lançado em 1973. Trabalha, no ano seguinte, no roteiro, não concretizado, do filme "Polichinelo". Participa de show com Toquinho e a cantora Maria Creuza, no Rio. Confirmando os boatos de que o governo o perseguia, excursiona pela Europa e grava dois discos na Itália com Toquinho, em 1975.

Em 1976, novo casamento, agora com Marta Rodrigues Santamaria. Escreve as letras de "Deus lhe pague", em parceria com Edu Lobo.

Participa de show na casa de espetáculos "Canecão", no Rio, com Tom Jobim, Toquinho e Miúcha.  Grava um LP em Paris, com Toquinho, em 1977.

No ano seguinte, excursiona com Toquinho pela Europa. Casa-se com Gilda de Queirós Matoso.

Em 1979, participa de leitura de poemas no Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo do Campo (SP), a convite do líder sindical Luiz Inácio Lula da Silva. Voltando de viagem à Europa, sofre um derrame cerebral no avião. Perdem-se, na ocasião, os originais de Roteiro lírico e sentimental da Cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro.
No dia 17 de abril de 1980, é operado para a instalação de um dreno cerebral. Morre, na manhã de 09 de julho, de edema pulmonar, em sua casa na Gávea, em companhia de Toquinho e de sua última mulher. Extraviam-se os originais de seu livro O deve e o haver.
Lançado postumamente, no  Livro de Letras, publicado em 1991, estão mais de 300 letras de músicas de autoria de Vinícius, com melodias suas e de um sem número de compositores, ou parceirinhos, como carinhosamente os chamava.

Em 1992, é lançado um livro que hibernou anos junto ao poeta: Roteiro Lírico e Sentimental da Cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro, onde Nasceu, Vive em Trânsito e Morre de Amor o Poeta Vinicius de Moraes.
No ano seguinte, uma coletânea de poesias é publicada no livro As Coisas do Alto - Poemas de Formação, mostrando a processo de formação do poeta, que é uma descida do topo metafísico à solidez do cotidiano.

Em 1996, é lançado livro de bolso com o título Soneto de Fidelidade e outros poemas, a preços populares. Essa publicação fica diversas semanas na lista dos mais vendidos, o que vem mostrar que mesmo após 16 anos de seu desaparecimento, sua poesia continuava viva entre nós.

Em 2001, a industria de perfumes Avon lança a "Coleção Mulher e Poesia - por Vinicius de Moraes", com as fragrâncias "Onde anda você", "Coisa mais linda", "Morena flor" e "Soneto de fidelidade".

Inconstante no amor (seus biógrafos dizem que teve, oficialmente, 09 mulheres), um dia foi questionado pelo parceiro Tom Jobim: "Afinal, poetinha, quantas vezes você vai se casar?".

Num improviso de sabedoria, Vinicius respondeu: "Quantas forem necessárias."

No dia 08/09/2006, é homenageado pelo governo brasileiro com sua reintegração post mortem aos quadros do Ministério das Relações Exteriores, ocasião em que foi inaugurado o "Espaço Vinicius de Moraes" no Palácio do Itamaraty - Rio de Janeiro (RJ).

Fonte: http://www.releituras.com/viniciusm_bio.asp

quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Como prevenir gengivite com o uso de aparelho ortodôntico

O uso de dispositivos ou aparelhos ortodônticos, especialmente os fixos, requerem atenção e cuidados redobrados de higiene e é muito comum ocorrer gengivite (inflamação na gengiva) em crianças, jovens, adultos portadores de aparelho, desde que tenham pouco cuidado com a limpeza bucal.
Isto porque, com o aparelho dentro da boca, tem-se maior número de superfícies para reter não só os restos alimentares, como a placa bacteriana que, como o próprio nome indica, é muito rica em microorganismos.
Assim, o acúmulo de placa no dente, no aparelho, entre o dente e a gengiva, acaba acarretando uma inflamação com sangramento, que pode levar a um verdadeiro e sério adoecimento da gengiva.
Some-se a esse quadro o fato de que o aparelho se constitui em um obstáculo para a auto-limpeza, isto é, aquela limpeza que a própria boca dá conta de fazer com os lábios e com a língua – a autóclise -, quando da mastigação dos alimentos.
Também é preciso considerar que a própria presença do aparelho dificulta, ao menos em parte, a técnica de escovação.
A grande dica é que a escovação deve ser feita com bastante calma, levando a escova a passear por todos os lados dos dentes, na região da gengiva e nas reentrâncias do aparelho. Além disso, importante também conferir sempre, no espelho, se os dentes estão realmente limpos e se o aparelho e as gengivas foram devidamente higienizados.
O uso do fio-dental é importante e auxilia bastante a limpeza das áreas que a escova dental não alcança. Com aparelho fixo, o fio-dental deve ser usado com cuidado, passando entre os dentes e o aparelho, com auxílio de passa-fio de plástico (instrumento auxiliar com orifício, por onde o fio-dental passa), orientador da passagem do fio nestes espaços.
Escovas do tipo unitufo, ou seja, as que contêm um chumaço único de cerdas, costumam ajudar nesta limpeza.
O aparelho removível também favorece o acúmulo de placa, tanto nos dentes, quanto nele próprio, podendo resultar na desmineralização do dente, perigo que pode ser evitado por uma boa limpeza na boca (dentes, gengivas e por dentro das bochechas) e por igualmente eficaz escovação do aparelho, com creme dental.
A inflamação da gengiva também pode ser evitada, escovando-se os dentes, limpando aparelho e gengivas, depois de cada alimentação, usando-se soluções anti-sépticas, aromáticas e, à noite, após a última escovação, bochechos durante um minuto, de soluções que contenham fluoreto de sódio a 0,05%. No entanto, não basta apenas escovar os dentes, é preciso limpar toda a cavidade bucal, dedicando um pouco mais de tempo a esta tarefa, procurando sentir como é gostoso e agradável ter a boca limpa, livre de impurezas, lisa e cheirosa.
Seguidos esses simples preceitos de higiene, a gengiva vai estar sempre saudável, a boca perfumada, fresquinha e o aparelho bem cuidado. Crianças e adolescentes com aparelho e dentes sujos causam péssima impressão, exalam cheiro ruim e sentem gosto desagradável na boca, transformando o sorriso, que seria o carro-chefe da beleza facial, num pobre príncipe em andrajos.
Como limpar e cuidar dos aparelhos
A higiene do aparelho fixo é feita ao mesmo tempo em que se realiza a limpeza da boca: com cuidado, deixando as peças do aparelho limpas e brilhantes, sejam elas metálicas ou cerâmicas.
Com relação aos aparelhos removíveis, sempre que se escova os dentes e se limpa a boca, escova-se também o aparelho, segurando-o pela parte de resina, e nunca pelo fio metálico, para evitar que a força imprimida provoque deformação.
Existe no mercado pastilha efervescente para limpeza de aparelhos removíveis que, colocada em meio copo de água, deve banhar o aparelho por uma hora, removendo os resíduos nele impregnados.
Após isso, o aparelho é escovado, enxaguado e recolocado na boca. Um bom momento para se limpar o aparelho, com essas pastilhas, é na hora do almoço ou jantar, quando se aproveita o tempo para mergulhá-lo nesta solução de limpeza.
Às vezes o aparelho cai no chão, em pisos pouco limpos ou na terra. Neste caso, limpe-o com uma escova já colocada em desuso, ou seja, não a de uso normal, com detergente, e aplique, com auxílio de gaze ou algodão, uma boa quantidade de hipoclorito de sódio a 1%, o chamado Líquido de Dakin, ou água oxigenada 10 volumes.
Evite álcool ou substâncias que possam comprometer a resina do aparelho, que pode se tornar porosa e opaca, inviabilizando o seu uso. Do mesmo modo, nunca coloque água fervendo para desinfetar o aparelho, pois a alta temperatura distorce a resina, podendo também danificá-lo.
O melhor lugar para se guardar o aparelho removível é dentro da própria boca, porém, quando o ortodontista ou o odontopediatra reduzem o tempo de uso do dispositivo, ou ainda quando é preciso tirá-lo da boca por algum tempo, faz-se necessário acondicioná-lo dentro de caixas apropriadas, evitando guardá-lo no bolso ou em bolsas, que são locais em que o aparelho pode sofrer pressões e se deformar.
Depois da limpeza, recomendamos colocar uma solução anti-séptica bucal no aparelho e só depois reinstalá-lo na boca. A incrível sensação de bem-estar compensará, em muito, o trabalho despendido.
Fonte: Revista Dentalpress

Dr. Aníbal Ribeiro na TV Tribuna - Tema: Gengivite

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