terça-feira, 26 de abril de 2011

CLAREAMENTO DENTÁRIO especialmente para o MÊS DAS NOIVAS!

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Dr. Aníbal Ribeiro

domingo, 24 de abril de 2011

Lesões cervicais e hipersensibilidade dentinária

por Dra. Tainara Karina Schneider



A hipersensibilidade dentinária em dentes com lesões cervicais é um problema constante e crescente na clínica odontológica.

A perda de estrutura dentinária na região cervical pode se dar por um processo de cárie, por abrasão, por erosão, por abfração ou pela associação de dois ou mais fatores.

A abrasão consiste na perda de substância dentária por desgaste, o que pode ocorrer por uma escovação exagerada na horizontal, com dentifrícios muito abrasivos e quando existe uma exposição radicular prévia. Outro mecanismo que pode provocar o desgaste das regiões cervicais dos dentes é a raspagem e curetagem durante o tratamento periodontal. A abrasão caracteriza-se por uma superfície dura, altamente polida, rasa, com contornos regulares e localizada em vestibular.

A erosão corresponde à perda de substância dentária por dissolução em ácidos de origem não bacteriana. Tem aspécto arredondado, rasa, ampla e sem borda definida. Os ácidos de origem exógena são encontrados nos alimentos, bebidas e medicamentos. Os de origem endógena, são trazidos do estômago (ácido clorídrico) para a boca por um processo denominado regurgitação. A erosão é geralmente generalizada, atingindo muitos ou todos os dentes. Os refrigerantes são um dos principais responsáveis pelas erosões, em geral

contém ácido fosfórico na sua composição (um dos responsáveis pelo sabor característico). Vinhos e frutas cítricas são outra fonte de ácidos na formação de erosões.

O tratamento no caso de abrasões e erosões consiste na conscientização do paciente de sua etiologia (utilização correta da escova, redução de alimentos e bebidas ácidas...) uso de dentifrícios fluorados e não abrasivos e bochechos diários com solução de fluoreto de Na à 0,05% e restaurações da lesão se necessário.

Já a abfração é uma lesão resultante de microfraturas do esmalte, provocados pela flexão do dente, em função de forças oclusais mal dirigidas. A fratura do esmalte se dá na região cervical por ser o local onde o momento flector é máximo, por ser região do dente com menor diâmetro, o que gera concentração de tensões, e ainda por ser a região de menor espessura do esmalte. Estas lesões se apresentam em forma de cunha, geralmente profundas e com margem bem definidas. A maior incidência está nos dentes inferiores e pode estar relacionada ao menor diâmetro coronário em cervical, quando comparado aos superiores. É possível, quando em um dente com abfração que apresenta perda óssea por doença periodontal, que o fulcro dentário se desloque apicalmente, A forma mais simples e eficiente de evitarmos o aparecimento de abfração em pré-molares e molares é montarmos ou criarmos uma eficiente desoclusão em caninos. A restauração só deve ser feita após a remoção do fator desencadeante da lesão.

As modernas resinas compostas (de micropartículas ou híbridas), associadas ao condicionamento ácido total e adesivos hidrofílicos são uma ótima opção para a restauração das lesões cervicais. Também podem ser usados os ionômeros e os compômeros.



MECANISMOS DE HIPERSENSIBILIDADE DENTINÁRIA



A sensibilidade pode ocorrer quando temos túbulos dentinários abertos e expostos ao meio bucal (na presença de um dos tipos de lesões cervicais descritos), e quando um estímulo provoca a movimentação do líquido existente nos túbulos dentinários o que exerce uma pressão sobre as terminações nervosas do plexo subodontoblástico (teoria da Hidrodinâmica – Garberoglio e Brännström).

A movimentação do líquido existente no túbulo dentinário pode se dar por:

- Aplicação de um jato de ar, ou mesmo pela respiração bucal, pois provocaria a evaporação do líquido com conseqüente movimentação.

- Presença de substâncias doces, que por serem hipertônicas, exercem uma pressão osmótica na dentina, movimentando assim o líquido dos túbulos em direção à substância doce.

- Passando a ponta do explorados na lesão cervical, que provocaria a movimentação de fluido, provavelmente por um mecanismo de vibração.

- Variação de temperatura, o que provocaria a contração em caso de frio, ou a expansão em caso de calor, do líquido existente no túbulo, com sua conseqüente movimentação.



DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL



Uma correta anamnese associada a um exame clínico e radiográfico cuidadoso permitem diferenciar a hipersensibilidade dentinária das outras patologias que acometem os dentes.

O teste com estímulo táctil empregando um explorador é simples e preciso ao diagnóstico da hipersensibilidade dentinária em que a dor é provocada, localizada, aguda e de curta duração e desaparece com a remoção do estímulo. A variação do grau de dor pode ser de nula a intensa, dependendo do período considerado.



OUTRAS SITUAÇÕES QUE PODEM APRESENTAR SENSIBILIDADE



- dente fraturado com dentina exposta;

- restaurações antigas com infiltração marginal (fratura marginal da restauração ou do dente)

- restaurações recém feitas (falha da técnica ou contrações do material restaurador em que permanece uma fenda entre a restauração e o dente).



TRATAMENTO



A sensibilidade dentinária pode apresentar cura espontânea, por remineralização pela saliva ou por formação de dentina reacional. Caso isso não ocorra, o tratamento lógico, consiste na obliteração dos túbulos dentinários, pelo emprego de substâncias que reajam com o Ca++ ou o PO4 – existente no líquido dos túbulos, e formem precipitações insolúveis que obliteram o túbulo. Algumas formas que se apresentam são: a utilização de sais de flúor que também pode ser usado na forma de vernizes (ex. : Duraphat), cloreto de estrôncio (ex.: dentifrício Sensodyne), oxalato de potássio (ex.: Oxa-Gel) e até adesivos dentinários. No entanto na presença de uma hipersensibilidade, estes tratamentos não funcionam, pois existe um componente extra, que é uma maior pressão intrapulpar, provocada por algum tipo de sobrecarga oclusal. Essa pressão maior faz com que o líquido se movimente em maior velocidade e assim dificulta a deposição de sais que deveriam obliterar os túbulos. O tratamento indicado então, é a eliminação das interferências oclusais, por um ajuste e/ou a criação de guias caninas inexistentes.



REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS



1. PEREIRA, J. C. Hipersensibilidade Dentinária. Aspectos clínicos e forma de tratamento. Maxi-Odonto: Dentística 1,2:1-24, março/abril, 1995.

2. BARATIERI, L.N. e Colab. Estética. Restaurações adesivas diretas em dentes anteriores fraturados. Quintessence, 1995.

3. BARATIERI, L.N. e Colab. Procedimentos Preventivos e Restauradores. Quintessence, 1995.

4. MONDELI, J. e Colab. Dentística Restauradora. Tratamentos Clínicos Integrados. Quintessence, 1984.

5. TODESCAN, F.F. e BOTTINO, M.A. Atualização na Clínica Odontológica: A prática da clínica geral. Artes Médicas, 1996.



Chupeta: bandida ou mocinha?

por  Adriana Modesto*; Maria Cristina Ferreira de Camargo**



* Professora-Assitente do Departamento de Odontopediatria e Ortodontia da FO-UFRJ e Coordenadora da Clínica de Bebês da Odontopediatria da FO-UFRJ.
** Professora Titular de Odontopediatria da FO-Araras (UNIARARAS)

 
 
Atualmente, a chupeta é uma peça que faz parte do enxoval de todo bebê. As diferentes marcas, formas, cores e desenhos têm despertado uma atração irresistível para as mamães, mas, ao mesmo tempo, se confundem, no momento da escolha. Criticada por uns e indicada por outros, seria a chupeta uma verdadeira vilã ou uma simples mocinha?

A resposta para essa pergunta dependerá de qual é a sua freqüência, intensidade e duração de uso. Se for usada freqüentemente e/ou por um período prolongado, determinará a instalação do hábito e poderá prejudicar a amamentação materna., causar mal posicionamentos dentários, desvios no crescimento dos maxilares, alterações na deglutição e fonação. Porém, se for utilizada na saúde oral do bebê e no desenvolvimento dos arcos osteodentários, não deverá interferir na atividade de sucção nutritiva.

No ciclo natural evolutivo do bebê de 0 a 6 meses deverá respirar bem, sugar e deglutir. A sucção é um impulso presente desde o nascimento, e servirá de treinamento para o segundo reflexo da alimentação: a mastigação. A sucção não visa somente a nutrição, mas também, a satisfação psicoemocional, de forma que cada bebê apresenta a sua necessidade individual de sucção que pode não ser satisfeita apenas com o aleitamento natural. Dessa forma, quando isso ocorre, a chupeta deverá ser usada racionalmente. Não deve ser oferecida, a qualquer sinal de desconforto, para acalmar o choro provocado por outros fatores, nem entendida como um artefato para apoio emocional, ou uma forma de lazer para a criança: não se recomenda que o bebê durma todo o tempo com a chupeta, devido a necessidade de manter a boca fechada, enquanto dorme, para criar uma memória muscular do contato entre os lábios e favorecer a correta respiração pelo nariz.

Mesmo entendendo a chupeta como um aparelho de sucção, que também poderá prevenir a sucção de dedo, é melhor que apresente as características mais anatômicas e funcionais possíveis para não provocar danos maiores na eventualidade de se formar um hábito. A chupeta deve ter o bico compatível com o tamanho da boca e com a idade do bebê. Além disso, é importante que a direção do longo eixo do bico esteja em uma posição inclinada para cima em relação ao apoio labial. Para os recém-nascidos, pode ser de látex ou de silicone e, para os bebês de baixo peso ou prematuros o tamanho do bico deve ser adequado, para não provocar um posicionamento incorreto com uma posteriorização da língua. O disco ou apoio labial deve ser de plástico firme e maior do que a boca do bebê para prevenir que a chupeta seja colocada inteira dentro da boca e para proporcionar uma vedação para que o bebê não coloque os lábios em cima do apoio. Deve ser recortado como um grão de feijão, para evitar uma conseqüente deformação na região anterior da arcada dentária e na base do nariz. Deve apresentar no mínimo dois furos de ventilação opostos com diâmetro de 5 mm e a distância do bico de 5 a 6 mm para favorecer a circulação de ar no rosto do bebê e prevenir irritações na pele causadas pelo acúmulo de saliva. Não precisa, obrigatoriamente, ter argola, podendo possuir apenas uma saliência para que a mãe possa puxar para estimular os exercícios de sucção ou para retirá-la da boca do bebê. Jamais deve ser amarrada ou pendurada ao redor do pescoço do bebê com fita, corrente ou fralda, pois além de haver risco de estrangulamento, pendurá-la e deixá-la acessível favorecerá a instalação do hábito.

Quando o bebê chora, por falta de sucção ou por necessidade de sugar mais, mesmo estando alimentado, a mãe deverá estimular a sucção colocando a chupeta lentamente em contato com o contorno dos lábios do bebê e com toques leves, para que o bico seja umedecido e haja estímulo para o reflexo. O bebê, então, começará a sugar e a mão deverá segurar a chupeta e puxá-la com movimentos leves, como se fosse par retirá-la da boca, estimulando a sucção. Ao realizar esses exercícios várias vezes, a musculatura facial já deverá ter trabalhado o suficiente e a função de sucção deverá ter sido concluída. O bebê não desejará mais a chupeta e o hábito não se instalará. Adicionalmente, vale ressaltar que a chupeta nunca deve ser mergulhada em substâncias doces, para evitar e instalação de doença cárie.

Para a segurança do bebê, o bico e o disco de plástico devem ser inspecionados freqüentemente para detecção de qualquer sinal de deterioração. Se o bico estiver inchado, rasgado ou pegajoso, a chupeta de ser trocada. Depois de cada uso, a mão deve verificar se o bico está bem preso ao disco de plástico para evitar acidentes.

É fundamental que os profissionais transmitam às mães a informação de que a chupeta deve ser utilizada exclusivamente como aparelho para complementar a sucção na fase em que o bebê necessita desse exercício funcional que é um estímulo benéfico ao crescimento e desenvolvimento dos arcos dentários. Por isso, é muito importante que as mães realmente a utilizem unicamente para satisfazer a sucção, obtendo com isso, apenas os seus efeitos desejáveis. Sendo assim, após o término da fase de sucção, a criança estará apta para as fases subseqüentes de crescimento e desenvolvimento, i.e., sorver e mastigar, de forma que obtenha posteriormente o equilíbrio neuromuscular e dentofacial desejado pelo profissional que o monitora.





O Cirurgião Dentista deve ficar atento aos sinais de Bulimia Nervosa.

por Flávia TravagliniO estereótipo da beleza atualmente exige mulheres cada vez mais magras. Em busca desses padrões, muitas pessoas exageram e cometem verdadeiros absurdos para adequarem-se à moda. Porém, nem sempre os excessos são apenas uma questão de vaidade.




O Ambulatório de Bulimia e Transtornos Alimentares do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (Ambulim) estima que, ao longo da vida, entre 0,5% e 4% das mulheres terá Anorexia Nervosa, e de 1% a 4,2% destas pacientes apresentará Bulimia Nervosa.

A parcela mais atingida são mulheres, que apresentam maior probabilidade de desenvolver transtornos alimentares. Os dados do Ambulim revelam que aproximadamente 30% dos obesos em tratamento apresenta descontrole alimentar com ingestão compulsiva de grandes quantidades de alimento, com sensação de perda de controle.

"A Anorexia é uma doença de adolescente e adulto jovem, que aparece geralmente entre os 12 e 18 anos de idade – 90% são meninas", explica o coordenador do Ambulim e professor de pós-graduação do Departamento de Psiquiatria da FMUSP, Taki Athanássios Cordás. "A paciente com Anorexia tem o peso abaixo do normal. E, apesar disso, busca sempre o emagrecimento. Ela corta a alimentação, usa laxantes, diuréticos e pratica exercícios físicos excessivamente. Mesmo estando extremamente magra, se reconhece ou se acha muito gorda."

Esta doença apresenta risco de mortalidade em torno de 5% a 15% dos casos, ao contrário da Bulimia, com índices ainda desconhecidos. Cordás explica que a Bulimia é uma doença de adulto jovem, na faixa entre 20 e 40 anos – 90% a 95% dos casos são mulheres. "São pessoas com o peso normal, mas que se preocupam excessivamente com o peso e com a imagem corporal. Passam o dia fazendo dieta ou jejum e, de repente, vão para a geladeira e comem tudo o que vêem pela frente. Se nós comemos uma média de 2.000 a 2.500 calorias por dia, uma pessoa com Bulimia pode comer de 5.000 a 15.000 calorias num episódio desses."

Depois da ingestão compulsiva e indiscriminada de grande quantidade de alimento em um curto período de tempo, o bulímico utiliza-se de métodos inadequados de compensação, esperando com isso eliminar as calorias ingeridas. "A anoréxica vai para o hospital arrastada pela família. A bulímica, depois de 4 ou 5 anos, começa a apresentar problemas físicos e psicológicos. A paciente procura ajuda em função das complicações, e não do quadro", relata Cordás.



Dentro de um quadro de Bulimia Nervosa, pode-se notar alterações do sistema gastrointestinal, como esofagite, gastrite e sangramentos intestinais, alterações hormonais e psíquicas – depressão, ansiedade são aspectos muito comuns apresentados por esse tipo de paciente. Além disso, o bulímico apresenta alterações dentárias muito peculiares.



Como explica a Cirurgiã-Dentista Maria Lúcia Zarvos Varellis, as faces dos dentes devem ser muito bem analisadas durante o exame clínico. Isso por que uma desmineralização do esmalte sem causa aparente, por exemplo, pode ser indício de Bulimia. "Pode-se observar também a orofaringe constantemente irritada, sugerindo o esforço feito para induzir o vômito. Esses pacientes apresentam ainda um quadro de xerostomia." A Cirurgiã-Dentista explica ainda que existem casos em estágios mais avançados, com exposição do conduto nervoso do dente, e outros em que a cúspide palatina fica totalmente corroída. Tudo isso devido aos constantes episódios bulímicos em que se tenta compensar com o vômito o comer compulsivo.

"Esse é um diagnóstico que o Cirurgião-Dentista deve pensar, principalmente quando está atendendo mulheres jovens, abaixo do peso ou com uma grande preocupação com a estética, e que tenham desgastes ou outros problemas dentários não justificados com outras causas", alerta Cordás. "É o ácido clorídrico chegando à boca que leva ao desgaste dentário". O médico sugere aos Cirurgiões-Dentistas que encaminhem essas pacientes para avaliação, sendo o psiquiatra o profissional responsável pela equipe multidisciplinar que tratará de um paciente bulímico ou anoréxico. "A parte psiquiátrica é a avaliação da superposição de outras doenças, como depressão, fobia e transtornos obsessivos compulsivos, que estão muito associados."

Tanto nos casos de Anorexia quanto de Bulimia, o paciente tem uma distorção de sua imagem corporal, e mesmo de suas atitudes e sentimentos com relação a essa imagem. Cordás diz que, muitas vezes, as pacientes descrevem essa compulsão como se fosse o efeito de uma droga. Algumas chegam a relatar que seriam capazes de matar alguém que as impedissem de comer num desses episódios bulímicos.





Fonte: Jornal da APCD – maio de 2003.

Acumputura na Oodntologia

por Lin Hui Ching e José Tadeu T. de Siqueira





Introdução:



As dores crânio-faciais são altamente prevalentes na população em geral e motivo freqüente de procura assistencial à saúde. A face é composta predominantemente pelo aparelho mastigatório e as doenças dos órgãos dentários, dos maxilares, dos músculos da mastigação e das articulações temporomandibulares (ATM) são causas freqüentes de dor facial e de cefaléias secundárias.

As dores odontológicas compõem predominantemente o grupo de síndromes álgicas amplamente reconhecido com a denominação de Dor Orofacial. Sob o aspecto clínico este grupo engloba dores provenientes dos dentes, boca e dos maxilares; sendo que estas dores têm diferentes origens teciduais e, a exemplo de outras áreas do organismo humano, elas podem ser de origem somática, neuropática e de anormalidades na área da saúde mental. Além disso, a face destaca-se pela presença de estruturas típicas como os dentes e seus anexos, pela complexidade anatômica em geral desse pequeno segmento do corpo, incluindo os diferentes aspectos da inervação trigeminal, pela presença da mandíbula como osso móvel e com duas articulações separadas e interdependentes e pela importância psicológica e social.



Para que os tratamentos em uso atual alcancem o sucesso deles esperado é indispensável o diagnóstico correto e o estabelecimento do objetivo de cada tratamento. Quando há causas, como na maioria das dores dentárias, é necessário eliminá-las através de tratamentos operatórios há muito em uso, embora, nestes casos várias medidas podem ser utilizadas para o controle da dor. Em outras situações, a exemplo das dores músculo- esqueléticas da face, amplamente conhecidas como Disfunções Temporomandibulares (DTM), as terapêuticas visam aliviar a dor e melhorar a função mandibular.

Portanto, para estabelecer a importância da acupuntura na dor orofacial deve-se conhecer uma classificação que permita diferenciar as diversas dores do segmento, para que possamos determinar qual o papel dessa técnica milenar em nossa abordagem terapêutica.



1) CONDIÇÕES ONDE A ACUPUNTURA PODE SER EFICAZ

1.1. Disfunção Temporomandibular (DTM)



As Disfunções temporomandibulares, comumente conhecidas como Disfunção da articulação temporomandibular (ATM), são anormalidades e dor proveniente do sistema mastigatório. Na verdade, o nome DTM é genérico e se refere a vários subgrupos de dores músculo-esqueléticas relacionadas à atividade mandibular e, portanto, engloba as condições dolorosas crônicas decorrentes dos músculos mastigatórios, das articulações temporomandibulares e das estruturas associadas.



Assim, basicamente, as Disfunções Temporomandibulares podem ser de origem:

- muscular

- articular

- mista



SINAIS E SINTOMAS QUE SUGEREM DTM DE ORIGEM MUSCULAR



a) dor



- normalmente em pressão ou cansaço, embora existam outras manifestações como pontadas, latejamento, queimação e espasmo.



- difusa em várias regiões da face como: ouvido, pré-auricular, face, fundo dos olhos, ângulo mandibular, nuca, têmporas. Pode espalhar-se às adjacências, normalmente é unilateral, eventualmente bilateral e freqüentemente migratória (ora um lado, ora no outro lado da face);



- nem sempre é desencadeada pelo movimento mandibular;



- dor muscular à palpação é fortemente sugestiva; presença de fibroses, endurecimento muscular e eventualmente pontos dolorosos.



b) A limitação de abertura bucal não é achado freqüente, exceto em casos agudos ou períodos de crises.



c) Irregularidades nos movimentos mandibulares.



d) Fatores perpetuantes: bruxismo, sinais de apertamento dentário, próteses irregulares ou mal adaptadas, respiração bucal, má postura cervical, estressores psicológicos, dores crônicas em outras partes do corpo.



e) Alterações oclusais (mordida aberta) ou faciais na fase aguda, ou em períodos de crises.



f) Alterações otológicas (zumbidos), eventualmente atribuídas ao bruxismo, ou à musculatura cervical.



SINAIS E SINTOMAS QUE SUGEREM DTM DE ORIGEM ARTICULAR

Algumas condições de dores articulares agudas podem ser aliviadas pela acupuntura, como a artralgia traumática. Neste caso, a dor é tipicamente unilateral, localizada e quase sempre relacionada à função mandibular. Quando aguda, ela pode ser acompanhada por edema na região pré-auricular, há hiperalgesia desta área e restrição do movimento mandibular. Com o passar do tempo, a dor aguda pode gerar sensibilização central, atividade muscular secundária e espalhamento da dor.



Os sinais e sintomas podem ser:



1) Dor: localizada na região pré-auricular, espontânea ou provocada, normalmente desencadeada pelo movimento mandibular

2) edema na região pré-auricular

3) limitação de abertura bucal

4) Irregularidade nos movimentos mandibulares

5) Travamentos da mandíbula à abertura ou fechamento bucal

6) Alterações oclusais (mordida aberta) ou faciais

7) ruídos articulares: estalidos ou crepitação

8) alterações otológicas (zumbido)

1.2. Diagnóstico diferencial



Estudo epidemiológico, realizado entre 45.711 famílias americanas não-institucionalizadas, em todas as faixas etárias, sobre a prevalência de dor orofacial indicou que 22% da população avaliada apresentara, nos últimos 6 meses, uma das seguintes dores: dor de dente, sensibilidade na mucosa oral, ardência bucal, dor na ATM e dor facial (LIPTON et al., 1993). Levantamento recente sobre as dores mais freqüentes na população brasileira indicou que lombalgia (65,9%), dor de cabeça tensional (60,2%), dores musculares (50,1 %), enxaqueca (48,6 %), dor de estômago (43,2 %), dor nas costas (41,2 %) e dor de dente (38,4%) constituíam-se nas principais queixas (CREMS, 1994). Estes dados confirmam, também entre o brasileiros, que o segmento cefálico é um dos locais de maior prevalência de dor, inclusive a de origem dentária e do segmento maxilo-mandibular. Isso se justifica porque a o segmento cefálico é uma região rica em estruturas anatômicas e sabe-se que sinais e sintomas de dor provenientes de fontes diferentes, podem se sobrepor (BRUNETTI & LIVEIRA, 1995; THOMÉ, 1993) gerando fenômenos dolorosos como a dor referida. Estes fenômenos secundários decorrentes da dor são freqüentes, ampliam a área dolorosa, dificultam a localização da dor (HARDY et al, 1950; INGLE et al, 1979) e consequentemente, o diagnóstico correto.



A acupuntura é um ótimo auxílio no estabelecimento do diagnóstico correto, pois ajuda na eliminação de dores provenientes destes fenômenos secundários, determinando uma terapêutica adequada para cada caso.



1.3. Diminuição no consumo de medicamentos



Nos casos de indivíduos que são acometidos por dores em região de face, é muito comum o consumo excessivo de medicamentos como analgésicos e antiinflamatórios, seja pela auto-medicação, seja pela receita profissional, dentista ou médico. A acupuntura, através do seu mecanismo de analgesia, colabora para a diminuição do consumo destes medicamentos. É também um ótimo auxílio no alívio imediato da dor pós-operatória em cirurgias odontológicas como de terceiros molares inclusos e diminuição do consumo de opióides em relação ao grupo controle (LAO et. Al, 1995). Isso é especialmente válido principalmente para os idosos ou pacientes que devido à sua condição de saúde, há necessidade de consumir vários medicamentos como os hipertensos, diabéticos, pacientes fibromiálgicos e outros.



2) CONDIÇÕES ONDE A ACUPUNTURA PODE NÃO SER EFICAZ

2.1. Odontalgias



Na odontologia clínica, parte significativa das urgências está relacionada à dor de dente, essencialmente provenientes de doenças da polpa e do periodonto. As pulpites são as principais causas de dor de dente; suas manifestações clínicas são extremamente variáveis e dependem do grau de comprometimento da polpa dentária. Estas condições são de natureza diversa, podendo ser: pulpites, sensibilidade dentinária, periodontites, pericementites, fraturas dentárias, odontalgia atípica, pericoronarite e alveolite.



A dor pode ser latejante, pontada ou em choque; contínua ou intermitente; pode ser provocada pela mastigação, por alimentos frios, quentes e doces, ou pode ser espontânea e quando em fase avançada de pulpite, é contínua, acordando o indivíduo à noite durante o sono.



Algumas condições de dores dentárias são de difícil diagnóstico, como as fraturas dentárias e a odontalgia atípica. As odontalgias difusas podem gerar dor espalhada em todo o segmento cefálico, levando a quadros semelhantes a algumas cefaléias primárias como a Cefaléia em Salvas e a Hemicrania Paroxística.



A acupuntura pode ser um coadjuvante, aliviando a dor aguda e espalhada como no caso da pericoronarite que devido à dor, gera limitação de abertura bucal e dor em músculos adjacentes. Mas a terapêutica em dores odontológicas é essencialmente operatória e, no caso das pulpites, consiste na eliminação parcial ou total da polpa dentária (ALVARES, 1990). Pode exigir uso concomitante de antiálgico ou antiinflamatório, principalmente no período inicial da cicatrização dos tecidos periapicais (fase inflamatória) e, quando há infecção periapical, a antibioticoterapia deve ser considerada, seja profilática ou terapêutica (SPALDING & SIQUEIRA, 1999).



2.2. Anormalidades da articulação temporomandibular



As anormalidades da articulação temporomandibular podem ser:



a) Anormalidades não inflamatórias (degenerativas) como a osteoartrose e deslocamento de disco articular (desarranjo interno da ATM)

b) Anormalidades inflamatórias como a artrite reumatóide

c) Fraturas

d) Tumores

e) Luxação

f) Anquilose

g) Hiperplasia de côndilo

Os sinais e sintomas que indicam alguma anormalidade da ATM são: alteração dos movimentos mandibulares, limitação da abertura bucal, dor articular à função mandibular, restrição de função, ruídos articulares e alterações radiográficas assintomáticas da ATM. Travamentos da mandíbula com a boca aberta e com a boca fechada. Eventualmente as doenças e anormalidades da ATM provocam alterações na oclusão dentária e no perfil facial.



A limitação de abertura bucal exige mais investigação. Deve-se inicialmente diferenciar a limitação de origem articular daquela de origem muscular.



A acupuntura pode aliviar a dor quando estiver presente, mas pouco efeito terá se alterações articulares estiverem associadas, ou seja, o deslocamento anterior de disco sem redução não pode ser tratado através da acupuntura porque existe um travamento mecânico da articulação que impede a abertura de boca. Mas dores musculares quando presentes, a acupuntura pode ser eficaz.



2.3. Dores neuropáticas



Entende-se como dores neuropáticas aquelas iniciadas ou causadas por lesão primária ou disfunção do sistema nervoso tanto central quanto periférico. A eficácia da acupuntura depende da integridade deste sistema e, portanto, qualquer alteração compromete o sucesso deste tratamento.



As dores neuropáticas em região de face mais comumente encontradas na odontologia são:



Neuralgia de trigêmeo: caracteriza-se por dor paroxística, ou seja, forte e de curta duração, como sensação de sucessivas pontadas, facadas, queimação, choques elétricos, relâmpagos, ou penetração de calor de forte intensidade no território de distribuição de uma ou mais divisões do nervo trigêmeo. Tem curta duração, instala-se e desaparece subitamente e reaparece a intervalos variados. Geralmente é profunda, mas pode ser superficial, especialmente quanto confinada ao lábio superior, supercílios ou regiões próximas à fronte e às pálpebras.



Neuropatia traumática: esta queixa de dor neuropática decorre da lesão do nervo durante procedimentos cirúrgicos. Nestes casos, as regiões mais susceptíveis na cavidade oral são na mandíbula e na maxila. Cirurgias de dentes inclusos na mandíbula podem provocar lesão do nervo alveolar inferior ou no nervo lingual e gerar parestesias. Em algumas situações elas podem evoluir para quadros de disestesia e de dor neuropática.





Referências bibliográficas:

1. ALVARES, S. Emergência em Endodontia. In: ALVARES, S. Fundamentos em Endodontia . Rio de Janeiro: Quintessence Publishing Co., 1990. p.49-61.



2. CREMS - Centro Rhodia de Estudos Médicos Sociais e Limay Bernard Krief. 1º Estudo Master em Dor. 1º SIMBIDOR, São Paulo, 1994.



3. BRUNETTI, RF; OLIVEIRA, W. Diagnóstico diferencial. In: BARROS, JJ; RODE, W. (Eds) Tratamento das disfunções craniomandibulares . São Paulo: Santos, 1995. p. 101-116.



4. HARDY, JD; WOLFF, HG; GOODELL, H. Experimental evidence on the nature of cutaneous hyperalgesia. J. Clin. Invest. , v.29, p.115-140, 1950.



5. INGLE, JI; GLICK, DH; SCHAFFER, D. Diagnóstico diferencial e tratamento das dores oral e perioral. In: INGLE, BEVERIDGE. Endodontia . 2ª ed. Trad. José Carlos Borges Teles. Rio de Janeiro: Interamericana Ltda, 1979. p.450-517.



6. LAO, L & WONG, RH. Efficacy of Chinese acupuncture on postoperative oral surgery pain. Oral Surg Oral Med Oral Pathol Oral Radiol Endod. , v.79, p. 423-8, 1995.



7. LIPTON, JA.; SHIP, JÁ; LARACH-ROBINSON, D. Estimated prevalence and distribution of reported orofacial pain in the United States. J. Am. Dent. Assoc. , v.124, p.115-121, 1993.



8. SPALDING, M.; SIQUEIRA, JTT. Processos infecciosos buco-dentais: avaliação de uma estratégia terapêutica. Rev. Gaúcha Odont. , v.47, n.2, p.110-114, 1999.



9. THOMÉ, W. Dores referidas nas regiões orofaciais. Monografia apresentada à Comissão de Aprimoramento em Odontologia Hospitalar. Hospital das Clínicas, FMUSP, 1993.

Ronco e apnéia do sono, aparelho oral é uma nova opção de tratamento.

O Ronco e a Síndrome da Apnéia do sono tem sido muito discutido no Brasil e no mundo na atualidade. Este problema, além dos transtornos sociais e psicológicos, trás conseqüências físicas para o paciente (hipertensão, arritmias cardíacas e AVC).



A Apnéia do sono é a obstrução das vias aéreas por alguns momentos durante a noite, pela flacidez dos tecidos da garganta, impedindo a respiração por alguns segundos, varias vezes por noite, e o ronco é a vibração dos tecidos da garganta quando o ar passa.



Esses problemas são freqüentes no homem a partir dos 30 anos e nas mulheres a partir da menopausa.



Recentemente o tratamento através de aparelhos orais, tem ganhado importância no tratamento desses problemas, pela facilidade de adaptação e eficácia dos aparelhos, que vem ganhando espaço como uma das principais formas de tratamento para estes problemas. Estes aparelhos são construídos de modo a posicionar a mandíbula mais para frente, possibilitando que a passagem do ar na garganta fique desobstruída. Existem algumas limitações que precisam ser avaliadas, muitas vezes com o auxílio do médico de sono e da polissonografia, que é um exame onde a pessoa dorme na clínica uma noite, sendo monitorada em todos os aspectos do seu sono.



Os principais sintomas da apnéia do sono são o ronco e a sonolência diurna excessiva. O ronco é um também um fator de desagregação familiar, muitas vezes levando a pessoa que ronca a dormir em quarto separado, bem como torna a pessoa que ronca motivo de piadas entre companheiros de trabalho, de pescarias ou acampamentos, ou quando tem que dividir quarto de hotel, etc...



Estando trabalhando com estes aparelhos desde 1998, e tendo sido pioneiro aqui em Florianópolis, selecionei as perguntas mais comuns e descrevo abaixo:



1. Qualquer pessoa pode usar este aparelho?

Não, existem algumas limitações para o uso do aparelho que podem ser:

• Impossibilidade de reter o aparelho na boca. Pacientes que têm poucos dentes ou usam próteses extensas, principalmente dentaduras ou próteses removíveis, podem ter dificuldade em reter o aparelho na boca, devendo o caso ser bem avaliado antes de se indicar o aparelho. Pessoas com problemas periodontais severos, em que os dentes apresentam mobilidade acentuada, e pessoas portadoras de prótese total INFERIOR não têm condições de usar o aparelho, pois nesses casos é impossível reter o aparelho na boca.

• Casos em que a perspectiva de bons resultados é pequena. Pacientes muito obesos ou com índice de apnéia muito acentuado (acima de 40) precisam ser bem avaliados pois a perspectiva de resultados é mais pobre, devendo-se optar por outro tipo de tratamento, ficando o aparelho como uma segunda opção ou para ser usado em conjunto com outros tratamentos.

• Nos casos em que o paciente tem problemas na Articulação (ATM) da mandíbula (dor, estalos ou desvios), pois o aparelho pode agravar estes problemas.



2. Como devo proceder para fazer o aparelho?

Em primeiro lugar é preciso marcar uma consulta de avaliação, onde veremos as condições para a colocação do aparelho, se é necessário fazer alguns exames complementares, como a polissonografia, radiografias ou exame com o médico de sono ou otorrinolaringologista, também é avaliada a condição dentária onde verificamos possíveis problemas que precisem ser tratados antes da colocação do aparelho. Após está consulta que iremos então dar início à confecção do aparelho.



3. Como o aparelho funciona?

O aparelho funciona avançando a mandíbula e mantendo a mandíbula firmemente nessa posição. O avanço da mandíbula faz com que os tecidos da garganta de “estiquem” aumentando a abertura para a passagem do ar, também o avanço mandibular estimula um reflexo que faz a musculatura da faringe e arredores ficar mais tensa, mais firme, evitando o ronco. Mantendo a mandíbula presa ao aparelho, ele não permite que ela “caia” durante o sono, abrindo a boca, pois esse movimento de abertura geralmente é seguido de um reflexo que faz a língua ir para traz obstruindo a passagem do ar.



4. O uso do aparelho “cura” o ronco e a apnéia?

Não,o aparelho não produz nenhuma mudança física no paciente, resolvendo o problema apenas enquanto estiver sendo usado, é mais ou menos como os óculos, que corrigem a visão mas não modificam o olho.



5. Porque é precisamos nos preocupar com a apnéia?

Apesar do ronco ser o problema mais incômodo, a apnéia do sono é o problema mais importante e precisamos nos preocupar com ela, pois ela afeta vários órgãos do nosso corpo, principalmente o coração, onde aumenta em até 30% a possibilidade de desenvolver arritmias, hipertensão, infarto e derrame cerebral



6. Posso morrer sufocado numa crise de apnéia?

Não, pois o cérebro controla o nível de oxigênio e gás carbônico no sangue e quando eles se alteram a pessoa acorda e volta a respirar. A apnéia não mata, mas aumenta muito a chance de desenvolver doenças que matam como o infarto do coração e os derrames cerebrais.



7. Porque é preciso fazer a polissonografia e o que é esse exame?

A polissonografia é o exame que é feito na clínica de sono, onde o paciente dorme uma noite e é monitorado em vários aspectos do seu sono, contrações musculares, problemas respiratórios e cardíacos entre outros, é necessário para se detectar a apnéia do sono. É através da polissonografia que se pode medir se o paciente tem uma apnéia leve, moderada ou grave, também podemos verificar se existem outros distúrbios do sono que tem sintomas parecidos com a apnéia, mas tratamentos diferentes, também para que possamos avaliar os resultados do tratamento fazendo uma antes e uma depois para comparar os resultados.





Fonte: Dr. Luiz Roberto Godolfim – CRO 3080

Ortodontista e Ortopedista Funcional dos Maxilares



quarta-feira, 20 de abril de 2011

Portaria 453 - ANVISA - Proteção radiológica



Portaria/MS/SVS nº 453, de 01 de junho de 1998

D.O.U. 02./06/98



Aprova o Regulamento Técnico que estabelece as diretrizes básicas de proteção radiológica em radiodiagnóstico médico e odontológico, dispõe sobre o uso dos raios-x diagnósticos em todo território nacional e dá outras providências.



A Secretária de Vigilância Sanitária, no uso de suas atribuições legais, tendo em vista as disposições constitucionais e a Lei 8.080, de 19 de outubro 1990, que tratam das condições para a promoção e recuperação da saúde como direito fundamental do ser humano, e considerando:



a expansão do uso das radiações ionizantes na Medicina e Odontologia no país;



os riscos inerentes ao uso das radiações ionizantes e a necessidade de se estabelecer uma política nacional de proteção radiológica na área de radiodiagnóstico;



que as exposições radiológicas para fins de saúde constituem a principal fonte de exposição da população a fontes artificiais de radiação ionizante;



que o uso das radiações ionizantes representa um grande avanço na medicina, requerendo, entretanto, que as práticas que dão origem a exposições radiológicas na saúde sejam efetuadas em condições otimizadas de proteção;



as responsabilidades regulatórias do Ministério da Saúde relacionadas à produção, comercialização e utilização de produtos e equipamentos emissores de radiações ionizantes;



a necessidade de garantir a qualidade dos serviços de radiodiagnóstico prestados à população, assim como de assegurar os requisitos mínimos de proteção radiológica aos pacientes, aos profissionais e ao público em geral;



a necessidade de padronizar, a nível nacional, os requisitos de proteção radiológica para o funcionamento dos estabelecimentos que operam com raios-x diagnósticos e a necessidade de detalhar os requisitos de proteção em radiologia diagnóstica e intervencionista estabelecidos na Resolução nº 6, de 21 de dezembro de 1988, do Conselho Nacional de Saúde;



as recomendações da Comissão Internacional de Proteção Radiológica estabelecidas em 1990 e 1996, refletindo a evolução dos conhecimentos científicos no domínio da proteção contra radiações aplicada às exposições radiológicas na saúde;



as recentes Diretrizes Básicas de Proteção Radiológica estabelecidas em conjunto pela Organização Mundial da Saúde, Organização Pan-americana da Saúde, Organização Internacional do Trabalho, Organização de Alimento e Agricultura, Agência de Energia Nuclear e Agência Internacional de Energia Atômica;



as recomendações do Instituto de Radioproteção e Dosimetria da Comissão Nacional de Energia Nuclear, órgão de referência nacional em proteção radiológica e metrologia das radiações ionizantes;



que a matéria foi aprovada pelo Grupo Assessor Técnico-Científico em Radiações Ionizantes do Ministério da Saúde, submetida a consulta pública através da Portaria nº 189, de 13 de maio de 1997, debatida e consolidada pelo Grupo de Trabalho instituído, resolve:



Art. 1º Aprovar o Regulamento Técnico "Diretrizes de Proteção Radiológica em Radiodiagnóstico Médico e Odontológico", parte integrante desta Portaria, que estabelece os requisitos básicos de proteção radiológica em radiodiagnóstico e disciplina a prática com os raios-x para fins diagnósticos e intervencionistas, visando a defesa da saúde dos pacientes, dos profissionais envolvidos e do público em geral.



Art. 2º Este Regulamento deve ser adotado em todo território nacional e observado pelas pessoas físicas e jurídicas, de direito privado e público, envolvidas com a utilização dos raios-x diagnósticos.



Art. 3º Compete aos órgãos de Vigilância Sanitária dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios o licenciamento dos estabelecimentos que empregam os raios-x diagnósticos, assim como a fiscalização do cumprimento deste Regulamento, sem prejuízo da observância de outros regulamentos federais, estaduais e municipais supletivos sobre a matéria.



Art. 4º A inobservância dos requisitos deste Regulamento constitui infração de natureza sanitária nos termos da Lei 6.437, de 25 de agosto de 1977, ou outro instrumento legal que venha a substituí-la, sujeitando o infrator ao processo e penalidades previstas, sem prejuízo das responsabilidades civil e penal cabíveis.



Art. 5º As Secretarias de Saúde Estaduais, Municipais e do Distrito Federal devem implementar os mecanismos necessários para adoção desta Portaria, podendo estabelecer regulamentos de caráter suplementar a fim de atender às especificidades locais.



Parágrafo único. Os regulamentos estaduais e/ou municipais sobre esta matéria devem ser compatibilizados de forma a observar os requisitos do Regulamento aprovado por esta Portaria.



Art. 6º Todos os serviços de radiodiagnóstico devem manter um exemplar deste Regulamento nos seus diversos setores que empregam os raios-x diagnósticos.



Art. 7º Esta Portaria entra em vigor a partir da data de sua publicação, revogando as disposições em contrário.



MARTA NOBREGA MARTI

DIRETRIZES DE PROTEÇÃO RADIOLÓGICA EM RADIODIAGNÓSTICO MÉDICO E ODONTOLÓGICO: Completo em: http://www.anvisa.gov.br/legis/portarias/453_98.htm

segunda-feira, 18 de abril de 2011

BOICOTE AOS CONCURSOS PUBLICOS, RESPEITO AOS DENTISTAS!


Caros colegas de classe,

Venho através deste perpetuar uma corrente de reinvidicação por melhores salários  em concursos públicos. A classe está acostumada a aceitar pífios salários em detrimento de “concorrência mercadual” , ou talvez medo de encarar obstáculos da profissão. Pura ilusão! Nos dias atuais a corrida por "um lugar ao sol" está grande para todos. Colegas que prestam concursos como estes quais listarei abaixo, só afundam cada vez mais nossa categoria. Devemos boicotar estas instituições, fazer valer nosso investimento durante toda a vida educacional, desde pré- acadêmicos, até hoje, nas pós-graduações constantes que fazemos para estarmos sempre atualizados. No Brasil cada vez mais quem investe em educação tem salários ínfimos, acham isto justo? Com a Odontologia parece ser ainda pior perante a lista salarial apresentada nas tabelas abaixo. A classe precisa se unir mais, e lutar contra essa grande explosão de pseudos-dentistas parados no tempo, conformados com esmolas. Onde está nosso conselho? Pagamos tão caro para que? Sermos cada vez mais explorados?

Sejamos fortes, vamos à Luta!

ATO DE BOICOTE AOS CONCURSOS PUBLICOS!!! RESPEITO AOS DENTISTAS!

PREFEITURA MUNICIPAL DE SALGADO DE SÃO FELIX
ESTADO DE PARAÍBA

Odontólogo do PSF
Nível Superior em Odontologia e Registro do Conselho Regional de Odontologia



850,00
Coveiro
Ensino Fundamental Incompleto
01
05
30 h.
545,00
30,00












PREFEITURA MUNICIPAL DE SERRA BRANCA
ESTADO DA PARAÍBA

Odontólogo - ESF
· Curso Superior Completo, Habilitação Legal para o exercício da Profissão de Odontólogo e Registro no respectivo Conselho
1.080,00
Operador de Trator de Esteira
· Ensino Fundamental incompleto e experiência profissional comprovada mínimo 01 (um) ano
700,00

PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO VICENTE
ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE

Dentista
700,00
Sup. Odontologia
02

PREFEITURA MUNICIPAL DE LIMOEIRO
ESTADO DE PERNAMBUCO

ODONTÓLOGO DA FAMÍLIA
15
01
16
3.360,00


att,
Dr. Aníbal Ribeiro.

Dr. Aníbal Ribeiro na TV Tribuna - Tema: Gengivite

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