segunda-feira, 25 de julho de 2011

Dica da Semana: Os cuidados com a Saúde bucal sobre pacientes oncológicos

   As várias modalidades do tratamento oncológico provocam manifestações na boca que podem ser prevenidas, tratadas e controladas pelo Dentista especializado nesta área: o Oncoestomatologista.
   A prevenção e o tratamento das doenças da boca devem se iniciar previamente a qualquer tipo de intervenção recomendada pelo Oncologista (cirurgia, radioterapia, quimioterapia, imunoterapia, etc.).
   A consulta odontológica inicial tem como objetivo identificar a presença de focos de infecção na boca, como cáries, infecções endodônticas (do “canal” dentário), infecções periodontais e outras doenças orais. Nesta consulta inicial o cirurgião-dentista - baseado na história clínica e oncológica detalhada, nos exames laboratoriais e de imagens, além de exame clínico odontológico - poderá definir o tratamento odontológico adequado para cada paciente. O planejamento das etapas do tratamento dentário deve ser sempre realizado em conjunto com a equipe médica oncológica. O momento ideal para o paciente procurar o cirurgião-dentista é,portanto, antes do início do tratamento oncológico.
   É muito importante que haja uma adequação saudável entre o meio bucal, através da eliminação de processos inflamatórios e infecciosos agudos e crônicos e uma orientação rigorosa da higiene a ser mantida com escovas, creme dental, soluções e produtos elaborados individualmente para cada caso.
    A cavidade oral e sua condição podem interferir de forma significativa no tratamento oncológico, uma vez que infecções orais podem evoluir para infecções sistêmicas, de difícil tratamento.
   As manifestações desagradáveis na boca provocadas pela quimioterapia e/ou radioterapia localizada aparecem imediatamente após o inicio do tratamento.

São elas:
· Dificuldade para falar, se alimentar e engolir provocadas pela diminuição da saliva e sensação de boca seca (xerostomia)
· Inflamação e dor na mucosa bucal (mucosite, glossite e aftas)
· Aumento de bactérias cariogenicas e periodontogenicas (cáries, gengivite e periodontite)
· Infecções oportunistas a fungos e vírus (candidiase e herpes).
As complicações orais mais comuns decorrentes do tratamento oncológico são a mucosite oral, xerostomia (“boca seca”), infecções oportunistas (causadas por microorganismos que pertencem à microflora normal do indivíduo e que se manifestam quando há uma queda na resistência ou baixa imunológica), alteração do paladar, neurotoxicidade, aumento da incidência de cárie, hipersensibilidade dentária, trismo (“dificuldade de abertura da boca”), osteorradionecrose e alterações das funções normais como deglutição, fala e capacidade de alimentação.

   O agravamento destes quadros poderá acarretar na paralisação do tratamento proposto e/ou internação hospitalar para recuperação do paciente.
  O Dentista especializado dispõe de recursos terapêuticos para se interpor na evolução das doenças secundárias induzidas pelo tratamento do câncer.
   Hoje em dia, muitos são os produtos oferecidos pelo mercado farmacêutico.

Dentre eles:
· Oral Balance, Salivan, etc. que podem substituir a saliva;
· Cremes dentais (com Flúor neutro)
· Enxaguatórios anti-inflamatórios, anti-tártaro, anti-cárie
· Soluções oxidantes
· Desagregantes bacterianos
· Outras formulações que poderão atenuar tais manifestações.


ALTERAÇÕES BUCAIS EM PACIENTES SUBMETIDOS À RADIOTERAPIA DE CABEÇA E PESCOÇO E/OU QUIMIOTERAPIA
 
Complicações bucais mais freqüentes da radioterapia de cabeça e pescoço, as quais dependem da dose, do tempo e do campo exposto à radiação: 

1 – Boca seca ou secura da boca (xerostomia), causada por diminuição da quantidade de saliva, desenvolvida em pacientes que são submetidos à radioterapia na região cabeça/pescoço onde as glândulas salivares são afetadas pela radiação. A xerostomia causa incomodo para falar e comer. Porém, o mais grave é que a falta de saliva diminui a proteção natural da boca e ela se torna mais vulnerável a infecções em geral, além de provocar mau hálito (halitose). 

2 – Cáries de radiação, causadas pela radioterapia e pela diminuição da proteção salivar.

3 – Inflamação dos tecidos que revestem a boca (mucosas), dando a sensação de queimação. Vermelhidão, úlceras (tipo aftas) e feridas na mucosa, que se estendem, com frequência na laringe e faringe. É chamada de mucosite.

4 – Alteração no paladar que pode estar relacionada a perdas de papilas gustativas.

5 – Necrose óssea causada por radiação (osteorradionecrose) em que o osso afetado fica com pouca irrigação sanguínea (hipovascularização), tornando-se suscetíveis a infecções e necrose.

   Complicações bucais mais freqüentes da quimioterapia: Deve-se a ação direta das drogas sobre os tecidos bucais epiteliais. Ocorre que a quimioterapia tem o objetivo de destruir as células cancerosas, porém infelizmente também atacam as células normais, interferindo em sua proliferação, provocando ação indireta decorrente da modificação de outros tecidos, inclusive da medula óssea.
   Em todas essas circunstâncias, é fundamental a presença do cirurgião-dentista. A preparação prévia do paciente, removendo possíveis focos infecciosos, como lesões periapicais (causadas pela necrose do nervo do dente), cáries e doenças das gengivas reduz significativamente todas estas intercorrências bucais.
A adequação da saúde bucal prévia, com restaurações dentárias, tratamento periodontal (gengiva) e controle de placa são fundamentais para o tratamento oncológico e prevenção de intercorrências.
   O acompanhamento odontológico durante e posteriormente ao tratamento oncológico controla os problemas bucais, reduz a possibilidade de dor, promove a cicatrização mais rápida de lesões como a mucosite, previne as infecções, favorece a alimentação por via oral, reduz ou evita o tempo de internação hospitalar e melhora de sua qualidade de vida posterior ao tratamento.


"Ações preventivas melhoram a qualidade da saúde bucal em pacientes com câncer
Consulta prévia com o dentista especializado em tratamento oncológico é fundamental"
(Dr. Romano Mancusi Sobrinho)
   O portador de câncer precisa ter atenção especial com a saúde bucal, segundo especialistas da área. Para o paciente com indicação de quimioterapia e também radioterapia, na região da cabeça e do pescoço, uma consulta prévia com o dentista especializado em tratamento oncológico é fundamental para assegurar a qualidade de vida e segurança, durante o tratamento, como aponta Romano Mancusi Sobrinho, dentista especializado em estomatologia do Instituto Paulista de Cancerologia (IPC), em São Paulo. De acordo com os estudos, cerca de 40% dos pacientes em quimioterapia podem apresentar algumas complicações como mucosite (inflamação da mucosa bucal), xerostomia (boca seca) e infecções. A indicação é que os pacientes admitidos em quimioterapia passem por uma consulta odontológica prévia. Na consulta, deve ser avaliado a saúde bucal, orientando sobre as possíveis reações adversas da quimioterapia. Em casos de mucosite, a utilização do laser (laserterapia) apresenta ótimos resultados.
   Conforme dados do IPC, alguns pacientes em tratamento quimioterápico são submetidos a drogas compostas por bifosfonatos. Estes componentes podem trazer benefícios como diminuição da dor e do crescimento tumoral. Durante o tratamento com bifosfonatos e após algum tempo, o paciente não pode passar por cirurgias orais com trauma ósseo, extrações e implantes. “O dentista que atua na área da oncologia pode orientar o paciente neste sentido e fazer um tratamento prévio se necessário”, diz Romano.

TRATAMENTO
   
Para quem já iniciou um tratamento de quimioterapia, antes de fazer uma avaliação da saúde bucal, não se preocupe. Romano diz que, “o tratamento odontológico não está contra indicado nos pacientes em quimioterapia, ao contrário, muitas vezes, é de grande importância para remover focos infecciosos e dolorosos que podem se tornar agudos e atrasar o tratamento oncológico. Porém, deve haver uma avaliação entre a necessidade do tratamento e o melhor momento para executá-lo. Nesta avaliação o contato com a equipe médica e exames complementares, como o hemograma, são de grande valor”. Ele enfatiza ainda que, “nos casos de quimioterapia, o tratamento sempre deve ser iniciado com remoção de focos infecciosos e de sangramento gengival, pois a quimioterapia poderá diminuir o número de glóbulos brancos e plaquetas no sangue, favorecendo a instalação de infecções e sangramentos, após essa adequação oral outros tratamentos podem ser realizados sempre com avaliação clínica e com exames laboratoriais”, declara. Segundo o profissional, “é importante ressaltar que trabalhos científicos mostram que efeitos colaterais da quimioterapia na boca, como a mucosite (ulcerações), são mais severos em pacientes com higiene e condição oral pobre.
    Já a radioterapia, quando envolve a região de cabeça e pescoço, o tratamento é mais intenso, pois os efeitos colaterais na boca não são transitórios, portanto a avaliação odontológica deverá ser constante e mais rigorosa desde o inicio do tratamento”. Romano comenta que, “instituições que ofereçam cursos de graduação em odontologia ou especialização em estomatologia, que é a especialidade da odontologia que atende esses pacientes, podem oferecer suporte nestes casos a custos bem baixos ou gratuitos”.

ALIMENTAÇÃO
   
O dentista informa que a alimentação tem ação direta na saúde bucal dos pacientes com câncer. “Os pacientes em quimioterapia e radioterapia de cabeça e pescoço tendem a ter fragilidade dos tecidos da boca, levando as feridas muito dolorosas que se não prevenidas e tratadas adequadamente influenciaram no tratamento oncológico e no bem estar do paciente. A alimentação inadequada, com muitos condimentos, alimentos ácidos, sal e bebidas alcoólicas favorecem o aparecimento destas lesões. A avaliação com o dentista e principalmente o nutricionista é extremamente importante”, finaliza.

 Fonte:

2- http://lr1.com.br/index.php?pagina=noticia&categoria=cidade&noticia=22408 (Dr. Romano Mancusi Sobrinho)
3- http://www.abcdasaude.com.br/artigo.php?711
4- http://www.artigonal.com/cotidiano-artigos/tratamento-odontologico-para-pacientes-com-cancer-a-importancia-de-uma-boca-saudavel-590687.html
5- http://www.dentalpress.com.br/noticias.php?id=9504

Espero ter contribuído,

Dr. Aníbal Ribeiro

terça-feira, 19 de julho de 2011

Dica da semana: ja ouviu falar em aparelhos (braquetes) de cristal ou safira?


 O Braquete é uma parte integrante do aparelho ortodôntico, é um suporte usado em tratamentos ortodônticos, são utilizados para controlar o posicionamento dos dentes durante o tratamento dental para corrigir dentes tortos, afastados e até encavalados. O Braquete pode ser confeccionado com diversos tipos de materiais, como cerâmica, safira, cristal, e metal que são os mais utilizados devido ao seu baixo custo, que o torna acessível a maior parte da população e a sua grande resistência e praticidade.

Porém para quem ainda não conhece os braquetes de Safira e Cristal, eles são feitos de um material que da clareza e transparência ao sorriso de quem necessita de tratamento odontológico. Muitas das pessoas não acham esteticamente agradáveis aquelas braquetes de metal, causando um certo constrangimento aos usuários, devido a isso os braquetes de safira e cristal dão transparência ao aparelho, deixando-o quase imperceptível.

Os braquetes são confeccionadas com safira e monocristalina, são materiais extremamente transparentes e também são bastante confortáveis devido aos cantos redondos que proporcionam um melhor conforto aos usuários de aparelhos e assim satisfazendo o paciente e o profissional responsável pela aplicação do aparelho.
 
Os braquetes de cristal e safira possuem um formato diferente das braquetes comuns utilizadas em aparelhos ortodônticos, são de tamanho menor e são mais confortáveis do que as braquetes de metal normalmente utilizadas pelos jovens, porém por serem esteticamente mais bonitas e confeccionadas com materiais mais resistentes e de difícil acesso, pode ocasionar em uma grande elevação ao custo total do tratamento. Fica a dica então para quem sempre quis começar o seu tratamento odontológico mais sempre teve vergonha de usar aquelas braquetes feias de metal agora você não terá mais problemas com isso.


Att,

Dr. Aníbal Ribeiro


quinta-feira, 14 de julho de 2011

Dica da semana: sua gengiva sangra? Saiba como tratar.



Prezados leitores,

Nossa dica da semana é sobre o sangramento gengival. Este quadro clínico é característico de uma doença da gengiva chamada GENGIVITE. Muitos pacientes, por terem sua gengiva sangrante param de usar o fio. É um grande ERRO. O fio dental não atua apenas na limpeza dos dentes e gengivas, mas também, no condicionamento desse tecido ou seja, seu contato faz com que a flacidez e o sangramento desapareçam em mais ou menos três semanas de uso contínuo do fio-dental.

Os artigos atuais comprovam: para se criar esta camada de proteção gengival é necessário uso do fio durante três semanas diariamente (3x ao dia). Caso o paciente deixe de usar o fio por três DIAS (72h) esta camada de proteção "vai embora", e o sangramento volta, tendo-se um novo quadro de gengivite.

Isto deve-se estar aliado a uma boa escovação e uso de um enxaguatório diário complementar a higienização.

Mais ainda, lembre-se de estar em dia com sua prevenção, ou seja, faça sua visita ao dentista de seis em seis meses para sua saúde bucal permanacer sempre ideal.

Espero ter contribuido.


Dr. Aníbal Ribeiro.
CRO-PE 8295

(81)3088-8482
Email: anibalguimaraes@hotmail.com

Dr. Aníbal Ribeiro na TV Tribuna - Tema: Gengivite

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